𝐄𝐏𝐈́𝐋𝐎𝐆𝐎

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Kuroo achava a última aula do dia um completo inferno. Ficar preso em uma sala de aula enquanto um aluno que sentava na frente repetia exatamente tudo que o professor disse e depois falava "pelo menos foi isso que eu entendi" não era sua concepção de um hobby interessante, especialmente quando pretendia levar Kenma a uma sorveteria depois do treino.

Fazia algumas semanas desde que se beijaram no quarto de Kozume, e não pararam de fazer isso, mas bem, pode se dizer que nem Kuroo e nem Kenma tiveram coragem para perguntar se estavam realmente namorando. Sim, algo um pouco bobo, porque nenhum dos dois havia ficado com mais ninguém, e principalmente, nenhum dos dois parava de pensar um no outro, mas mesmo assim, eram um casal de idiotas sem tato emocional.

Quando a aula acabou, Kuroo foi direto para o treino de vôlei e fez o que normalmente faria, talvez um pouco mais atrapalhado do que o normal. Não conversou muito com Kenma, porque precisava de quase toda sua atenção no treina, já que estava nervoso e sinceramente, fazendo alguns erros que Lev faria, o que na concepção de Kuroo era um regresso extremo, quase como uma maldição.

Quando o treinador organizou um 3x3 Kuroo quase teve uma crise de riso com os times, e se lembrou que obviamente o treinador estava acompanhando o drama da semana passada, porque colocou Lev, Kenma e Kuroo no mesmo time e Yaku, Taketora e Kai em outro, e Kuroo assumiu que os times não eram idênticos simplesmente pelo fato de Teshiro estar doente, em casa.

Kenma aparentemente compartilhava do mesmo humor que Kuroo, porque estava com um sorrisinho quando começou na posição de saque, que passou raspando pela cabeça de Lev, o que fez o garoto não falar nada durante metade do set.

Estavam ganhando a partida, apesar da maioria dos pontos terem sido marcados por Kuroo e Kenma, já que Lev estava tão nervoso que esquecia de mirar , e quase sempre Yaku pegava a bola com facilidade. Agora, ele simplesmente esqueceu de cortar quando olhou para Kenma durante o ataque. — Lev! Não vou te matar por ser burro, disso eu já sabia! Se continuar dando pra trás porque está com medo vou acertar o próximo saque na sua nuca. — Depois de Kuroo falar isso, Lev pareceu voltar pro jogo, e a vantagem foi se abrindo entre os dois times.

Ganharam os dois sets, mas infelizmente, ou felizmente, Lev voltou a falar normalmente o que rendeu uma série de perguntas constrangedoras sobre Kuroo e Kenma, que foram paradas por um chute de Yaku.

Kuroo e Kenma saíram do colégio e foram andando para a sorveteria que Kuroo falou sobre. Pararam lá e se sentaram em uma mesinha com dois potes de sorvete, o de Kuroo com duas bolas de pistache e uma de caramelo, e o de Kenma com duas bolas de café e uma de sensação.

Kuroo enrolou tanto que estavam quase terminando os sorvetes quando ele decidiu finalmente perguntar para Kenma. — Então, ahn, estava pensando, posso te perguntar uma coisa? — Kenma levantou a cabeça, e como estava com uma colher de sorvete na boca, só assentiu.

— Certo, ahn, bem, você não precisa aceitar se não quiser, e é claro que você pode simplesmente fingir que nunca te perguntei isso se te incomodar e... — As mãos de Kuroo estava tremendo um pouco enquanto ele procurava pelo anel em seu bolso

— Kuroo, tá tudo bem? — Ah, ótimo, agora Kenma estava preocupado. Estúpido, era isso que Kuroo Tetsuro era. — Sim, é que eu estava pensando que bem, a gente meio que nunca falou o que a gente era, mas pensei que seria legal poder te chamar de meu namorado e... — Kenma começou a rir, o que fez Kuroo parar de falar. — Kuroo se esse é seu jeito de me pedir em namoro, estou dizendo que sim. — Kuroo imediatamente sorriu de volta para Kenma.

Assim que se levantaram para sair do restaurante, Kuroo entregou o anel a Kenma, que ficou apertado em seu dedo, mas o garoto não reclamou, na verdade sorriu, e o colocou no mindinho, algo que Kuroo fez também com o outro anel em seu bolso.

Enquanto voltavam para casa, estavam com os mindinhos entrelaçados, em parte porque Kuroo gostou de sentir o anel no dedo de Kenma, e em parte pelo fato de que Kenma uma vez disse durante um filme que achava ficar de mãos dadas idiota.

— Você realmente achou que eu fosse dizer não? — Kenma perguntou e Kuroo deu seu melhor sorriso soberbo antes de responder. — Óbvio que não. Ninguém recusaria uma perfeição dessas. — Kenma revirou os olhos como resposta, mas não deixou de beijar Kuroo antes de entrar em casa, nem de conversar com ele naquela noite. Nenhum dos dois fez questão de anunciar que estavam namorando, mas foi inevitável para seus amigos não notarem os dois se beijando ou flertando por aí. E é claro Kuroo fez questão de atualizar o treinador, que sorriu e saiu murmurando algo sobre uma aposta com o professor responsável pelo clube de vôlei.



A/N:

Não estou pronta pra desapegar deles nem desse mini-plot então talvez tenham extras e algo assim, mas por enquanto é só! Espero de coração que tenham gostado da história e de como os personagens funcionam! Obrigada mesmo por terem dado uma chance pra história e pra essa leitura, espero muito que tenham gostado, e quem sabe não lanço mais algumas fics de Haikyuu talvez de ships talvez de OC com algum personagem, se quiserem deixa aqui nos comentários e eu aviso se for fazer e quando lança o primeiro capítulo.

Obrigada por ler!!!

𝐍𝐞𝐠𝐚𝐜̧𝐚̃𝐨 - 𝐔𝐦𝐚 𝐬𝐡𝐨𝐫𝐭-𝐟𝐢𝐜 𝐝𝐞 𝐊𝐮𝐫𝐨𝐤𝐞𝐧Onde histórias criam vida. Descubra agora