Era uma manhã de domingo, a cidade estava agitada, eu tinha levantado cedo, tomado um banho e vim pra floresta, os dois últimos dias tinha sido agitados, não recebi nenhuma noticia dos meus irmãos ontem, acho que eles ainda não acreditavam em mim.
Ando pela floresta, bato e soco tudo o que vejo pela frente, não há ninguém aqui, puxo minhas asas pra fora e vôo o mais alto que posso, tento canalizar todo o ódio que tenho pelos que me fizeram mal. Paro ao ar e fecho os olhos, tento achar meu pai ao redor, onde ele estaria escondido?
- Anda Julian cadê você? - respiro fundo e procuro mais uma vez.
Meus olhos ficam em transformação completa, minhas asas de morcego crescem totalmente.
Em meio à concentração, algo vem em minha direção como um foguete, olho bem e vejo rapidamente um vulto pontudo, e então o objeto já havia penetrado minha asa esquerda, então percebi, era uma flecha.- Mas que porcaria é essa? - fico perplexa.
Mas quem disparou? Não tenho tempo nem de pensar, quando percebo já estou caindo dos céus em certa velocidade, só uma asa não me sustentava, olho para o chão e vejo um ser parte homem, parte cavalo com um arco nas mãos e uma aljava de flechas nas costas.Perto de me chocar ao chão, algo me agarra no ar impedindo o impacto, era um homem, ele cai no chão comigo.
- Sabe mesmo se cuidar lindinha? - Peter sorri pra mim.
- Obrigado - escondo minhas asas.
- Sem problemas - ele toca em mim -, tudo bem?
- Ela vai se curar, agora o que era aquilo?
Peter olha em volta a procura de algo.
- Alexander... Ele era aquilo - ele tenta sentir seu cheiro sem parar.
O pai de Louis estava me seguindo também, isso não era de se surpreender.
- Um centauro? Mas ele já deve estar a uns mil metros longe daqui - grito com ele -, não acha?
Peter chega bem encostado a mim.
- Alexander não é igual aos outros centauros Emma - ele toca em meus cabelos -, ele te caça até o fim, quase nunca foge.
Então ele ainda estava aqui, perto de nós.
- Vamos embora então - me afasto dele.
- Claro, mas antes - Peter para de conversar e tampa minha boca com a mão.
Ele sinaliza com a cabeça em sinal que meu tio estava próximo, andamos bem devagar um junto ao outro, até que sem querer piso em um graveto.
Quando percebo já estava jogada em uma árvore desacordada, abro os olhos e vejo Peter tonto e percebo que ele havia me empurrado pra longe.
- Peter...
- Fique tranquila meu amor - ele respira fundo.
Então vejo a flecha penetrada em seu coração.
- Caramba Peter! - corro até ele que cai ao chão.
Puxo a flecha sem nem me preocupar com o fato do atirador ainda estar ali.
- Vai ficar tudo bem - passo a mão no rosto dele e ele sorri.
Então uma segunda flecha vem em minha direção, mas essa eu consegui segurar antes de me acertar.
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Os Walkers
Teen FictionUma criança que foi maltratada por sua familia desde pequena por causa da sua maldição, depois de anos ela consegue poderes em um evento em que toda a sua familia muda completamente.