Capítulo 12 - Programa Malicioso Detectado

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Correndo pelo mercado movimentado, Darka procurava por Miko entre as muitas tendas da rua. Encontrou o luziwurmo tentando negociar um pacote de doces com outro luziwurmo.

— Miko! Precisamos ir, agora! — Sem esperar concluir a compra, Darka pegou em sua mão e saiu arrastando-e até o beco.

— A-Aconteceu alguma coisa?

— Ainda não, mas vai acontecer se eu não fizer nada. Aqueles dois pentelhos estão aqui também e dessa vez querem derrubar a cidade inteira.

— De novo? Eles sabiam que você viria para cá?

— Não faz diferença agora. Eu vou tentar impedir eles, mas preciso de um plano... — Darka ficou pensativo por alguns momentos. — Já sei! Miko, quero que soe o alarme de enchente da cidade. Ninguém desobedece esse negócio, então se pelo menos o pessoal sair da cidade já evita um desastre.

O Rio Marue nascia em uma montanha. O derretimento da neve e chuvas no cume acabava fazendo o rio transbordar e enxurradas aconteciam com certa frequência, então a cidade teve que instalar um sistema de alarme para evacuação em último caso. O dia estava muito nublado, então soar o alarme era a melhor chance que tinham.

— É só seguir até o final da rua principal e virar à direita que você vai ver o prédio com as sirenes. Tenta entrar despercebido e disparar o sinal, tá bom? Enquanto isso eu vou tentar procurar eles nas galerias. Captou tudinho?

— Capti, senhor! — Miko fez uma pose de continência, com certa animação. — Agradeço por me deixar ajudar dessa vez!

Darka sorriu e abraçou Miko. Estava feliz de ter alguém do seu lado nisso tudo, e a ideia de perder uma pessoa preciosa assim deixava ele mais determinado ainda a evitar uma catástrofe. Ele se levantou e voltou para o mercado, enquanto Miko corria na direção contrária para as sirenes de Caadis.

As entradas para as galerias eram escotilhas que ficavam em pontos estratégicos da cidade e Darka lembrava vagamente de algumas delas, devido a missão onde teve que sabotar uma fábrica clandestina de corantes tóxicos muitos quilômetros rio acima. O incidente sobre "transformar o Rio Marue em sangue" veio daí, já que no dia da missão a fábrica estava fazendo corante vermelho.

Assim que encontrou uma das entradas próximo à ponte que levava à rua principal, Darka ouviu o alarme soar pela cidade inteira. O efeito dele foi imediato, pessoas começaram a fugir e mercadores recolhiam o que podiam, correndo em um verdadeiro caos.

— Caramba, Miko conseguiu mesmo! Mas ainda preciso abrir essa porcaria...

Ele tentava abrir a pesada escotilha de metal enferrujada, quando um arrepio passou pela sua nuca. Uma sensação familiar que fez ele se virar sabendo que tinha alguém indo em sua direção. Mas dessa vez era diferente, havia uma hostilidade quase palpável no ar.

— Maldito...

Katarina andava pela ponte, contrária à multidão que fugia. Seus olhos brilhavam como brasa e fuzilavam Darka com um ódio insano.

— Mas o que... aquela é a Katarina?

— Eu sabia que se esperasse e te seguisse, você iria direto me mostrar para onde eu precisava ir. Dessa vez não vou errar. Não vou sair daqui sem seu coração nas minhas mãos, Impronunciável!

— Katarina, olha, a gente já sabe que isso não vai dar em nada, né? — Darka tentava se afastar dela. — Nenhum de nós quer causar danos aqui, essa cidade não é exatamente estável... Se não tomar cuidado, vai tudo rio abaixo!

— E esse é seu objetivo, não é?! O selo de meu antepassado Angelus Aurea bloqueia a corrente mágica que flui debaixo desse lugar! Eu sei que o sei plano sujo é destruir os bloqueios para retornar o fluxo de magia para a intercessão onde sua mãe desprezível está enterrada!!

Side Quest: A Busca Pelo Meu NPC Favorito!Onde histórias criam vida. Descubra agora