À medida que nos aproximávamos daquele enorme murro de pedras tão alto que quase não se podia ver o céu, minhas esperanças de fuga iam sendo enterradas cada vez mais fundo, fiquei me perguntando o que teria do outro lado, enquanto observava ao redor tentando pegar o máximo de informações para uma possível fuga, e bem, não estava gostando nem um pouco do que via pois simplesmente parecia impossível fugir daquela fortaleza de pedras.
Chegamos em um enorme portão guardado por três homens que pareciam muito mais intimidadores do que os homens que haviam nos prendido, os homens pararam os cavalos e conversavam com os nossos raptores, Carrie estava com a testa frangida quando olhou pra mim, silenciosamente faço um sinal para ela se acalmar enquanto eu mesma tentava desacelerar as batidas estrondosas do meu coração que tamborilava em meus ouvidos, depois de uma curta conversa os homens então assentiram e voltaram para o portão para conversar com outros homens que adentraram o portão com certa pressa. Nossos raptores nos desamarraram dos cavalos mantendo assim apenas nossas mãos presas de modo que não pudéssemos pegar alguma arma ou algo do tipo, eu quase me senti ameaçadora agora, quase.
Fomos guiadas, agarradas pelos braços, para atravessar o enorme portão feito de ferro que se erguia assustadoramente junto com ervas daninhas que esgueiravam até quase o topo, eu quase tive que quebrar o pescoço para vê-lo. Enquanto passávamos pelo portão agora já aberto não pude deixar de notar que os homens que o guardavam nos olhavam com desprezo um até grunhiu, eles deveriam estar olhando assim para os homens que nos sequestraram, enquanto contemplava o olhar de repugnância dos guardas do portão não percebi que os sequestradores pararam e andar e dei de cara com uma parede de músculos e rapidamente todos olharam para mim. A parede de musculos então se virou para mim e com um sorriso nos lábios se aproximou até ficar com o rosto bem próximo do meu.
— Calma meu bem ainda não está na hora de clamar por misericórdia.
Quando ia responder e mandar ele catar coquinhos ouvi alguém limpar a garganta e todos pararam de prestar atenção em mim para olhar para o dono daquele som. Os homens então ajeitaram a postura e pararam de sorrir, os dois homens que estavam agarrando o braço de Carrie e o meu nos puxaram para um canto a modo que apenas o raptor de cabelos vermelhos pudesse ficar mas a frente para falar com o homem que até aquele momento não pude ver quem seria já que tinha enormes paredes humanas bloqueando minha visão, olhei para Carrie e ela também parecia estar bem desconfortável e curiosa com a situação.
— Olhem só quem está aqui, quanto tempo cavalheiros fico feliz em revê-los, Riven meu velho amigo o que você e seu bando fazem por aqui?
Oh então o nome dele é Riven, tudo bem informação inútil. Vejo Riven revirar os olhos e fechar ainda mais a cara nem parece aquele que alguns minutos atrás estava me provocando irritavelmente.
— Corta o papo furado Erns estamos aqui porque achamos duas desconhecidas andando pela floresta e soubemos que estão caçando qualquer estranho pelas redondeza em troca de uma recompensa.
Eu e Carrie nos olhamos e seguramos as mãos uma da outra, neste ponto minha respiração já estava entrecortada e meu coração já batia forte.
— É claro, recompensa, é disso que vivem, não é?
Pela primeira vez desde quando começou a conversar com o sujeito Riven dá um sorrisinho e faz uma cara de grande deboche erguendo uma das sobrancelhas.
— Sim, nem todos temos o privilégio de ser a foda no fim da noite de uma gostosona real.
Risadinhas foram ouvidas entre os sequestradores e o tal Erns ficou em silencio por um momento, mas depois com uma voz assustadoramente calma disse:
— Cuidado com o que fala Riven, cuidado com o que fala.
Os risinhos então sessaram e Riven voltou para a postura rígida de antes colocando as mãos para trás.
VOCÊ ESTÁ LENDO
O Círculo.
RomanceCarrie e eu passamos a vida inteira num orfanato e finalmente quando saímos dele somos lançadas num mundo saído direto de um conto de fadas. seria realmente lindo se não descobríssemos que não pertencemos ao mundo que estávamos acostumada, mas a o...