1 - Aquele maldito Baji Keisuke

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Era a sua despedida de solteira, e você estava incrivelmente infeliz. Durante muito tempo, Takuya, seu noivo, havia a pressionado para que se casasse com ele o mais rápido possível, e você, para não se sentir culpada e muito menos com remorso ao recusar, aceitou imediatamente, implantando um longo e belo sorriso no rosto daquele homem.

E precisou de apenas poucos meses para que tudo estivesse pronto, mas ainda assim, você receava de não estar tomando a decisão certa.

- Qual foi o problema? - Hinata perguntou. - Não gostou do lugar? Bom, se quiser ainda dá tempo de irmos para...

Você a interrompeu.

- O lugar está ótimo.

E você sorriu, tentando se convencer de que aquela terrível dúvida não persistia.

Você pediu ao barman mais e mais doses, forçando alegria e um sorriso largo, a medida em que queria fugir dos problemas, ou simplesmente ignorá-los. Em todo o seus dezenove anos não imaginaria que estaria prestes a se casar, não mesmo. E a partir de amanhã, você não seguiria mais o seu ideal de vida que sempre gostou de ter, não por culpa de Takuya, mas porque pra você era tarde demais, e nunca se perdoaria caso chegasse a magoar profundamente o homem que era louco por você.

Você nunca foi de ter muitos amigos; e Takuya era um dos seus únicos, e logo passou a ser mais que isso. Mikey, Draken e Mitsuya eram um dos delinquentes que se dava bem com você, e você nunca teve motivos para não sentir a mesma simpatia que eles, apesar de as vezes lembrar de que nenhum da gangue Manjiro de Tokyo, eram bons exemplos.

Durante sua adolescência, sempre gostou de roupas masculinas, e era feliz daquele jeito, apesar de que esse seja o motivo pelo qual não conseguia se enturmar com ninguém. As garotas, se afastavam, pois as mesmas espalharam um boato de que você era lesbica -  Emma e Hinata eram uma das únicas com quem você criou vínculo -, e os garotos, te zuavam, pondo apelidos que duraram por toda a sua vida, sendo um deles, Maria-macho. E eles queriam tanto mudar você para algo mais padrão, que conseguiram. Agora você estava totalmente diferente, e foi apenas depois dessa mudança, que os outros quiseram ter algum vínculo contigo.

Aquela era uma noite um tanto fria, mas o calor do ambiente fazia com que suaves e leves camadas de suor percorresse pelo seu corpo, e isso também era devido ao tumulto de pessoas por todos os lados.

- Uou, vai devagar - Emma disse achando graça da situação. - Desse jeito você vai acabar tropeçando no altar - riu.

Você parou, e meio embriagada, disse:

- Vamos meninas - se levantou do tamborete em rumo à pista de dança. -, vamos dançar! - sorriu.

Elas não entenderam muito bem toda a sua reação, mas no entanto, se preocuparam por você estar naquele estado.

E vocês três dançaram, e você foi a que mais se destacou, falando e dançando de um jeito que não hesitava em chamar atenção. Literalmente, [seu nome], você estava começando a ficar escandalosa e a querer fazer tudo o que tivesse vontade, mas não era culpa do álcool.

- Acho que já deu, [seu nome] - Hinata disse. - É melhor você se acalmar um pouco. - segurou seu braço, na intenção de te levar junto.

Mas você relutou, e não deixou que aquela garota entrometida tirasse você de lá.

- Não, não - Você riu, sem motivo algum. - Eu quero ficar mais um pouco...

E... bum!

Você sentiu uma dor atingir a sua cabeça, fazendo com que você colocasse sua mão na mesma.

- Devemos chamar alguém para buscá-la? - Emma sussurrou.

24hrs por segundo - Baji KeisukeOnde histórias criam vida. Descubra agora