CHAPTER 7

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---------- POV ZENDAYA ----------

Nesses últimos dias minha vida deu um giro de cento e oitenta graus, nunca imaginei que hoje eu teria amigos, nunca imaginei um dia beijar Tom com vontade e naquele dia após a festa nos beijamos não só uma mais várias vezes. Hoje somos mais próximos eu vejo o quanto ele quer se aproximar de mim, seja na hora do intervalo ou até mesmo quando estou indo pra casa, Tom sempre está ali, as vezes nenhum dos dois falamos nada, mais a companhia era o que realmente importava. Por outro lado, tenho vivido momentos bem difíceis com Andrew, cada dia que passava meu irmão se apegava mais a mim, infelizmente ele não lembra da nossa mãe o que torna tudo cada vez mais difícil, ele me vê como a mãe dele e na real eu realmente sou mãe dele porque mãe e pai são os que criam e vê-lo crescer sem aquela figura paterna e materna me machucava a cada dia, ele não vai ter a mesma oportunidade que eu tive de ter sido criada pelo meu pai e pela minha mãe, mais sobre o caixão deles eu prometi cuidar de Andrew da forma mais correta e amável possível.

O aniversário de dois anos de Andrew era na sexta-feira e eu tinha muitas coisas para organizar, levar uma festa para a creche não é fácil não ainda mais quando seu irmão não quer sair do seu braço por nada, e por isso Jacob tem me ajudado bastante com os preparativos. Desde o dia que Tom viu Jacob saindo aqui de casa mais tarde esses dias, ele mudou um pouco comigo e eu realmente não entendo o porquê dele está agindo dessa maneira. Hoje era um desses dias que Andrew estava atacado, trouxe ele para o quintal para tentar acalmá-lo, mas ele chorava muito e não tinha quem fizesse parar de chorar ou dormir, estava tão exausta que comecei a chorar também.

- Quer uma ajuda aí vizinha? - Me viro para ver de onde vem aquela voz!

- Oi Tom desculpa ter te acordado, é que o Andrew geralmente se acalma quando o trago aqui fora, eu estou exausta, não consigo fazer ele parar de chorar - Começo a chorar novamente, e vejo Tom se aproximar da gente e nos abraçar.

- Calma princesa, eu vou te ajudar ok? - Ele me dá um beijo na minha cabeça. - Agora me dá aqui esse rapaizinho e deixa comigo que eu vou fazê-lo dormir rapidinho.

- Não precisa Tom, eu vou conseguir.

- Eu não estou dizendo que você não vai conseguir, eu tô dizendo que eu vou te ajudar, você nunca pede ajuda Z e todo dia eu vejo o quanto você precisa se equilibrar pra dar conta de tudo.

- Vou aceitar, porque eu estou muito cansada e porque não aguento mais ver ele chorando sinto muita dó quando ele fica assim, tem a festinha dele que é na sexta e eu tô quase surtando. - Entrego Andrew a ele e o vejo se afastar indo para o balanço que tenho ali fora.

Decido entrar um pouco e arrumar um pouco a casa que estava bem bagunçada, não escutei mais nenhum barulho de choro, aquele pestinha me paga. Arrumei tudo e me sentei no sofá, quando vejo Tom entrando com um Andrew desmaiada no seu colo eu sussurro um obrigado e o ensino como chegar até o quarto do meu irmão.

Passou mais de dez minutos e nada do Tom descer, quando subo até o segundo andar vejo que ele ainda está ninando Andrew no berço e acho a coisa mais fofa do mundo, quem diria que um dia a gente quase que se mata e hoje ele está aqui me ajudando num momento de fragilidade. Ele percebe que estou ali e vira a cabeça para mim e solta um sorriso de canto de boca. Saio dali e volto para a sala, um tempo depois Tom está ali sentado no sofá junto comigo.

- Aquele pestinha é um traído mesmo, só foi ir para o seu braço que parou de chorar e dormiu rapidinho. - Eu disse rindo timidamente para ele.

- As vezes ele só sente falta de uma figura masculina. - Tom me olha sério. - Cade seu namoradinho que não está aqui para te ajudar num momento como esse? - Reviro meus olhos em sinal de reprovação.

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