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Eu estou morta por dentro, por mais que a cada dia que se passa eu queira ficar feliz, não consigo. Nunca imaginei passar por isso, perder o meu melhor amigo, depois de 4 dias se passarem e ele não voltar... É, ele foi sequestrado.
Só de pensar nisso, eu sinto um aperto no coração e a vontade de chorar fica maior ainda, e simplesmente não posso me aguentar, eu choro. Todos esses 4 dias, não consegui me sentir bem, mesmo tentando.

Ao mesmo tempo que meu coração e meu corpo eram dominados pela tristeza. Também existia fúria e culpa, culpa por deixar Robin seguir sozinho para casa, e fúria por a cada dia que se passa querer mais acabar com a existência desse sequestrador.

O final de semana passou, e eu continuava ali. Da noite para o dia, do dia para noite, na mesma posição em minha cama. Lendo, mas não conseguindo me concentrar e chorando a maioria das vezes. Não só pelo Robin, e sim por sua mãe, os conhecidos de minha escola que também foram sequestrados e seus familiares.

Novamente era segunda, tive que ser forte o suficiente para me levantar finalmente e tentar seguir meu caminho sabendo que uma das pessoas que mais amava poderia não estar vivo ou sofrendo...
Meus olhos se encheram de lágrimas novamente, e dessa vez consegui impedi-las de cair sobre meu rosto.

Era hora de mudar, seguir meu caminho, parar de ficar sofrendo o tempo inteiro. Sei que caso alguma coisa acontecer com ele, pensei nele em todo o momento desde então...

Saí de casa, já estava em meu quarto a dias. Então, sair foi uma sensação de estar livre e logo respirei fundo e fui para a escola.
Até o final da semana foi assim, tentar pensar em Robin de uma maneira boa, acreditar que ele estaria bem. Com esse pensamento a semana passou muito rápido, rapidamente era sexta-feira.

*Quebra de tempo*

Saí do colégio, e fui conversar com Finney e Gwen. Gwen não pode ficar tanto.

- Vou ter que ir gente!
A garota diz olhando o relógio.
- Porque? Não vai embora com a gente?
Seu irmão perguntou.
- Não, é sexta lembra. Vou dormir na casa da minha amiga. Tchau!
Ela respondeu.
- Tá bom, seguimos sozinhos então Finn. Tchau Gwen!
Falei a ele, ele concordou e fomos sozinhos andando pelas ruas para chegar em nossas casas.

Mas logo demos de cara com uma Van preta, espera... Era aquela que eu via antes vir para escola, estranho.
Um cara saiu lá de dentro, ele carregava uma sacola de compras que logo derrubou ela no chão, todos os alimentos que estavam ali caíram ou foram tiveram que ir para o lixo.

- Aí que cabeça a minha né?
O homem dizia rindo de sua própria desgraça.
- É... Você quer ajuda?
Finn ao meu lado perguntou.
- Sim, peguem meu chapéu por favor.
Ele nos entrega um chapéu preto, parecia uma cartola.

O mais estranho era que ele estava com a cara branca, havia colocado algum produto em seu rosto.

- Você faz mágica? Dá para ver o adesivo na Van e isso... Acredito que seja uma cartola?
Eu perguntei a ele segurando seu chapéu, enquanto ele recolhia os alimentos do chão.
Ele se levantou e pegou o chapéu de minha mão.

- Sim, vocês querem ver? É bem divertido.
Ele nos olhou esperando uma resposta, olhei para Finn que concordou sorrindo.
- Gostaríamos, sim!
O garoto falou ao homem.
- Tá bom.
Ele tirou uma coisa de dentro da Van, eram balões... pretos? Vários inclusive.

Finney iria fazer uma pergunta, mas... quando vimos o homem nos enrolou naquele arco cheio de balões. Tentamos nos soltar, gritamos, fizemos de tudo. Mas ele foi mais rápido e no momento em que iríamos gritar novamente, ele colocou um spray de alguma coisa em nossas bocas.

