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Levantei rapidamente da cama, já percebendo que estava atrasada. Que droga, eu sabia que hoje tinha prova. Me arrumei na velocidade máxima que consegui, escovei os dentes e saí de casa.
Quando se está atrasado, aquele mesmo percurso que você faz todo o santo dia, parece o caminho mais longo de todos os tempos.

Cheguei às pressas na escola, ainda bem que a prova não tinha começado. Achei estranho o fato de Robin não estar presente, somos da mesma turma, e temos prova a fazer. No mínimo ele se atrasou assim como eu.
Fiz a prova, terminei ela e fui para o intervalo, estava preocupada. Robin não veio a escola, talvez esteja doente. Passarei no final da aula em sua casa.

Assim que o sinal bateu, fui direto correndo para a casa de meu melhor amigo, tinha que encontrar Gwen para ir em sua casa, mas precisava descobrir o que houve com Robin primeiro.
Em pouco tempo correndo, cheguei lá, fui atendida por sua mãe.

-Sra. Arellano, tudo bem?
Perguntei ofegante pela corrida.
- Oi, querida! Na verdade não está bem...
Ela falou com um olhar triste. Na hora, eu gelei. O que aconteceu, ele está doente? teve algum problema com brigas? Ou o pior que poderia acontecer... Não, não pode ser. Eu me perguntava.

- O que houve? Aconteceu alguma coisa?
Respondi com medo de sua resposta.
- Sim... infelizmente. Robin não apareceu desde ontem a noite, na volta da escola. Logo já vai ter 24 horas...
Ela desabafou com lágrimas nos olhos.

Eu apenas a olhei com medo, preocupação, tristeza... Com tudo que anda acontecendo ultimamente, não se descarta a opção de Robin ter sido sequestrado.
Ela segurou o choro, mas não conseguiu desabou em lágrimas, fui consolar ela.
Dei um abraço profundo dizendo que tudo ficaria bem.

- Espero que ele volte, tenho certeza que vai!
Eu disse com esperança na voz.
- Eu espero. Ele não é de fazer coisas assim, como sumir do nada... Alguma coisa me diz que algo ruim aconteceu, querida!
Ela soluçou em resposta.

Me despedi com tristeza, e fui embora. Não estava mais com vontade de ir à casa de Gwen, tudo isso me deixou incomodada. E se algo tiver acontecido..., não vou me perdoar por deixá-lo ir sozinho para casa.
Mas não podia furar com ela, sei que ela iria entender, mas realmente, estou consertando novamente a amizade incrível que temos. Não posso desmarcar a chance que tenho de voltarmos a nos falar como antes.

Fui a casa dos Blake, o pai de Gwen e Finney me recebeu. Entrei em sua casa, ela era simples, mas mesmo assim era bonita. Chamei por Gwen, que logo veio correndo na escada e pulou para me dar um abraço, que retribui na hora.

- Emma, você veio!
Ela falou com entusiasmo.
- Vem, vamos logo!

Ela me puxou para subirmos as escadas, cheguei em seu quarto, era bonito. Gostei muito da sua companhia, ela me fez me sentir melhor. Contei para ela o que havia acontecido, ela ficou triste por mim e também pela Sra. Arellano.
Conversamos por horas, nem vi o tempo passar.

- Nossa já são 22h! Preciso ir, minha mãe vai ficar uma fera comigo!
Falei já ficando nervosa pelo que minha mãe iria falar.
- Relaxa Emma! Pode dormir aqui.
Ela falou simples.
- Não sei se ela vai deixar...
Respondo por não saber a decisão de minha mãe.

- Vou lá embaixo ligar para sua mãe, vou convencê-la!
Ela disse calmamente descendo as escadas em direção ao telefone. Enquanto ela tentava convencer minha mãe, fiquei olhando o teto de seu quarto. Até que:

- Gwen?
Finn entrou de repente no quarto de sua irmã.
- Ah o-oi... não sabia que estava aqui.
- É, Gwen me convidou. Como você está?
Respondi tirando meu campo de visão do teto.
- Estou bem, sim!
Ele falava quando do nada um grito se ecoou pela casa:

- Ela deixou Emma! Disse sim!
Ela gritou animada, ri pela sua animação.
- O que aconteceu?
Perguntou Finn ao lado da porta
- Ela vai dormir aqui em casa hoje à noite! Podemos ficar conversando até tarde... OU MELHOR! Podemos assistir um filme, de terror!

𝐒𝐮𝐫𝐯𝐢𝐯𝐞; 𝐅𝐢𝐧𝐧𝐞𝐲 𝐁𝐥𝐚𝐤𝐞Onde histórias criam vida. Descubra agora