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— V-você vai enfiar isso em mim? — Tamaki inquiriu, a voz se tornando aguda e falha por conta do nervosismo.
— O quê!? — você gargalhou alto, diante da pergunta inesperada. Não era como se nunca tivesse pensado, ou fantasiado sobre fazer aquilo com ele (você tinha, inclusive mais vezes do que gostaria de admitir), mas o ato parecia ser um pouco "demais" para seu namorado naquele presente momento, alguém que ainda ficava extremamente acanhado só pelo simples fato de engajar em algo sexual. Por enquanto, essa ideia deveria ser guardada para futuramente, futuro esse que você torcia para não estar tão distante. — De onde você tirou isso?
— E-eu já vi as pessoas fazendo esse tipo de coisa, então...
Espere um momento.
— Você já viu!? — seus olhos se arregalaram em uma expressão genuína de surpresa. O que ele queria dizer com "ver"?
Ele abriu a boca como se fosse dizer algo, mas diante da incapacidade de proferir uma explicação decente, voltou a fechá-la, enquanto vasculhava a mente em busca de qualquer resposta que consertasse a frase anterior, dita de maneira impensada. Obviamente, ele não pôde elaborar qualquer sentença que respondesse sua pergunta sem se expor terrivelmente no processo, então, comprimiu os próprios lábios e levantou o olhar, te encarando num pedido silencioso para que mudassem de assunto.
— Tamaki, — você prosseguiu, sem se ater muito ao olhar desesperado do garoto. — que tipo de pornografia você tem assistido?
Talvez continuar a conversa fosse ultrapassar algumas barreiras antes estabelecidas, no entanto, a possibilidade nunca antes cogitada de que Tamaki não fosse o garoto inocente e imaculado que sempre aparentou ser e de que consumisse esse tipo de conteúdo, havia se tornado algo importante o suficiente para permitir algumas quebras de acordos.
— Foram só algumas vezes! — ele se apressou a dizer, desesperado com a hipótese de que você fizesse uma ideia errada dele. — Não é como se eu visse isso sempre! Aconteceu só quando... hã..— ele mesmo se interrompeu, visto que completar a frase o traria ainda mais constrangimento. Ele fechou a boca e balançou o rosto avermelhado em negação, decidindo que seria melhor nem tentar se justificar — Você poderia, por favor, fingir que eu nunca falei nada sobre isso?
