8-Don't lie to me

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- Me enganei, desculpa. - Ele disse com um tom seco na voz, como se ele não tivesse gostado nem um pouco do fato de eu ter mentido para ele, e ele não havia. Mas ele não podia simplesmente me atacar ali.

- Parece até que vocês já se conheciam. - Me faltou ar ao ouvir uma das amiguinhas plastificadas de Nicole.

- Eu concordo com Jessy. - Nicole disse, olhando para mim e Finn desconfiada.

- Nunca vi essa garota na minha vida. - Finn mentiu. - Graças a deus. - Ele disse e Nicole riu.

- Eddie? - Virei para trás o procurando.

Eddie era um dos meus amigos daquela escola. Ele sentava bem no fundo da sala, geralmente nerd sentam na frente para acompanhar a explicação do professor melhor, mas ele era diferente. O procurei por motivos de: Na sala havia 5 cadeiras de classe e na frente dessas fileiras, óbvio, ficava a mesa do professor, no caso onde o Finn estava, eu sentava na segunda classe da terceira fileira e ficava muito a frente a mesa do professor, Finn estava ali e aquilo não estava me agradando nem um pouco, então procurei  Eddie para ver se eu podia sentar perto dele, até porque ele sentava na última classe da última fileira, longe o suficiente de Finn.

Ah, e Nicole sentava na primeira fileira, na primeira classe, ela estava usando uma saia e eu podia ver ela abrindo as pernas "sem querer" para chamar a atenção de Finn. Puta.

- Fala, Millie, estou aqui. - Ele disse levantando o braço.

- Tem lugar aí perto de você? - Perguntei. E ele olhou em sua volta.

- Tem uma classe vazia aqui. Bem ao meu ladinho, gata. - Eu ri. Levantei-me pegando minhas coisas indo sentar ao seu lado.

A sala estava uma bagunça, nem parecia que animais iriam se formar, parecia que recém eles chegaram na primeira série. Quando empurrei minha cadeira para baixo da classe, fui impedida de prosseguir.

- Eu dei permissão? - Ouvi a voz de Finn.

- Nossa, que moral hein, chegou aqui hoje e já pode dar "permissões". - Fiz aspas com os dedos e ironizei a situação.

- Bom, eu acho que posso sim, estou no lugar do seu professor e também acho melhor você ficar no seu lugar. - Ele disse com um tom desafiador.

- Garanto que o Sr. Thompson não se incomodaria se eu fosse sentar com o Eddie. - Na verdade ele se incomodaria sim.

- Eu também não me incomodo nenhum pouco. - Finn disse. - Mas... Continue no seu lugar. - Dei um sorriso irônico e continuei indo até a outra classe, Mancando.

Felizmente, os outros períodos eram sem Finn e passaram rápido. Bateu o sinal é fui guardar meus livros no armário, depois fui no banheiro para me olhar no espelho, o que não foi uma boa ideia, pois eu estava em condições precárias.

Fiquei conversando um pouco com Eddie e Sadie, papo vai, papo vem, até nos percebemos que a escola estava praticamente vazia, todos os alunos já haviam ido embora, com exceção minha, de Sadie e Eddie, claro.

- Nossa, só esta a gente aqui pelo o que eu estou vendo. - Eddie disse.

- É, então vamos antes que eles fechem a escola. - Sadie disse.

- Verdade, se não depois eles só abrem para quem estuda a noite. E eu não quero esperar aqui dentro. - Ri e me despedi deles, os dois foram para o lado da saída e eu fui para o estacionamento da escola, onde estava o carro que eu havia ganhado do meu pai no meu aniversário de 16 anos. Abri a porta do carro, em um movimento rápido alguém fechou de volta.

Segui com os olhos naquele braço fechado de tatuagens, e merda.

Finn me virou, fazendo eu ficar encostada no carro de frente para ele, revirei os olhos. Fiquei entre seus dois braços que estavam um pouco acima dos meus ombros.

- Vai dirigir com o tornozelo machucado? - Ele perguntou com seu típico ar de deboche, mas meu tornozelo não doía mais como antes, já podia firmar meu pé.

