E peguei o metrô até lá é claro. Então, enquanto o grande detetive talvez ainda estivesse na porta da frente da casa estilo moro do duque chamando um táxi, eu já estava na estação de Baker Street, onde deixei minha valise sob os cuidados do chefe da estação até que pudesse voltar e pegá-la.
Uma das estações mais antigas com apenas uma escadaria, o metrô de Becker Street consistia principalmente em metal e névoa de foligem e a cintilação das nuvens de gás nas vigas de sua abóbora ou deixava incapaz de dispersar a escuridão. Assim como as altas vigas de ferro tudo era feito de metal trabalhado - os trilhos, as escadas inclusive as paredes do cubículo do chefe da estação - pensado para, ao que parece, não haver lugar para nenhum vilão se esconder. Entretanto, pessoas repulsivas vagavam pela plataforma, e ali haviam sombras o bastante, e também - o mais pertubador - o forte barulho das rodas de madeira e metal passando pelas pedras da Dorsset Squase lá em cima, o que, combinado com ruído do casco dos cavalos, fazia da estação um tambor trovejante, dentro do qual eu me encontrava.
Como sempre, ao entrar em uma estação de metrô, passei rapidamente pela plataforma, atenta as minhas próprias preocupações, subir imediatamente em meu trem e partir resistindo a comoção e os odores acres pelo mais breve período de tempo possível.
Mas agora, mesmo sem o ruído da locomotiva, tudo ao meu redor parecia ecoar, reverberar, e com um clamor aterrorizante percebi que nenhum grito de ajuda poderia ser ouvido. Final de fato, uma mulher pode ser assassinada nas sombras deste lugar e ninguém saberia. Em especial se todos os cidadãos decentes estivessem concentrados em pegar o trem.
Ou - e isso seria mais friamente plausível - uma mulher poderia ser, de alguma forma, levada, atraída ou forçada por um brutamontes ou dois, para fora de vista, seguindo os trilhos em qualquer direção.
Uma vez que foi relatado que a Duquesa Blanchefleur Del Campo não subiu novamente as escadas, e nem entrou em nenhum trem, e sequer, graças a Deus, seu corpo foi encontrado - bem, então a única maneira de ela ter saído da estação deveria ter sido pelos trilhos.
Mesmo assim - isso pode ser feito? Se um trem estiver chegando, uma pessoa não seria esmagada contra as paredes do túnel?
Me senti claramente assustada por meus próprios pensamentos. Esta masmorra Metropolitana moderna não era apenas sufocantemente densa e sombria, mas também úmida e cheia de goteiras. O túnel era ainda mais escuro, e eu não tinha lanterna. Ainda assim, deve ser essa maneira pela qual ela sumiu... Amaldiçoando minha própria ousadia, que um dia poderá causar minha morte. Quando era criança, sempre foi do tipo que gostava de atravessar um rio, mas não andando sobre a ponte e sim me equilibrando em cima da balaustrada.
Revirando os olhos para mim mesma sabia o que tinha de fazer.
Direita ou esquerda? Escolhendo uma direção ao acaso, segui a pastas largos para o final da plataforma, que ficava a cerca de um metro e oitenta acima dos trilhos. Mas, depois de olhar ao redor para minha segurar de que não havia ninguém olhando vírgula filme lancei delicadamente para baixo e comecei minha jornada nas direção que pensava ser noroeste vírgula tá tirando a parede a mim esqueça enquanto meus olhos certos tomavam com escuridão. Ratos fugiu, guinchando; por isso eu já esperava, junto com as baratas, a imundície, o fedor e a umidade pingando das rachaduras no teto e nas paredes.
O que eu não esperava era encontrar um maltrapilho fuçando no lixo.
Qual era a escuridão que eu já estava quase sobre ele quando o notei, pois sua imundice se misturava com a sujeira ao redor. E não tive tempo de preparar um comprimento, monetário ou de outro tipo, pois ele me notou ao mesmo tempo, e se virou para mim com um urro de raiva.
- Que cê tá fazendo aqui? - Uma boa pergunta, considerando que damas limpas e engomadas geralmente não perambulam pelos trilhos. A roupa apropriada é tão importante para as classes baixas quanto para as mais altas.
- Esse lugar não é para a gente do seu tipo! Isso tá errado, entendeu?
E já retrocedendo, pude ver: ele era um tosher, o mais baixo entre os baixos nos entre "valores dos pobres." Eu já os havia visto emergindo dos esgotos, cheirando criaturas do submundo, peixe podre, lixo, sobras e lama de todos os tipos tudo isso apenas para encontrar coisas como madeira, metal moedas ou ocasionalmente, eureka! Um corpo que pudera ser despojado do seu dinheiro e roupas, pois o tipo de pessoa que gosta de cometer assassinatos também conhecia o subterrâneos de Londres.
- Você fique longe daqui! - ele berrou atrás de mim, como se também pensasse em cometer um homicídio.
Sem nenhum motivo para pensar que poderia estar escondendo a sra. Blanchefleur atrás de sua sujeira eu docemente me obriguei a desaparecer pelos brilhos abaixo, voltando para a plataforma da Baker Street. Ali, respirei fundo, considerando um assalto a direção oposta, para o sul e ao leste, só se pode tentar, os fracos de coração nunca ganham as belas damas etc.
