𝐂𝐀𝐏𝐈́𝐓𝐔𝐋𝐎 𝐈𝐈

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𝐔𝐌𝐀 𝐅𝐄𝐒𝐓𝐀 — 𝐍𝐀 𝐕𝐈𝐒𝐀̃𝐎 𝐃𝐄 𝐊𝐔𝐑𝐎𝐎




      Kuroo Tetsurou nunca entendeu sentimentos. É claro que ele sabia que sentimentos eram reações químicas, mas mesmo assim, porque seu corpo não dava sinais mais claros, como mandar uma informação para o seu cérebro dizendo exatamente o que você estava sentindo? Com certeza seria muito mais simples do que confiar no seu próprio potencial de interpretar o que você sentia, já que Kuroo não fazia ideia do que sentia.

    Quando arrastou Kenma para fora de casa naquele domingo o convencendo a ir à pequena reunião na casa de Yaku não imaginou o caos que seguiria aquele dia. Kuroo achou que isso seria meio estúpido fazer uma reunião no domingo mas como não era nenhuma festa não havia problema. Para sua surpresa a casa de Yaku estava transbordando de gente, e o que seria só uma reunião entre o Nekoma e o Fukurodani se tornou uma festa. Kuroo podia sentir o olhar de ódio de Kenma nela então se virou para se justificar — Calma Kenma. Eu não fazia ideia de que era uma festa, porque sinceramente, uma festa no domingo é burrice. Devem ter vazado que ia ter uma reuniãozinha do volêi e uma coisa levou a outra. — Disse e seguiu em direção a porta, Kenma logo atrás murmurando algo baixo demais para Kuroo entender.

     Devia ter se passado algumas horas desde a chegada de Kuroo e o momento em que se separou de Kenma que odiava a sala cheia e a música alta, por mais que tivesse desejado que Kozume ficasse. Devia ter bebido muito, porque se sentia meio tonto e com muito calor quando achou Bokuto no meio da multidão. — Bokuto. Vejo que se rendeu a cerveja de Taketora.— Disse e recebeu como resposta um resmungo deo amigo. "Alguma coisa aconteceu", pensou —Tá tudo bem?— Perguntou e Bokuto simplesmente negou com a cabeça — Que aconteceu?— Indagou, e Bokuto levantou para olhá-lo, ele estava claramente chorando. —'Kaashi.— Ele respondeu e Kuroo entendeu o que estava acontecendo. — Ah, Bokuto. Fala com ele. Se tem alguém que vai te escutar é Akaashi.— Disse e viu esperança passar pelos olhos de seu amigo. — Sério? Ele não vai ficar com raiva?— Bokuto falou. — Claro que não. Ele é seu melhor amigo. Te conhece como ninguém, e não vai te culpar por gostar dele, não é esse tipo de pessoa— Kuroo respondeu e por uma fração de segundo, pensou não estar falando mais sobre Bokuto e Akaashi. — Certo, amanhã vou falar com Akaashi.— Bokuto disse e Kuroo admirou a determinação de seu amigo. — Sabe, Kenma também é seu melhor amigo Kuroo. Não iria te odiar por ser sincero.— Bokuto disse, se levantando e indo embora.

    Do que ele estava falando? As vezes Bokuto ficava muito sério e falava alguma coisa importante mas Kuroo não achava que esse era o caso. É claro que Kuroo gostava muito de Kenma, eles eram melhores amigos, mas ele não gostava de Kenma desse jeito gostava? Bem ele ficava bem incomodado com a indiferença de Kenma em relação a quem ele havia beijado essa semana mas não é como se esperasse que Kenma sentisse ciúmes ou algo assim. Também sentia algo estranho toda vez que Kenma conversava com alguma garota — O que era raro, mas mesmo assim acontecia— só que isso não significava nada, significava? Não. Kuroo não podia gostar de Kenma assim, não quando era impossível Kenma sentir o mesmo.

       Depois de conversar com Bokuto, Kuroo perdeu a vontade de ficar ali, e foi atrás de Kenma, que se encontrava sentado em um banquinho perto do bar improvisado, acompanhado de uma garota. Kenma parecia extremamente desconfortável, e Kuroo que já estava irritado, puxou o garoto pelo pulso e perdeu o controle quando viu seu rosto.

Kuroo seguiu seu mais profundo desejo e teve o impulso de beijar Kenma bem ali.

Teve o impulso de segurar o queixo de Kenma e entrelaçar seus dedos no cabelo semi-preso de Kozume.

Teve o impulso de continuar o beijando, o que teria feito se Kenma não tivesse o afastado antes de ir embora as pressas.

Kuroo reconheceu brevemente a garota que estava conversando com Kenma, mas sinceramente, não dava a mínima para quem ela era.
Olhou ao seu redor, e como não achou Yaku para se despedir e agradecer, foi embora.








A/N:

Bem curto porque esse capítulo é só pra mostrar um pouco do lado do Kuroo, o que vai ser importante pra entender ele na história. Enfim qualquer erro ou sugestão é só me avisar, e obrigado por ler!


𝐍𝐞𝐠𝐚𝐜̧𝐚̃𝐨 - 𝐔𝐦𝐚 𝐬𝐡𝐨𝐫𝐭-𝐟𝐢𝐜 𝐝𝐞 𝐊𝐮𝐫𝐨𝐤𝐞𝐧Onde histórias criam vida. Descubra agora