CONTINUAÇÃO...
Ao sair do banho, Stéfani me encontra sentada na cama, estava com a
mirada baixa, ela veio até a mim e beijou minha cabeça, sentando-se próximo a mim.Mirella: Senti saudades.
Stéfani: Também senti, muita. - Olhei pra ela
Mirella: Então, por que não ligava quando sentia saudades? Todas as vezes que ligou, foi para saber dos nossos filhos.
Stéfani: Todos esses momentos eu estava morrendo de saudades de você, te queria perto de mim.
Mirella: Não era o que parecia.
Stéfani: Amor, precisamos ver o que está acontecendo com nossa relação.
Eu nada falo. A gente eramos muito carinhosas uma com a outra, não havia apenas carinho e sim amor, respeito, desejo. Estavamos em pânico, não tinhamos uma vida conjugal há muito tempo, e mesmo agora, depois que eu tive os bebês, não tivermos nada, talvez por medo ou insegurança. Eu agora, tinha medo de ela procurar na rua, o que não tinha em casa, ela por sua vez tinha medo de fazer sofrer ou de sentir pressionada, essa situação era muito ruim.
Stéfani: Vamos fazer assim, resolver uma coisa de cada vez, primeiro o batizado, depois que passar tudo isso, nós sentamos e conversamos, vai dar tudo certo, você vai ver.
Mirella: Quero resolver logo.
Stéfani: Sim, logo resolveremos tudo, porém, vamos primeiro batizar nossos filhos, depois conversamos.
Ela sai, deixando-me sozinha, eu sigo para o banheiro parando de frente ao espelho, me olho por alguns instantes, minutos depois desço, indo em direção a cozinha, encontrando Tereza preparando um lanche.
Tereza: Estão dormindo?
Mirella: Sim, mamaram e dormiram, ah Tereza, estou tão cansada.
Tereza: Eu sei menina, mas tudo vai se resolvendo, se Deus quiser o batizado logo acontece e você pode descansar e curtir sua esposa.
Eu nada falo, levantei e seguir para fora da casa onde as crianças brincavam..
A sexta seguiu assim, eu vi algumas pendências do batizado, queria que fosse tudo perfeito, anoiteceu, depois de jantar e ficar um pouco com os mais velhos, eu subir para o quarto dos gêmeos onde fiquei um pouco com cada um, depois de dar banho neles com a ajuda fiel de Joana e colocar cada um para mamar, coloco a Luna para dormir, Joana fez o mesmo com Pedro, me despedi das crianças com um beijo na testa de cada um, depois segui até a babá, se despedindo dela e seguindo para cozinha, passei pela sala que estava vazia e fui até a cozinha, encontrando a minha mãe e a Stéfani sentadas, além de Tereza que estava em pé próxima ao fogão preparando um chá, eu puxo uma das cadeiras e sento.
Tereza: Quer um chá?
Mirella: Quero, e algo para dor de cabeça também, a minha cabeça parece que vai explodir.
Márcia: Mas as crianças estão bem?
Mirella: Estão sim mãe, estou apenas muito cansada. – Olho para Stéfani.
Stéfani nada falou, baixou a mirada, ao ver o clima meio que pesado, minha mãe tratou de tentar mudar o foco da conversa.
Márcia: E como foi a viagem minha nora?
Stéfani: Um pouco cansativo, mas deu para fazer tudo o que tinha que ser feito.
Tereza entrega o chá a cada um e senta-se também tomando seu chá.
Stéfani: Os quatro já dormiram?
Mirella: Só os gêmeos, Maju está vendo TV no quarto e Miguel no vídeo game.
Stéfani: Estava com saudade, em poucos dias que fiquei fora, os gêmeos já deram uma mudança.
Tereza: Criança é assim, principalmente bebês.
Stéfani: E tudo em ordem para o batizado deles no domingo não é?
Mirella: Sim, tudo em ordem, Tereza me dá o remédio, quero deitar.
Tereza vai até a caixinha de medicamentos pegando duas aspirinas e entregando a mim, que tomo e depois termino o meu chá, me despedi de todos e subir, deixando-os ainda tomando o chá.
Enquanto isso...
Márcia: O que esta acontecendo, posso saber?
Stéfani: Por que diz isso?
Márcia: Não sou cega, não é de hoje que vejo que estão distantes, onde está aquele fogo, aquele amor?
Stéfani: Continua do mesmo jeito.
Márcia: Tem certeza?
Stéfani: Não. – Baixa a cabeça e Joana entra no local.
Tereza: Amiga, se serve de chá, ou quer que te sirva?
Joana: Não se preocupe, fique aí, eu me sirvo.
Minutos depois ela já estava também sentada a mesa, os quatro conversavam.
Márcia: Encontrou minha filha quando vinha descendo?
Joana: Sim, ela passou no quarto dos gêmeos, deu um beijo neles e saiu, disse que ia tomar um banho e deitar, estava com dor de cabeça.
Márcia: Não é de hoje que ela tem essas dores, mas fazia muito tempo que ela não havia sentido.
Tereza: Verdade.
Stéfani: Bom, vou deitar, estou cansada, até amanhã.
Se despede das três e sobe, segue para o quarto dos gêmeos, que deu um beijo em cada um, ficou os observando-os ali por um momento e depois saiu, passou no quarto dos filhos maiores que permaneciam fazendo o que a mãe havia falado a um tempo atrás, se despediu deles e seguiu para o quarto, encontrou a mulher já deitada, o quarto escuro, o ar na temperatura certa, ela passou para o banheiro, voltando minutos depois já de pijama, deitou ao lado dela, por instinto a abraçou por trás e sussurrou um “estava com saudade”, não demorou muito ouviu um baixinho “eu também”, ambas não falaram mais nada, assim adormeceram.
MIRELLA
A madrugada foi complicada, eu acordei para dar mamar as crianças, por incrível que pareça os dois choravam, sentiam fome, enquanto eu amamentava o Pedro, Joana balançava a Luna no quarto que não parava de chorar, Joana uma vez ou outra enganava a menina com a chupeta, porém, não funcionava muito fazendo a menina chorar mais alto.
Enquanto eu amamentava o meu menino, falava com a Joana.
Mirella: Ele quer dormir, mas A Luna não deixa, Joana.
Joana: Vou levá-la para meu quarto, quando ele dormir você vai lá, amamenta ela e trazemos ela de volta.
Eu nada falo, a babá sai com a menina, eu amamenta a criança que acaba dormindo em meu seio, minha cabeça doía muito ainda, mas não importava, o importante era os meus filhos, com cuidado coloquei ele no berço e seguir para o quarto ao lado, entrando encontrando a menina no colo de Joana chorando, eu a pego no colo e sento na cama da babá colocando logo o seio na boca da menina que começou a sugar com força.
Mirella: Calma, não vou sair daqui. – Falei Rindo
Depois de 20 minutos eu coloco a Luna no berço me despedi da babá e voltei para o quarto, encontrando a minha esposa dormindo ainda, vou ao banheiro, voltando minutos depois, deitando-se, tentei dormir, mas não conseguir, minha cabeça parecia que ia explodir.
06:00hrs da manhã do sábado
Eu ainda continuava acordada, Stéfani levanta-se para usar o banheiro e me encontra sentada na cama.
Stéfani: O que foi?
Mirella: Minha cabeça, parece que vai explodir.
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Meu Destino É Você - Sterella
RomanceUm passado mal resolvido, um presente incerto, um futuro com muitas interrogações. Mirella uma mulher bem resolvida na vida, uma carreira de cantora sólida, com seus 25 anos, teve dois filhos maravilhosos com seu antigo amor e com quem também teve d...