purple • sahyo

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— O seu último álbum fala sobre um romance. — analisava o álbum físico que estava em suas mãos. — Nos fale mais sobre esse álbum que seus fãs consideraram uma obra prima e o mais importante de sua carreira.

— "Purple" é um mini álbum que eu escrevi depois dentre um ápice da minha vida. Foi um momento em quem tudo estava dando certo e em seguida tudo descarrilhou-se. — começava a explicar. — A title dele é "Enchanted" e a bside principal é "Red". Graças a essas músicas eu tive o meu primeiro lugar na hot 100 da billboard dos Estados Unidos. Uma das músicas dele acabou indo para o filme que eu fiz a trilha sonora ao invés do álbum.

— "Come Back Home" realmente mexeu com os corações dos telespectadores. — comentava orgulhosa. — Como foi o processo criativo de tudo isso?

— Eu escrevi parte da música sozinha, me uni à Sana e juntas conseguimos finaliza-lá, mas de primeira a música fazia parte do meu álbum, mas acabou que ela fez parte do filme. — explicava. — Foi um processo complicado, afinal eu estava trabalhando na trilha sonora do filme e em meu próprio álbum ao mesmo tempo, tanto que ele só veio a ser lançado bem após a estreia e promoções.

— Como foi a sua relação com Sana durante a criação da músicas e das gravações do filme?

[. . .]

— Jihyo, essa é Minatozaki Sana, nossa protagonista. — dizia o diretor sorridente pelo encontro das estrelas.

A Park esteve em um pequeno choque, e levemente envergonhada, algo que não era costume. Ela se lembrava bem daquele rosto, se lembrava dele com um olhar preocupado sobre ela, em um momento de tanta vulnerabilidade. Se recordou do desespero em seus olhos por vê-lá na situação que estava. Chegara a relutar o cumprimento, notando um estranho olhar da garota que pensou em recuar, mas logo tendo sua mão junta a da cantora que sorria sem graça.

— Espero que se conheçam bem, afinal trabalharão juntas por um bom tempo. — completava. — O estúdio é todo de vocês.

Ele saiu deixando as duas jovens a sós no grande estúdio de música repleto de instrumentos e aparelhos de som. Jihyo se sentiu um pouco deslocada, afinal total costume com o seu estúdio de gravação, e aquele era um lugar bem diferente do que tinha familiaridade. Sana encarou sua movimentação vendo a mesma largar a bolsa em um canto da sala tirando um delicado caderninho de capa preta escrito "JIHYO" de branco na frente e atrás as datas "19.10.2015".

— Bonito o caderno. — tentava puxar assunto com a garota que a encarou confusa. — Se vamos trabalhar juntas acho que precisamos nos entrosar primeiramente.

— Certo, me fale sobre você. — deixou o objeto com inúmeros papéis sobre a mesinha que tinha a sua frente. — Se apresente.

— Muito prazer, Minatozaki Sana. — estendeu a mão. — Tenho 26 anos e vim do Japão, sou atriz e modelo, além de cantar nas horas vagas e quando necessário, mas não é meu real foco. — finalizava. — Sua vez.

— Eu me chamo Park Jihyo, 25 anos; sou Coreana nascida de Busan; idol desde os 16 anos; cantora; atriz aqui e ali; bla bla bla. — zombou. — Não há muito o que falar. Pode parecer esnobe da minha parte, mas você deve saber quem eu sou. — deu de ombros vendo a garota soltar uma típica risada nasal com o jeito despojado da cantora.

— Bem, não sei se lembra, mas eu sou a menina que te ajudou naquela premiação. — comentou por cima.

— Eu sei bem, me lembro de uma feição de pena sobre mim quando vejo uma. — comentara como uma faca, deixando a inocente japonesa assustada com seu comentário. — Não precisa se preocupar comigo, foi apenas uma recaída.