Capítulo 5

6 0 0
                                    

Olho para ele que parece amuado no chão, amarrado, será que ele achou que eu estava falando sério sobre deixar ele morrer de fome.

- Eu estava brincando, eu não deixaria você morrer de fome, mesmo sendo um humano menos útil quando se trata de manter a espécie viva. Não me leve a mal eu não tenho nada contra seres humanos do sexo masculino, só os livros de história.

- Como você espera que coma se estou amarrado? - ele olhava para os peixes assando no fogo improvisado como se estivesse morrendo de fome. - Eu não sou um cachorro.

- Claro que não é, os cachorros foram extintos há 30 anos. Não precisa ficar preocupado, eu enfio na sua garganta e vc engole com espinha e tudo.

- Há Há Há! Engraçadinha.

- E vou te soltar e você come, mas lembre-se que eu tenho uma arma. - apontei com o dedo indicado para a arma na altura da minha calça.

Soltei as amarras das mãos dele e comemos em silêncio, por mais improvável que seja ele não tentou fugir o que foi curioso, agora só tenho que tocar no assunto da base para que ele me diga com seus pensamentos que tipo de base é.

- Agora me diga sobre a sua Base.

Meia horas depois andando em direção ao lado Oeste da ilha, sabendo exatamente que não devo nem chegar perto da Base do tal de Oliver, que me contou sem querer via pensamentos, que a base tem pelo menos 10 soldados equipados e treinados, seja qual for as pesquisas que acontecem lá, alguém não quer que descubram.
Tem uma espécie de símbolo a oeste e depois desse símbolo só mais 40 metros e encontrarei o que quer que eu vá encontrar.

Infelizmente não tenho tido tempo para contemplar a natureza em meu caminho, medo percorre em minha espinha, esses soldados não podem saber que estou aqui, provavelmente devem está usando o campo eletromagnético do Triângulo como fonte de energia. Faz uns segundos apenas que encontrei o símbolo pintado em um pedra, uma estrela, só mais alguns metros a frente e vai estar ...lá.

- Ah droga!

Me sinto uma boba por não ter pensado que estava embaixo da água, aonde mais estaria não é mesmo, adoro como o Universo é sempre irônico.

- Ok! Não cheguei até aqui para falhar.

- Falando sozinha! - olho para trás e percebo que lá estava Oliver plenamente solto, com um sorriso desdenhoso em seu rosto irritantemente simétrico. - Esqueceu uma coisinha. - ele mostrou a faca.

- O que você quer? Eu estou muito ocupada. - respondi enquanto procurava algo de útil dentro da mochila dele.

- Você não vai querer entrar na água. - ele disse de forma sincera.

- Por que? - respondi me concentrando em ler seus pensamentos, que embora eu tenha conseguido não era tão fácil quando parecia.

- Fazemos experimentos com pessoas nesse ilha, pessoas que não tem como pagar suas moradias nas Metrópolis. - ele falou devagar. - Há 2 meses atrás um de nosso experimentos fugiu, por isso eu estou aqui fora, estou tentando pega-lo.

Ele falou e percebi que era verdade, pude ler alguns de seus pensamentos e vi que ele só me revelou aquilo porque não acredita que eu possa fugir da ilha. Tantas pessoas inocentes mortas, aquilo deixou o clima tropical da ilha um tanto sombrio ao se dizer em voz alta. Mas eu sabia que era reflexo do que eu estava sentindo, uma revolta dentro se mim, que eu sei que a natureza é indiferente, mas nós não deveríamos ser, não faz sentido raciocinar se for pra ser indiferente.

- O que é essa coisa? No que o transformaram?

- Fizemos testes com uma substância encontrada aqui, ela contêm altas taxas de energia, descobrimos que ela pode alterar o DNA, e estamos tentando controla-la para ...

- Moldar o DNA humano da forma que quiserem.

- Isso! - Ele admitiu.

- Vocês são uns monstros.

Mas sem pensar  tirei as roupas e entrei na água com uma lanterna e a faca.

Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Aug 23, 2022 ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

A Ordem do CaosOnde histórias criam vida. Descubra agora