— Nunca me peguei imaginando que estar em um relacionamento sendo uma figura pública seria tão complicado, principalmente se aquilo é indesejado pela mídia. Eu sempre imaginei que eu conseguiria esconder tudo de todos, e viver um romance que ninguém sequer soubesse que aconteceu. — suspirou. — O que querendo ou não de fato aconteceu, mas por razões que não estavam ao meu alcance de mudar. — lançou mais um olhar, de muitos, para Nayeon e Tzuyu que, ao perceberem que ela finalmente estava disposta a contar verdade, a incentivavam detrás das câmeras. — Meu primeiro relacionamento foi com Jackson, um amigo de infância. Sabíamos que a empresa que havia nos empurrado para fazer tal coisa, afinal acho que nunca nos gostamos de verdade, sempre foi um carinho de amizade, mas nada além disso.
— Era uma espécie de Fanservice?
— Como isso! Mas nós não fingíamos, não necessariamente. — explicava. — Jackson é extremamente importante para mim, estamos na mesma empresa desde novos e nossos pais chegaram a estudar juntos quando mais novos. Ele me ajuda muito até hoje, foi ele que melhor me aconselhou durante o caos que meu último relacionamento havia me deixado.
— Gostaria de falar sobre? — perguntou levantando a mão para os cinegrafistas como se significasse um possível corte.
— Não vejo problema algum. — confirmava.
— Certo, se sinta á vontade de dizer aquilo que acha correto. — abaixou a mão.
— Meu último álbum é uma carta aberta à ela. — dizia.
[. . .]
— ELA?!?!?!???? — as três garotas gritavam para a televisão em completo choque.
— EU DISSE QUE O ÁLBUM INTEIRO ERA SOBRE A SANA!!! — Mina gritava em comemoração como se tivesse acabado de ganhar a melhor aposta de sua vida.
— Visão de um garoto e de uma melhor amiga de cu é rola. — Chaeyoung comentava, fazendo até a japonesa do meio, tal qual se encontrava em silêncio observando a tevê a sua frente, rir.
— É Sannie, Jihyo era realmente totalmente na sua. — Momo afirmava.
[. . .]
— Muitos vão achar estranho, mas por incrível que pareça o álbum mais famoso da minha carreira é uma carta aberta ao meu último relacionamento, porém com um mulher. — olhava Fany que prestava atenção em tudo, batucando de leve os dedos na mesa. — Ela foi a responsável pelo caos na minha mente e o que me fez cogitar a ideia de mudar meu estilo de música por um único álbum se quer. Meus fãs passaram um grande período de tempo teorizando e achando que as músicas eram sobre o Daniel, meu ex, mas felizmente nem um mísero trecho dessa obra prima tem influência dele. — analisava o álbum de capa com tons de vermelho e azul, que onde se misturavam formavam um belo roxo, assim como alguns corações da mesma coloração que se faziam presentes pelo mesmo. — A minha maior inspiração foi ela. Eu à via em meus sonhos e em todos os momentos pensava nela. Nosso relacionamento aconteceu de uma forma muito rápida, assim como muito intensa, o que fez com que eu vivesse cada momento passado na sua companhia tenha sido de extrema importância para mim.
[. . .]
– Jihyo-ssi. — Sana resmungava do confortável sofá de couro marrom que havia no estúdio. — Eu queria ir pra casa.
— Se quiser pode ir, querida. — dizia pacientemente. — Eu não me importo de ficar aqui.
Sana encarava o teto pensativa. Sua cabeça borbulhava em milhares de pensamentos, criando diversas situações onde, no final, todas elas havia uma rejeição da cantora. A Park, por outro lado, não tirava os olhos do papel, batucando a caneta preta de tampa roxa em cima da mesa fazendo um barulho insuportável que ecoava na cabeça da japonesa que parecia já estar ficando louca o suficiente.
— Não quero que fique aqui sozinha... — diza saindo de sua transe. — É melancólico...
— Melancolia já não é uma novidade em minha vida. — disse a olhando de relance.
— Podia ir para casa comigo. — não tirava os olhos do teto, tinha medo de olhar nos profundos olhos de Jihyo e ficar perdida na bela imensidão, se provando cada vez mais rendida a garota.
— Como?
— Está exausta. — se levantou, cruzando as pernas feito uma criança. — Isto é fato. — concluiu. — Quando menos esperar vai cair dura sob essa mesa.
— E por quê eu iria? — retrucou.
— Ora, a senhorita está, desde que chegamos, sem comer algo! E não me venha com a fajuta desculpa de não estar se sentindo bem, que ai eu lhe darei reias motivos para passar mal. — tentava soar ameaçadora, mas de fato não conseguia. Sana parecia um ratinho com raiva. — Não está cansada?
— Sana, esse é o meu trabalho, eu não tenho outra opção. — dizia de forma serena, tentando passar seriedade e calma para a garota que a encarava com preocupação no olhar.
— Não é o que Nayeon me conta. — retrucou.
Jihyo revirou os olhos de forma exausta, não estava gostando nada do fato de sua melhor amiga estar lhe expondo dessa forma, principalmente para a atriz que havia conhecido a menos de quinze dias.
— Anda, levanta daí, vamos para casa. — levantou do sofá pegando suas coisas.
— Não quero ir. — relutou. — Se eu tiver que ir ficar sozinha em casa, prefiro ficar só aqui, pelo menos estou trabalhando e fazendo algo de útil.
— E quem disse que eu ia te levar para sua casa?
O olhar confuso da coreana se fez presente e Sana tinha em mãos a chave do carro de Jihyo parando de frente a porta de saída.
— Junta suas coisas, vamos para a minha casa. Eu dirijo.
[. . .]
— "Enchanted" é a title do álbum. — suspirou. — As pessoas precisam parar de me perguntar para quem foram os meus álbuns, afinal eu nunca os fiz com um propósito de mandar indiretas ou coisas do tipo. Meus álbuns falam de vivências, de romances; romances que eu sonhava em viver, falam sobre pessoas reais que já passaram pela minha vida, sonhos e medos. Esse é o meu primeiro trabalho que eu escrevi pensando em alguém, cada música e melodia foram muito bem pensadas. Cada música conta um pedacinho da nossa história, até mesmo as interpretações que estão nas entrelinhas. Basta apenas prestar atenção. Falar sobre a forma que um coração se quebra com certa facilidade e disfarçar isso com uma batida agitada em estilo animado dos anos 2000, foi algo desafiador no início, mas logo se tornou natural, e por instantes me senti a Taylor Swift escrevendo sobre um ex dela.
— Sente falta da sua garota? — Tiffany questionara com um leve sorriso estampado em seu rosto. Jihyo sentiu seu rosto esquentar e um sorriso entristecido aparecer.
— Sim. — olhou sorrindo para a apresentadora. — Eu queria que ela no mínimo retornasse e quebrasse meu coração em pedacinhos, afinal eu sequer tive a chance de me despedir.
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purple • sahyo
Fiksi Penggemaronde Jihyo estava cansada de esconder que suas músicas eram sobre Sana sahyo short fic