Gabriel abriu o portão que estava encostado e entrou, percebi que ele tinha um olho roxo e inchado.
- Finn te bateu de novo? - Perguntei e ri pelo nariz.
- Não, não. Foi outra briga. - Ele disse simples. - E você só viu uma briga minha e de Finn, em outras brigas que nós tivemos a maioria ele quem apanhou.
- Ah, claro que sim, imagino. - Falei sem colocar muita fé Gabriel no que havia dito.
- Você está duvidando? - Ele arqueou apenas uma sobrancelha e o vi ficar irritado.
- Eu não. - Falei fazendo um movimento com as mãos.
- Ah bom. - Ele disse e sentou-se ao meu lado.
- Por que vocês não largam esse mundinho? isso só proporciona desgraça... - Por fim,falei. Estava entalado.
- Essa é minha vida agora, Millie. É uma nova chance de eu não ser mais um idiota invisível, faz as pessoas me respeitarem.
- Idiota você continua sendo. - Falei simples.
- Não dá mais para conversar com você sem sentir vontade de te dar um tiro. - Ele disse irritado com meu comentário, apenas o olhei.
- Gabriel, você é... ERA uma das melhores pessoas que eu conheço ou conhecia, você não precisa disso, não precisa entrar em brigas ou machucar alguém para mostrar que você é melhor.
- Mas nos gângsters não somos totalmente ruins. - Ele disse.
- Me dê um exemplo. - Falei.
- Ok, então... Se não vermos, por exemplo, um homem assaltando uma pobre velinha, nós estouramos a cabeça dele. - Ele disse indiferente.
- E aí, vocês ficam com a bolsa dela, né? - Fui sarcástica.
- Claro que não, Millie - Ele disse. - Nós devolvemos a bolsa, só ficamos com o que tem dentro. - Puta que pariu, eu não tinha ouvido isso, Não sabia se Gabe estava brincando ou falando sério, a claro, a segunda opção.
- Que horror, Gabriel. - Falei apavorada e ele riu. - Você caiu no meu conceito completamente agora.
- Pois é, pequena Millie. - Odiava que me chamassem assim. - Essa é minha nova e divertida vida, drogas, festas, sexos, assaltos, enfim, ser livre. - Se isso era ser livre, eu preferia estar na prisão perpétua. Eu não estava acreditando em toda aquela mudança, eu estava falando com alguém que nunca havia conhecido, nunca.
- Vá embora por favor e só volte quando o verdadeiro Gabriel voltar. - Falei segurando o choro. Ele não falou nada, apenas levantou-se indo em direção ao portão, assim que ele saiu ele virou-se e disse:
- Eu te amo, Millie Brown. Eu sempre te amei, mas não te mereço, não mais.
Pronto, perdi toda a linha de raciocínio, fiquei sentada ali por mais um tempo sem acreditar no que tinha acabado de ouvir, não só quando Gabriel disse que me amava, mas também todas as merdas que ele falou. Eu tentava me acalmar, juro, mas estava sendo impossível.
O celular despertou e eu acordei super feliz, mentira, voltei a dormir, até o celular despertar de novo e eu acordar assustada tendo em minha mente que eu estava super atrasada. Levantei correndo, tropeçando em tudo quanto é coisa até chegar no banheiro. Onde tomei banho o mais rápido da minha vida e me vesti com a primeira roupa que vi em frente, sendo a parte de baixo era um pijama, troquei, claro. Me atrasando mais ainda, sem contar que tinha a parte de descer as escadas e eu não podia fazer isso correndo, se não....
Saí de casa e dei de cara com Sadie que estava prestes a bater na porta.
- Vamos. - Falei ofegante. - Estamos atrasadas.
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Possessive - Fillie adaptation
Fanfic"Você é minha, querendo ou não, porque eu simplesmente anseio que seja assim, você não tem escolha" - Finn Wolfhard E se ela fosse dele? Somente dele. Mas ele, ele não fosse dela? E se ela tentasse lutar contra isso, mas ao mesmo tempo, isso estives...