Depois disso, meus olhos começaram a fechar, estava sem consciência. Quando senti eu ser empurrada para dentro, eu apenas adormeço.

- Ahh...
Eu acordei desesperada, com uma respiração funda. Meus olhos se abriram... O que? Eu fui... Eu fui sequestrada! Ele era o sequestrador, eu não acredito!
Saí de meus pensamentos, e olhei em volta de mim. Eu estava numa espécie de cativeiro, as paredes eram muito sujas, eram cinzas. Eu estava em cima de um colchão duro e sujo.

Haviam apenas duas únicas saídas, uma porta grande de metal e uma ventilação de metal, mas ela era alta demais. Olhei mais uma vez, vi um telefone preto e Finney ao meu lado. Antes de acordá-lo, fui em direção ao telefone, mesmo sendo burrice colocar um telefone funcionado em um cativeiro.

Corri até ele, mas... É... Ele não funciona, sei cabo estava cortado. Lá se foi uma chance de sair daqui. Fui até Finn acordar o garoto, chamei ele 2 vezes.
Ele acordou assustado assim como eu, quando me viu sua expressão mudou. Ele olhou por um tempo tudo que estava em sua volta, e voltou seu olhar para mim.

Ele apenas me abraçou, durante o abraço me permiti a derrubar uma lágrima. Então era aqui que Robin estava, e onde ele está? Existem outros cativeiros aqui? Ele estava vivo?
Pensei por um tempo, enquanto Finn fez a mesma coisa que eu, verificar se o telefone funciona.

- Eu já tentei Finney... Não adianta, está com o cabo cortado.
Falei sem esperança.
- Ah... Quem sabe tentamos alcançar a ventilação? Posso te segurar e você abrir.
Ele falou para mim.
- Tá podemos tentar...
Respondi indo até ele, fiquei parada em frente a ela e Finn fez um gesto para mim tentar subir em sua mão.

Subi em sua mão, coloquei meu braço lá em cima para tentar alcançar, estava quase... Mas não ia, ainda estava meio alto. E rapidamente Finney começou a dizer para mim descer, pulei de sua mão e cai no chão junto dele.

- Está quase... Só precisamos de alguma coisa para nos auxiliar. Mas parece que nesse lugar não tem nada mais do que sujeira.
Falei para ele.
- Verdade, vamos descansar primeiro... parece que aquilo que ele colocou na minha boca me deixou com dor de cabeça.
Ele disse.
- É, tá bom. Estou com fome, espero que esse canalha venha logo nos dar comida.
Eu respondi me ajeitando no colchão.
Logo dormi ao lado de Finn.

Espero que esse filho da puta venha logo, ou ele pode simplesmente nos deixar aqui.

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𝐇𝐢, 𝐠𝐮𝐲𝐬!
𝐌𝐚𝐢𝐬 𝐮𝐦 𝐜𝐚𝐩 𝐚𝐪𝐮𝐢, 𝐞𝐬𝐬𝐞 𝐝𝐚𝐪𝐮𝐢 𝐞́ 𝐨 𝐪𝐮𝐞 𝐯𝐚𝐢 𝐚𝐛𝐫𝐢𝐫 𝐚𝐬 𝐩𝐨𝐫𝐭𝐚𝐬 𝐩𝐚𝐫𝐚 𝐨 𝐫𝐞𝐬𝐭𝐨 𝐝𝐚 𝐟𝐚𝐧𝐟𝐢𝐜.

𝐕𝐨𝐭𝐞𝐦 𝐩𝐨𝐫 𝐟𝐚𝐯𝐨𝐫!
𝐅𝐨𝐢 𝐢𝐬𝐬𝐨!

𝕂𝕚𝕤𝕤𝕖𝕤.
𝔸𝕥𝕖𝕟𝕒

𝐒𝐮𝐫𝐯𝐢𝐯𝐞; 𝐅𝐢𝐧𝐧𝐞𝐲 𝐁𝐥𝐚𝐤𝐞Onde histórias criam vida. Descubra agora