Capitulo 4 Noite de ano novo

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Muitas taças e conversas ecoam pelo salão da mansão, entro pela porta da frente me deparo com dezenas de pessoas vestidas socialmente, conversando, rindo, enfim; subo os olhos e vejo um lustre enorme, as paredes eram claras, muitas luzes e brilhos, uma escada enorme subindo para o outro andar, olho para o alto da escada e vejo Peter com a boca aberta me contemplando.


- Agora quem precisa fechar a boca é você - falo baixo pra ele, então ele sorri já que usou a audição elevada.


Olho em volta tentando achar mais alguém conhecido, mas sem sucesso, pego uma taça de champanhe e saio desfilando pelo salão, noto alguns homens me olhando descaradamente enquanto suas mulheres o olham de mau jeito, pisco pra eles maliciosamente.


- Eu sei que você sabe Emma - Oliver aparece ao meu lado.


- Se sabe que sei o que você é, sabe também que vou guardar seu segredo - puxo as mãos dele para dançarmos -, você é muito forte Oliver, pode derrotar meu pai facilmente.

Começamos a dançar no centro da sala, em conjunto com os outros pares.


- Você não entende - Oliver me encara -, eu não consigo controlar quando acontece - ele cochicha em meu ouvido enquanto dançamos.


- Pelo menos tente - olho pra ele.


Olho pro outro lado do salão e vejo minha irmã Michelle dançando com Louis e me encarando, atrás deles meu tio dançava com Íris, era como uma dança de gelo, de ambos os casais, nenhum afeto ou coisa parecida, olho para o alto da escada e vejo Peter conversando com minha mãe Talia. Uma pontada de ciúmes me atinge, balanço a cabeça pra esquecer-se da emoção, mas uma coisa vem a minha mente, o beijo, foi diferente e intenso, será que eu devia dar uma chance a ele? Ou somente ignorá-lo?


- Não importa agora - falo alto.


- Peter? - Oliver sorri pra mim.


- Não - grito -, quer dizer, como você sabe?


- Não sei se você sabe Emma - ele sorri pra mim -, mas seu afeto por ele está quase carimbado na sua testa.


- Ele é só um idiota - brinco com Oliver.


- Eu ficaria feliz por vocês - ele para a dança.


Então a porta do salão abre e meu pai aparece, todo social e com a mesma cara de mal, aparentemente inofensivo, ele arruma as abotoadeiras das mangas e então sobe os olhos diretamente a minha direção.


- Melhor começarmos a seguir com o plano - Oliver sai de perto de mim e sobe as escadas.


Olho pra Julian e subo as sobrancelhas pra ele ousadamente, uso meus poderes e entro na mente dele.


- Meu Deus - falo baixo.


Essa tinha sido a primeira vez que vi tanta desgraça feita contra os outros, só havia outro homem que eu tinha entrado na cabeça e me assustado assim, lá na segunda guerra mundial. Ele havia feito de tudo, de traição até o mais cruel dos assassinatos, abaixo a cabeça pra ele não notar meu medo e então ando até o banheiro das mulheres.

Olho para o espelho pensando em como minha vida era conturbada e que aquela poderia ser minha última noite.


- Vamos conseguir prometo - Íris aparece e me abraça.


- Você sempre acreditou em mim né irmã? - acaricio seus cabelos.


- Sim, agora é sua vez de acreditar em mim - ela sorri.

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