Capitulo 5 Escolhas

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A lua iluminava o chão e o mar como uma luz de neon, olhos nos rostos de minha família, cansados, felizes, varias sensações juntas, todos estávamos parados diante de meu pai, um monstro, o grande e lendário Kraken, filho de Hades o deus do Sub-Mundo. O bicho gritava sem parar, sacudia as águas e os ventos, Louis quase mal ficava parado flutuando em um só lugar.


Esperamos um ultimo vento bater para começarmos a segui em frente, então a brisa sacode meus cabelos, olho para Peter e então corremos todos juntos, os tentáculos iam para todos os lados, quase impossíveis de se prevenir.


Louis nada até o fundo do mar pra carregar seu tridente o máximo que conseguir, de acordo com o plano. Peter corre em direção ao braço esquerdo de Julian, pula na mão dele e corre pelo braço mordendo várias partes com suas três cabeças.


Irís invoca dezenas de cipós que puxam o braço direito do monstro e o prendem, Peter e Irís precisavam de toda a atenção para segurar meu pai.


Oliver cria uma espécie de escudo protetor para cuidar de Louis enquanto ele carregava o tridente com todas as suas forças, eu ouvia suas preces.


- Grande Poseidon senhor dos mares e oceanos, me ajude - ele pedia.


O tridente se iluminava mais e mais, o brilho passava as profundezas do mar e chegava à costa.

Era minha vez de agir, vôo em frente ao rosto do Kraken e me concentro o máximo que posso, entro na mente dele pela segunda vez e vejo tudo o que ele já fez de errado, eram muitos crimes, envolvendo assassinatos sem razão alguma, em meio às lembranças, vejo o homem que vendeu o remédio que curou Irís com ele, meu pai o tinha matado sem dó nem piedade alguma, ele e toda a sua família, acho traições contra a minha mãe e contra parceiros de crimes, meu pai era o demônio vivo, só uma coisa seria a pena suficiente pra ele.


- Morte - fico séria.


Depois de uns minutos me concentrando consigo pegar todas as lembranças de uma vez só, então provoco a dor psicológica nele, o Kraken não aguenta a dor e ruge altamente, os tentáculos caem às águas e ele cai um tanto pra frente, mas continua em pé e forçando os braços pra frente, tentando derrubar Peter e arrebentar os cipós de Irís.


- Posso matá-lo! - grito pra Oliver - Me dê uma chance!


Oliver voa e fica a minha frente.


- Não faça isso Ems - ele implora -, mostre ser melhor que eles.


- Mas o tridente de Louis vai matar do mesmo jeito - rebato.


- Não prima, enfeiticei a ponta do tridente com uma espécie de feitiço do sono, não vamos matá-lo, apenas deixá-lo inconsciente.


- Oliver - abaixo a cabeça -, vou fazer isso com ou sem você.


Puxo meu chicote e amarro-o no corpo inteiro de Oliver, em seguida o encaro.


- Me perdoe primo - peço a ele.


Então arremesso ele ao chão, e ele despenca no solo. Olho de volta a meu pai.


- Estúpida! - o monstro grita - Minha morte não vai te ajudar em nada!


- Você que pensa - sorrio pra ele.


Duplico a força da dor psicológica e a aplico mais uma vez, esperando ser a última, em meio aos gritos pedindo que eu pare de tentar matá-lo noto sangue saindo do meu nariz, minhas asas começas a bater com muita dificuldade, fico fraca.

Vejo que não tenho mesmo como matá-lo em minha situação, fico indignada.


- Sua sorte o salvou pai - grito a ele.


Irís voa até mim e me abraça.


- Busque Oliver agora mesmo - ela me ordena.


Desço até onde joguei Oliver e o encontro desmaiado.


- Olie acorde - balanço o corpo dele.


Ele levanta.


- Sabia que iria desistir de matá-lo - ele sorri.


- Precisamos de você Olie, Louis já transferiu toda a energia ao tridente - o alerto.


- Certo.


Voamos até em cima do lugar onde Louis está.


- Peter pula! - grito.


O cão que é meu ''namorado'' corre em máxima velocidade e pula até o térreo, então se transforma de volta em humano, com roupas e tudo mais, não entendia a transformação de alguns seres. Ele anda até a beira da praia e me olha.


- Bom trabalho - diz baixo.


Irís amarra o outro braço com mais cipós ainda, noto a força que ela tinha e como a usava, vôo até Peter e o abraço com todo o meu coração.


- Tudo bem? - pergunto.


- Só algumas lesões, mas nada sério - ele colocava a mão em meu queixo.


- Melhor nos segurarmos - o alerto.


Causo novamente a dor psicológica no monstro gigante, triplico dessa vez, escondo o meu rosto para não verem que estou me prejudicando.


- Parem! - a fera grita - Não podem deter um dos únicos!


Oliver o olha e então grita.


- Louis agora!


Louis emerge das profundezas do oceano e crava o tridente todo energizado na parte de baixo do tórax de Julian, que grita de dor quase infinitamente, o mar e o vento entram em desespero. Louis despenca dos ares em direção aos pés do monstro, porém Irís cria uma enorme folha que agarra ele no ar e o leva de volta as águas.


- Sua vez Oliver - Louis grita.


Oliver junta uma grande energia de fogo e voa em direção ao tridente fincado, então o empurra para dentro do corpo do Kraken.


- O que ele fez? - pergunto ao Peter.


- Com a força da Fênix, ele pode fazer o feitiço do sono durar muito mais, colocando-o praticamente dentro do Kraken.


- Espere - encaro Peter -, você sabia que ele era mais que um feiticeiro?


- Digamos que sim - ele sorri pra mim -, sou amigo de Circe e ela acabou me contando.


- Amigo é? - o encaro.


- Diz à moça que pisca pra homens casados em um baile de ano novo - ele brinca.


- Um a um - rio.

Depois de uma meia hora, meu pai já estava ao corpo normal e inconsciente, Louis já estava ao normal, porém com o sobretudo de Oliver, nos reunimos em um circulo a beira da praia.


- Então - Louis pergunta -, o que vamos fazer com os quatro.


Olhamos para os derrotados da noite então os interrompo.


- Acho que não devemos pensar nisso agora - sorrio pra Peter.


Oliver chama nossa atenção.


- Pessoal - ele sorri -, faltam dez segundos pra virarmos o ano.


- Mais um na minha lista não vai fazer diferença - Peter ironiza.


- Mas esse vai ser comigo - o beijo.


Então fogos de artifícios explodem ao ar fazendo a noite ficar bela no fim, olho para o céu e penso em tudo que já aconteceu na minha vida.


- Até que fui bem - sorrio.


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