- mas o bom-senso prevaleceu ponto final eu havia descoberto o que precisava saber, ou seja, aquelas pessoas sobreviviam nos túneis sem serem esmagadas pelos trens, como ficou evidente pela presença do tosher. Eu precisava de uma roupa surrada, uma lanterna, uma grande bengala ou vara, e uma atitude mais simplória antes de tentar novamente explorar essas passagens subterrâneas na esperança de supor para onde a duquesa poderia ter sido levada. Com o coração ainda acelerado pelo encontro com os tio trágico dos trilhos, peguei a valise que estava com o chefe da estação, e então fugir escadaria acima feliz em alcançar a luz e o ar (comparativamente falando) da Dorsett Square, no meio da qual passava a Baker Street.
Carrinhos de cerveja e de pão, aguardeiros, carroças vírgulas carruagens e seges passando constantemente, obrigada a um cortejo vagaroso., Um ônibus passou com sua eventual propaganda de "Chocolate ao leite".
Muitas e variadas pessoas também atravessavam o pavimento da praça: um peixeiro com uma cesta de julianas na cabeça., Um colador de cartazes com pincel comprido, balde de cola e um rolo de anúncio sob o braço; um vendedor de bolo de gengibre ponto, damas passeando, homens de negócio de cartola., Crianças rindo (incluindo algumas garotas já bem crescidas!) E se balançando em uma corda que amarraram no topo de um poste., E um vendedor de sorvete, que armara sua mesinha de dobrar no meio de tudo, gritando:
- Sorvetinho, só um centavinho! Ele vai te fazer dar um pulinho!
Ah! O tosher já me fez pular o suficiente por hoje. Mesmo assim eu quis, na verdade considerei que merecia, um pouco de sorvete e segui naquela direção - mas, subitamente, entrou em meu caminho uma velha cigana quase tão alta quanto eu.
Que irritante! As ciganas da cidade eram como mendigas, adulando em troca de centavos, enquanto em seus braços e ouvidos e ao redor do seu pescoço sobre suas blusas coloridas de corte baixo, usavam uma fortuna em ouro contas de ouro sólido e correntes e pulseiras todos os seus bens mundanos de uma só vez em seus corpos, brilhavam contra suas peles morenas e ásperas. E por todo o seu vestuário espalhafatoso a pequenos amuletos de latão e cobre costurados que balançam e reluzem, talismãs "mágicos", entalhados com figuras de pássaros, cobras, flechas, estrelas, raios de Sol, luas crescentes e grandes olhos fixos em você. Acho que é por causa da forte superstição que eles carregam, sobre o "olho do mal", a maldição cigana que ninguém tenta roubar o ouro deles.
A cigana que estava vestida como as outras. Mas em vez dos habituais elogios pedintes...
- Criança - ela se dirigiu a mim com a voz profunda, áspera. - Vejo o madaga viajando em seu busto e um corvo em seu ombro.
Ela me espantou tanto que parei na hora, pois havia, como sempre, uma daga embanhada em meu corpete, e não tinha como ela saber disso. Sem palavras, olhei fixamente para ela, parada ali, totalmente ereta como uma flecha e forte como uma lança, ainda que com seu rosto magro, seu cabelo cinzento longo e grosso, como a crina de um cavalo, descendo por seus ombros.
Apenas mais tarde, refletindo, tive dúvidas se havia falado da adaga como como uma qualidade intangível, como o corvo, sinistro ainda que inteligente. Sem dúvida, não havia nenhum corvo montado em meu ombro.
Como mesmo o modo tranquilo e baixo, ela disse:
- Você está em perigo, encoberta pelas sombras, minha criança.
E era verdade mas não havia jeito de ela saber disso, e nem havia razões para me chamar de criança quando estava vestida como uma mulher adulta.
Minha surpresa deu vez a irritação.
- Pelo que sei, você é o perigo. O que você quer?
- Quero ver a palma da sua mão, criança.
- E você quer que eu encha a sua de prata, ouso dizer.
- Não. Não me dê nada. É apenas que... que... alguma coisa em você... eu reconheço.
Simultaneamente, por mais esquisito que pareça, reconheci algo nela. Ou melhor, algo que ela usava. Entre os muitos amuletos circulares pendurados por toda sua roupa, um se destacou, pois não era trabalhado em cobre ou latão, mas de madeira, um pequeno círculo de madeira, e não era moldado com um desenho amarelo. Ao olhar casual de um estranho se parecia com os raios de sol, mas, para mim, era um inconfundível botão de crisântemo.
Reconheci as pinceladas do mesmo modo que alguém conhece a própria caligrafia, sem raciocinar.
Instantaneamente, confesso, esqueci todos os pensamentos sobre a infeliz duquesa, e esqueci também de meus modos. Sem uma palavra de explicação, dê um bote e agarrei seu talismã... A cigana usava na gola de sua blusa, parcialmente escondido pelo cabelo e pelas muitas correntes de ouro... E mesmo que eu tenha colocado as mãos sobre ela sem pedir licença, ela não se esforçou em me evitar apenas ficou parada como um poste.
A argola de madeira - que parecia ser uma parte encerrada de um galho ou do tronco de uma muda - havia sido costurada ao tecido por um único furo feito no topo.
Com os dedos tremendo eu ouvirei para ver a parte de trás.
E ali, sim, os velhos hábitos perseveram - ali eu vi as letras pintadas, as iniciais, como uma assinatura, E.V.H., com um tipo de letra tremida que eu reconheceria em qualquer lugar.
Eudoria Vernet Holmes.
Minha mãe.
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O caso do adeus cigano - Os mistérios de Enola Holmes
PertualanganEnola descobre que a duquesa Blanchefleur desapareceu. Durante sua initerrupta procura, se depara com uma cigana que possui um colar muito conhecido. Enquanto isso, Sherlock é chamado até a mansão para averiguar um pacote misterioso. E Mycroft zela...