Duelo Uchiha.

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França, Paris.

Sede da Casa Uchiha, um ano antes.

Sakura olhava para a tela de seu notebook a pelo menos 45 minutos ininterruptos. O ar condicionado forte do lugar congelava suas juntas, mas a mulher se recusava a ser a única a reclamar por causa disso.

A sala de reuniões estava silenciosa, todos à espera de Madara adentrar o lugar, os acionistas mantinham as atenções em seus respectivos celulares ou anotações. O único que parecia distraído era o neto mais novo, Sasuke Uchiha.

Os cabelos mais longos do que o usual batiam um pouco abaixo do queixo anguloso e fino, Sasuke poderia se passar facilmente por um dos inúmeros modelos fidelizados da marca. Era tão bonito que chamava a atenção de qualquer um, independente de orientação, Sasuke era um chamariz.

Não que Sakura observasse muito, era apenas o suficiente para saber a tonalidade dos olhos, tão escuros como pedras de ônix. Os lábios finos e desenhados, assim como uma suave covinha que surgia em seu queixo toda vez que sorria.

Talvez aquele fosse um traço genético da família já que os outros Uchihas da nova geração carregavam tanta beleza quanto postura.

— Srta. Haruno — ouviu a voz inconfundível de Obito Uchiha. — Sabe me dizer o que aconteceu com meu avô?

— Boa tarde Sr. Uchiha. — Ela sorriu educada, apoiando as mãos delicadas sobre o colo. — Infelizmente seu avô está preso no engarrafamento.

— Tudo bem, obrigado.

Óbito se afastou da pequena mesa que ficava, próxima a ponta onde Madara sentava. A sala de reuniões era ampla, com uma mesa de mogno no centro com mais lugares do que se era possível contar, continha sofás vermelhos — a cor da empresa — encostados nas paredes, um frigobar onde sempre era mantido vinho gelado e alguma champanhe para as comemorações. Sakura achava aquele pedaço da empresa um dos mais bonitos e bem decorados.

Um suspiro alto e, obviamente, tedioso cortou o silêncio. A mulher nem precisou virar o rosto para saber quem havia emitido tal som. Madara estava consideravelmente atrasado para aquela amostra da nova coleção que seria liberada nas lojas.

Ao lado de Sasuke, batendo incessantemente o pé no chão estava Itachi. Particularmente, aquele era o membro da família que Sakura mais sentia nervoso ao falar, era extremamente belo, com longos cabelos pretos e lisos, que chegavam a metade das costas e olhos no formato de amêndoas, o rosto liso com apenas duas marcas de expressão que desciam abaixo dos olhos. Marcas essas que compunham o charme de Itachi. O mais velho era frio, calado e extremamente egocêntrico.

Sendo o maior nome atual da alta costura, Itachi havia feito um legado inimaginável como estilista, trabalhando única e exclusivamente para a Casa Uchiha, seus trabalhos e desenhos eram o que mais se aproximavam da perfeição.

Por mais que a personalidade fosse difícil, Itachi, ainda assim, era um visionário. Seu vasto conhecimento e aplicação para seus projetos geraram discussões calorosas entre o avô e Obito, que não concordavam com as visões mais progressistas do homem.

E pela expressão no rosto pálido de Itachi, ela sabia que teria de apartar outra briga.

Sakura consultou o relógio mais uma vez, exatamente uma hora de atraso.

— Isso é ridículo — bufou Sasuke. — Aquele velho acha que não temos mais nada para fazer, além de esperar a boa vontade dele de nos agraciar com sua presença?

House of Uchiha - SasuSaku.Onde histórias criam vida. Descubra agora