Capítulo 04

3 1 0
                                    

Abro meus olhos ainda sem entender o porquê de eu estar dormindo, foi realmente um sonho muito louco, mas... parecia tão real, enfim hora de levantar-se, Carrie e eu ainda temos muito o que arrumar aqui na casa. Sento ainda sonolenta e estico minhas pernas tentando eliminar a preguiça que ainda me consome, abro meus olhos bem devagar e torno os fechar, quem foi que deixou a janela aberta? Endireito a coluna e pouso as mãos no fino colchão que Carrie e eu compramos com as pulseirinhas de elástico que vendíamos desde a pré escola, mas porque este colchão está tão diferente, quem jogou folhas e pedras nele? Tentando abrir novamente os olhos me obrigo a acostumar com a luz. Tudo bem talvez eu não esteja preparada para o que eu estou vendo agora, esfrego os meus olhos mais uma vez acreditando que eu só possa estar sonhando mas quando os reabro tudo continua igual, abro ainda mais meus olhos quando percebo onde estou, que diabos está acontecendo aqui?

Ainda confusa começo a olhar a minha volta e não consigo deixar de ficar boquiaberta quando vejo árvores que ouso dizer nunca tinha visto antes, eram exóticas e diferentes, cada árvore parecia estar me olhando agora, com sua majestosidade e longos troncos que pareciam cobrir o céu com folhagens que mais pareciam longos e sedosos cabelos multicoloridos, o vento parecia sussurros que passavam por mim como se desse boa vinda, era um lugar incrível mas ao mesmo tempo sombrio e inquietante, me levantando lentamente começo a ouvir um barulho de água, deve ter alguma fonte por perto, pássaros passam por mim, pássaros com uma pelagem aquarela que nunca tinha visto, com longas asas e caldas que pareciam fogo crepitante que os envolvia numa dança suave junto com o vento cada pássaro tem uma cor diferente é simplesmente lindo, estremeço quando vejo pequenos animais que mais pareciam algodões doces com pernas andam pelo chão e olham pra mim com certa curiosidade.

O que está acontecendo, onde estou? Será que não foi um sonho? Mas não é possível esse lugar é simplesmente... mágico, uma onda de medo e compreensão batem em mim quando lembro do barulho, do círculo, que Carrie e eu tivemos a brilhante ideia de entrar nele, me assusto quando compreensão cerca a minha mente, eu não estava sonhando isso... isso era real. Em um pulo me lembro da Carrie, Meu Deus, me distanciei dela durante o que quer que tenha me levado para aquele lugar, onde ela está? Começo a me desesperar quando olho em volta e não a encontro começo a chama-la mas não obtenho retorno, o ar parece pesar e aquele lugar não é mais tão encantador assim, respiro fundo mas parece que o ar sumiu dos meus pulmões, não, não ,não, não, isso não pode estar acontecendo, minhas pernas ficam fracas e minha garganta seca me encosto em uma pedra e me ajoelho no chão já sentindo as lágrimas queimares meus olhos quando estou prestes a gritar e chorar, ouço um ruído baixo.

— Lauren?

Uma onda de alívio me inunda quando escuto a voz da Carrie, começo a procurar desesperadamente por ela quando vejo um emaranhado de cabelos se erguendo atrás de uma enorme árvore que parecia dançar com o vento, corro ao encontro de Carrie que levanta lentamente esfregando os olhos e a abraço, ao se deparar com o ambiente em que está ela aperta os olhos com força e quando os abre novamente me olha inclinando a cabeça um tanto confusa.

— Que diabos aconteceu, onde estamos?

Enquanto falava ela olha ao redor boquiaberta resolvo fazer o mesmo admirando aquele lugar que parece ter saído de um conto de fadas, tudo simplesmente parecia mágico. Volto minha atenção para Carrie que ainda admira os incríveis animais que se encontram ao nosso redor, quando lembro tudo o que aconteceu.

— Bom, eu não sei responder nenhuma das suas perguntas, mas talvez tenha alguma coisa a ver sobre entrar em um círculo macabro assustador e parar em um lugar que parece um conto de fadas infantil, que talvez podiamos ter evitado se tivéssemos saído quando eu falei.

Carrie para imediatamente de olhar para o ambiente e olha para mim levantando as sobrancelhas com cara de espanto e indignação.

— Não acredito que está realmente colocando a culpa em mim, nós — ela aponta com o dedo para nós duas — concordamos juntas em entrar no círculo, e mesmo se saíssemos quando você falou quem garantiria que funcionasse ou que não acabaríamos mortas, pelo menos estamos vivas e você não deveria me culpar.

O Círculo.Onde histórias criam vida. Descubra agora