Capítulo 05 -Arrependimento repentino

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Sem falar nada Ângela apenas concentrou nos olhos de Emily enquanto seus olhos acumulavam lágrimas intensas nas beiradas, a sua expressaoera de decepção e sua respiração fraca, seus batimentos mais intensos e a tensão em seus punhos apertados cada vez maior.

Emily apenas permanece em um silêncio absoluto... -Olha Ângela, me desculpe eu... -Antes de terninar a sua frase ela olha para Livia que parecia insatisfeita com o rumo que as ações de Emily estavam tomando naquele momento.

Emily não é alguém facilmente influenciavel, mas acontece que Livia é a única pessoa que mostra interesse por ela, e por esse motivo ela se vê na necessidade a agradar cada vez mais... ela se vê na necessidade de tirar mais um sorriso da ruiva.

Emily então, depois de pensar olha para Ângela. -Na proxima você me responde. -Ela diz tentando parecer determinada e olha para livia que logo mostra um sorriso.

- Deixa ela... - Diz sara

-Deixa Sara, ela não queria que eu falasse? Ela não queria? Pois agora você vai me ouvir e muito. -diz Ângela interrompendo Sara.

- Farta de mim? Ai que pena - Disse Emily rindo baixo.

-Eu? Não Emily, toda sala, todo mundo aqui está farto das tuas palhaçadas, mas guardam segredo porque você é alguém influente aqui. Se quer saber isso não me interessa. Quando cheguei aqui pensei que você seria melhor, mas eu estou sempre enganada não é mesmo? -Ela olha para Emily que encara a loira fixamente -Sabe porque seus "amigos" sempre tiram fotos com você, e demonstram sempre se importar com suas opiniões fúteis? -Diz Ângela irritada.

-Ang já chega -Diz Sara tentando acalmar a situação.

-Não, deixa ela continuar - Diz Emily enquanto uma sensaçãohorrívelroma conta dela, pois percebeu que as palavras de Ângela diziam apenas a verdade. Não que ela se importe, mas jamais foi intenção dela causar essa imagem, só que o fruto de querer agradar alguém ao extremo infelizmente foi esse.

-Para a foto deles ter muitos gostos, para serem influentes assim como você, ou até mesmo serem respeitados pelos outros que os despresam assim como você despresa os outros, porque no fundo você não passa de um pastel de vento, "lindo por fora mas vazio por dentro". -Diz Ângela sem parar para repirar um segundo sequer.

-Suas atitudes são totalmente ridículas, e tenho a certeza que vai ficar sem amigos se continuar assim. Por isso mude o mais rápido possível, que este "pastelzinho" já está ficando podre. -A loira explode na hora fazendo algumas pessoas rirem de seu discurso, já que parecia ser tirado de algum filme de ficção adolescente, e vindo da Ângela não é uma ação improvável, na verdade é o mais provável, mesmo assim Emily sentiu a verdade em cada palavra da loira e se sentiu tocada em algumas partes, já que os seus "amigos" não negaram nada. Emily olha em redor e só nota olhares de despreso e piadas sobre a sua pessoa, tentando manter a postura, ela apenas fica séria, aponta o dedo do meio para todos presentes na sala e sai da mesma. Livia a segue.

- Ang, não acha que exagerou nas palavras? -pergunta Sara -Tipo, eu sei que a Emily pode ser uma insuportável mas sabe... eu estudei com ela desde o primário e sinceramente eu consigo entender o lado dela.

-Como assim? - Pergunta Ângela confusa já com o sentimento de culpa.

-Vem -ela se afasta dos outros e segura a mão da loira levando ela para o canto da sala. -Mesmo sempre tendo condições financeiras, Emily não era assim, ela era uma garota extremamente calma. Ela era do ponto de vista da turma estranha. Suas atitudes eram bem calculadas e parecia que ela fazia tudo por atenção. Teve uma vez que a gente tava conversando, acho que era na terceira série se não me engano. Uma das alunas da sala tinha se machucado nesse joguinho, ela tinha raspado o pulso. Todos os Alunos ficaram preocupados com ela e serviram ajuda por alguns segundos. Depois de algumas rodadas, Emily aparece com um corte enorme no pulso, ele ia do pulso ate o fim do antebraço. -Sara explicava enquanto tentava exemplificar para Ângela. -Todos ficaram preocupados, lembro que até um dos alunos correu para chamar a professora, isso fez com ela se sentisse acolhida supunho, já que não era a primeira vez. O ponto é que eu suspeitei desde o início, então quando me aproximei da cadeira dela, a tesoura de Emily estava coberta de sangue.

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