Ring Around The Roses(TRADUÇÃO)

Capítulo 30

Harry tropeçou na sala de aula sob o olhar não impressionado de McGonagall.

Ele abaixou a cabeça, murmurando um pedido de desculpas antes de deslizar para o banco ao lado de seus amigos.

McGonagall limpou a garganta e continuou a palestra, que Harry quase não prestou atenção.

Como ele pode?

Quando ele soube o que Dumbledore estava planejando para ele?

Mesmo que ele não estivesse planejando matar Harry – ainda – definitivamente seria perigoso.

E Harry não queria ajudar a destruir outra horcrux. Parecia desnecessariamente cruel.

Na verdade, Harry não tinha mais certeza de sua posição sobre Voldemort. Os contêineres de Tom e Cat foram destruídos, então eles não o amarraram mais para viver, isso era verdade.

Mas Harry ainda era uma horcrux, mantendo-o vivo.

E o que aconteceria com seus namorados se Voldemort morresse? Eles desapareceriam? A ideia lhe deu calafrios.

Também o fez perceber que cooperaria com Voldemort se isso significasse manter seus amantes vivos. Foi egoísta?

Definitivamente.

Mas ele não merecia algo bom pelo menos uma vez na vida?

...mesmo que o mundo desabasse debaixo dele.

Embora, Harry não iria tolerar nenhuma onda de assassinatos. Não só eles eram completamente desnecessários, mas também destrutivos para todos ao redor.

Harry suspirou um pouco para si mesmo, e então olhou para seus amigos.

Hermione estava escrevendo como de costume, sua cabeça curvada sobre o pergaminho.

Ron, sem surpresa, parecia não estar prestando atenção na lição também, muito ocupado se aproximando de Hermione.

Espere. Os olhos de Harry se arregalaram quando a compreensão o atingiu. Eles ficaram juntos então? Já era maldita hora!

Harry não seria capaz de levá-los dançando um ao redor do outro por muito mais tempo.

A aula parecia se arrastar e Harry passou o tempo pensando em como as informações a seguir iriam passar para seus amigos.

Bem, suas reações não poderiam ficar piores do que quando descobriram sobre Tom e Cat.

Falando... Harry meio que desejou que eles aparecessem e o abraçassem discretamente. Ele sentiu frio com o conhecimento do que Dumbledore queria fazer.

A campainha de repente tocou do nada, assustando Harry. Ele começou a guardar os suprimentos de anotações que ele mal havia tocado, antes de deslizar a bolsa por cima do ombro, levantando-se.

A turma saiu, e Harry olhou para seus amigos, percebendo o jeito que Hermione ficou levemente rosada com algo que Rony disse.

"Finalmente vocês estão juntos?" Harry brincou uma vez que eles estavam fora da distância de audição do resto da classe.

Hermione piscou, seus olhos se estreitaram. "O que você quer dizer com 'finalmente'?"

"Oh nada." Harry disse, escondendo seu sorriso. Ele não queria inspirar sua ira. Ele ficou sério depois de um momento. "Nós precisamos conversar."

Hermione e Ron trocaram um olhar.

"O que aconteceu, Harry?" Hermione perguntou, preocupada.

"Eu vou te dizer nos dormitórios." Harry respondeu. "Não é algo que eu deveria apenas compartilhar aqui."

"..." Ron olhou para ele. "Não me diga que há outro."

Harry ficou boquiaberto por um segundo antes de rir. "Não não." Ele balançou sua cabeça. Dois foram mais do que suficientes. "Mas está relacionado."

Hermione mordeu o lábio e olhou ao redor do corredor em que estavam. "Vamos para a Sala Precisa." Ela sussurrou. "Provavelmente é mais seguro que nosso dormitório."

Ooh. Isso era verdade. Harry não tinha pensado nisso por algum motivo.

Harry se perguntou se Tom e Cat sabiam que a sala existia. Eles nunca tinham sequer aludido à sua existência.

Eles caminharam até o sétimo andar, antes de chamar uma sala segura onde pudessem conversar.

Harry sentou-se em um sofá, Ron e Hermione no outro. Cat e Tom apareceram um de cada lado dele depois de um momento, apenas um pouco assustando seus amigos.

"Então, Harry, o que é isso?"

"Dumbledore encontrou outra horcrux." disse Harry. "E ele quer que eu vá com ele e a destrua."

Seus amigos ficaram brancos. Até mesmo Ron, que normalmente era um pouco (tudo bem) mais lento do que Hermione entendia.

"Por você mesmo?" perguntou Rony. "Companheiro, isso é -"

"Perigoso. Eu sei." Harry o interrompeu em frustração. "Mas não posso dizer muito bem que não quero. Ele saberia que algo estava acontecendo com certeza."

"Ainda não consigo acreditar que ele quer te matar!" Os olhos castanhos de Hermione ficaram calculistas. "Tem que haver uma maneira de impedir que isso aconteça."

"Assassine-o." Tom disse, cruzando uma perna sobre a outra. Seu tom era de fato. "O que mais?"

Hermione estremeceu. "Não poderíamos... eu não sei... prendê-lo ou algo assim?"

Tom balançou a cabeça. "Ele escaparia, sabendo que nós sabemos. Obliviate também não funcionaria, pois ele armazena cópias da maioria de suas memórias em potes. Tenho certeza de que ele apoiaria algo tão importante."

"Mas assassinato!" Ron balançou a cabeça, inclinando-se para trás. "Puta merda."

"Eu também não gosto." Harry disse, olhando para o fogo por um momento. "Mas o que mais há? É muito arriscado."

Hermione balançou a cabeça. "Eu não posso acreditar que estou tendo essa conversa agora." Ela murmurou, antes de suspirar. "Por mais que eu odeie a ideia, pode ser a única que funcionaria."

"Hermione!" Ron parecia chocado.

"Enfrente, Rony, ele quer Harry morto - então ele não é melhor do que Voldemort," Cat e Tom se mexeram desconfortavelmente com as palavras dela, antes de se apertarem mais perto de Harry. "Então ele é um e-inimigo."

"Mas ele é tão poderoso!" exclamou Rony. "Como vamos derrubá-lo?!"

"Ele está morrendo," Tom disse suavemente, para sua surpresa. "Sua mão está amaldiçoada, e a única razão pela qual ele não está morto é porque Snape está diminuindo a velocidade."

Oh. Bem, talvez não fosse muito difícil então.

"Então não precisaríamos fazer nada?" Ron disse esperançoso.

"Precisaremos acelerar a maldição." Cat disse, olhando para cima de suas unhas. "Usando algumas poções bem colocadas, é claro..."

Ron e Hermione trocaram um olhar.

"Se funcionar, sim." Hermione parecia relutante, mas ela também estava firme ao mesmo tempo.