- O que você quer? - Perguntei sem nenhuma paciência.

- Da última vez que me perguntou isso, você foi parar na minha cama, lembra? - Ele disse eu mordeu os lábios. O ignorou. - Mas o assunto é outro agora e você sabe do que se trata.

- Não, eu não sei. Tchau. - Falei tentando me virar e entrar no carro, mas eu estava encurralada.

- Eu odeio que mintam para mim, Millie Bobby Brown. - Ele deu ênfase no meu nome. - E você mentiu. Ninguém me pessoa para trás, mini vadia.

- Sempre tem uma primeira vez. - Fui curta.

- No seu caso vai ser só a primeira vez mesmo, porque hoje eu não me importaria de enterrar você.. viva. - Estremeci. Finn falava de um jeito que eu não sabia se estava brincando ou falando a verdade, mas mesmo assim, acho que não é brincadeira.

Você não é louco de fazer isso.

- Tem certeza?

- Caralho, tanto faz se meu nome é Lauren ou Millie Brown, garoto. Você tem que sempre se achar o fodão e complicar as coisas, que porra.

- Eu sou o fodão, e para mim tanto faz, o problema é que você mentiu. Ah, e não esquecendo que você me desobedeceu hoje, lembra? Odeio que desrespeitem minhas ordens

- Você odeia tudo, Wolfhard, já percebeu? Você é feito de ódio. - Finn hesitou um pouco quando falei aquilo, mas logo depois voltou a sua postura normal.

- Você me leva muito na brincadeira, toma cuidado... Vadiazinha de camelô. - Ele disse, colocou seus óculos escuros inseparáveis e saiu.

Meu coração parecia que ia sair pela boca. Pude ver Wolfhard entrar em seu carro e arrancar, eu fiz o mesmo, a única diferença era que eu dirigia em uma velocidade permitida.

Cheguei em casa e eu precisava contar tudo para Sadie, quero dizer, não tudo. Só para dizer que seu gângster favorito (eca) havia arrumado um "emprego" na escola, e aquilo não me descia, tinha algo nisso.

Comi, tomei um banho demorado e depois liguei para ela.

- Nem sabe. - Falei assim que ela disse "oi, puta".

- Não sei mesmo.

- Fala direito ou fica sem saber...

- Fico sem saber.

- Ok, era sobre aquele tal de... Como é mesmo? Fin... Não pera... Finn... Finn Wolfhard.

- O QUE ACONTECEU? ME CONTA AGORA, VADIA. - Ela gritou e eu não pude deixar de cair na gargalhada.

- Você não quer saber, deixa.

- Millie Bobby Brown ME CONTA A-G-O-R-A.

- Ele está trabalhado na escola. - Falei indiferente.

- O QUE? - Contei tudo sobre o suposto emprego de Finn na escola, ela quase caiu dura e depois mudamos de assunto, ela disse que no dia seguinte iria a escola e não me deixaria sozinha e blá blá blá. Desliguei o telefone e fui comer novamente.

Meu pai ligou-me dizendo que iria voltar mais tarde aquela noite, como sempre, e Cindy está viajando, estava na casa de uns supostos parentes dela, mas para mim ela estava pulando a cerca, espero que um dia meu pai acorde e veja que ela não é o tipo de mulher para ele.

Aproveito minha solidão e vou para o pátio da casa, sentando-me nos degraus da pequena escadinha que dava em direção a porta da mesma. Fiquei ali perdida em meus pensamentos, pensando em todas as merdas que havia acontecido para um dia só. Lembrei-me de mim caindo das escadas e dei risada do meu próprio desastre, até eu pensar em Wolfhard e meu sorriso cessar.

- Milli... - Ouvi alguém me chamar pelo nome no portão, eu estava de frente para ele, mas de cabeça baixa.

- Ah... Você.. - Falei levantando minha cabeça e ficando descontente ao ver que não era algum artista famoso e gostosão.

- Posso falar com você?

- Se o portão estiver aberto sim.. - E para minha má sorte, eu havia esquecido de fechar.

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oiiii







Possessive - Fillie adaptationOnde histórias criam vida. Descubra agora