capítulo 03 (parte II)

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Depois que saímos do meio de todo mundo, passamos pelo portão que dava acesso à quadra

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Depois que saímos do meio de todo mundo, passamos pelo portão que dava acesso à quadra. Atrás da escola tinha alguns branquinhos, onde também ficava o jardim.

Sentamos e ficamos em silêncio por alguns minutos admirando o céu estrelado, mas não demorou muito para algum de nós começar a falar.

— A lua está lindo não é mesmo? — Falou ele com um sorrisinho bobo.

— Ah! Você tem toda razão, está mesmo. — Eu sei que tem um significado por trás dessa frase, mas seria loucura da minha cabeça considerar que ele está dizendo que me ama. — Lá no pátio você falou que por três anos tentou se aproximar de mim. Você queria minha amizade é isso? E se sim, por quê?

Como eu queria que você estivesse entendido a minha frase, eu poderia falar que é porque estou apaixonado por você desde o primeiro dia. — Sim, eu queria sua amizade, sempre te admirei em tudo que você faz, mas você nunca deixou ninguém se aproximar de você o suficiente Helena.

Dou um longo suspiro antes de falar. — Eu nunca falei isso para ninguém, mas eu tenho isso como uma barreira de defesa. Já fui muito apegada as pessoas, quando estava no fundamental, fiz muitos amigos. No final todo mundo se separou e hoje nem nos falamos mais. Também tinha uma melhoria amiga, a galera era inseparável, para onde eu ia, ela estava comigo. — Sinto uma lágrima cair. - Até o dia em que ela morreu em meus braços.

Fiquei sem reação após escutar o relato de Helena, agora dava para entender tudo. — Nossa Helena, eu sinto muito por isso. — Não penso duas vezes e dou um abraço nela. Sou surpresa com o abraço dele.

— Tudo bem, obrigada. Isso já tem quatro anos, tento não pensar muito, pois essa saudade dói muito.

— Agora eu entendi o porquê você é assim.

Pego um lencinho na bolsa e seco meus olhos. — Tudo bem, já passou. Além do mais, os traumas estão aí para serem superados, por mais difícil que pareça, a vida não pode parar. E olha, podemos tentar construir uma amizade, quem sabe dar certo.

— Claro, podemos tentar sim. Posso te dar outro abraço?

— Já percebi que você gosta de abraço Daniel.

— Eu acho incrível. — Abro um imenso sorriso no rosto.

— Bom, e melhor voltarmos para dentro, vamos perder toda aquela comida se ficarmos aqui. — Quando estávamos retornando somos surpresos com Raíssa.

— Finalmente encontrei vocês, estavam aonde esse tempo todo? Faço um olhar de desconfiança.

— A gente estava aqui fora conversando, mas o que aconteceu? Responde Daniel meio sem jeito.

— Conversando? Vou fingir que acredito então. Bom, a diretora está chamando para tirarmos uma foto.

— Deixa de ser doida Raíssa, para com isso. — Fala Helena cruzando os braços.

Raíssa não ver outra opção se não pegar eles pelos braços e conduzi-los até o local reservado para as fotos. Foi divertido e muito engraçado, nos empolgados e fizemos várias caretas. No final o fotógrafo irá nos entregar o envelope com as fotos. Depois disso, comemos muito, pulamos e aproveitamos ao máximo, pela primeira vez após anos eu me sentir bem em está com pessoas ao meu redor, falo especificamente de Raíssa e Daniel.

A formatura encerrou meia-noite, antes de todo mundo ir para casa, ficamos conversando na saída.

— Amei as fotos, pessoal, vou tentar guardá-las para o resto da vida. — Falou Raíssa olhando cada uma.

— Acho que vou fazer um álbum, já tenho até a frase para a capa "Vamos fazer isso mil vezes de novo", gostaram?

— Nossa Helena, achei a ideia perfeita. — Disse Daniel, e Raíssa concordou em seguida.

Depois de muita conversa, chegou a hora de dizer tchau, nos despedimos com um grande abraço. — A gente se ver por aí gente, foi muito bom aproveitar esse momento com vocês.

— Que isso Helena, isso não é um adeus. Vamos viver muita coisa, juntos ainda. Não é mesmo Daniel?

— Claro, concordo plenamente.

Entro no carro e no caminho para casa coloco aquela música que gostei e ouço até chegar em casa. Estava exausta, a única coisa que queria no momento era tomar um banho rápido e só me jogar na cama.

Já tinha colocado a touca na cabeça, pronta para domi, mas sou interrompida quando minha mãe parece na porta do meu quarto.

— Quero a macinha acordada bem cedo amanhã.

— A não mãe, amanhã era meu dia de descanso. A noite foi muito agitada, eu mereço isso. — Olho para ela com uma carinha de desânimo.

— Eu sei disso mocinha, mas não tem outro jeito. Seu pai já marcou uma viagem até a casa da sua tia Luíza, vamos passar no máximo três dias por lá.

— Isso tudo mãe? Bem que poderíamos voltar ao menos no outro dia. — Eu gosto muito da tia Luíza, mas não estava nos meus planos ir para lá agora. Isso me tirou o sono completamente.

— Você sabe que é muito longe para voltarmos no outro dia. Para de drama Helena, você não tem nada de mais para fazer por aqui. Aproveitar que você não precisa se preocupar em ir para a escola.

— Tabom mãe, pode deixar. Vou está de pé amanhã como pediu tá. E a senhora está esquecendo que em breve te faculdade, agora apaga a luz.

— Combinado então, boa noite filha.

— Boa noite mãe. — Estava pensando em chamar Daniel e Raíssa para passear ou ir a praia, agora deixa para depois. Enfim, deixa eu dormir.

A Nossa Canção [Em Andamento]Onde histórias criam vida. Descubra agora