Capítulo 2 - As vezes nem o tempo cura.

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Hoje o nascer do sol está mais lindo do que de costume, o melhor sem dúvida é correr pelada pela mata. Não há homens para perturbar, as vezes sarcasticamente me pergunto se isso realmente é uma catástrofe, piadinha de fim de mundo (risos), as coisas melhoraram muito para as pessoas do sexo feminino se comparado ao passado, claro devemos isso as feministas que nunca pararam de lutar pelos nossos direitos de sermos humanas, gosto sempre de assistir a transmissão do dia em que o machismo se tornou crime, mesmo sendo gravações de três séculos atrás aquele momento foi histórico, gosto de dizer que aquele dia se obteve o direito de ter respeito, mas ainda sim as pessoas ainda acreditam em tantas bobagens como gênero feminino e gênero masculino, culturalmente é difícil para as pessoas desapegar a essa contrução, a maioria ainda acredita na dualidade, distinção por sexo, sem perceber que isso diminui o ser humano como pessoas que são.
Entre outras coisas e questões sociopolíticas as metrópoles existentes estão cheias de ricos que só pensam em aproveitar suas riquezas e estão cagando para as pessoas pobres que foram condenadas a morte, a maioria das pessoas vivas agora são ricas, era óbvio que se uma catástrofe como essa acontecesse quem pagaria o preço seriam os pobres, sem terem como pagar sua entrada nas metrópoles, o que restou para eles foi a morte do contato com a atmosfera agora tóxica. Cientistas como eu só sobreviveram porque somos os únicos que podem criar as tecnologias necessária para a sobrevivência humana, essa é uma cruel realidade, ver que o capitalismo que foi o maior culpado pela catástrofe na terra com o passar do tempo ainda permanece no controle.
Em meus 37 anos de idade eu sempre tive esperança, até o dia em que tentei me matar. Tinha essa pessoa que eu amava.

- Bom, mas não devo pensar nisso! - digo em voz alta percebendo que já não pronunciava uma palavra a semanas. Passando muito tempo dentro da mente.

O melhor a fazer é tentar desvendar os segredos desse livro. Essa imagem, tem sempre uma imagem parecida atrás de uma folha, como se se  completassem. Mas... Encontrei algo na capa, uma perquena abertura e tem uma folha dentro, e agora que abrir posso ver, é como um mapa e tem um local marcado, um mapa de um arquipélago de ilhas, que supostamente ficam no centro do Triângulo da Morte, ou como eu prefiro chamar Triângulo Fenomenal, entendo porque as pessoas o chamam assim já que centenas e centenas de pessoas vem morrendo naquelas redondezas, ou seja é extremamente perigoso passear por lá.

Bom, três dias se passaram desde que eu encontrei o bendito mapa no bendito livro que eu gosto de chamar de grimório, porque afinal parece um grimório mesmo, com capítulos específicos que parecem receitas de magia oculta, por sorte estou entendo sucesso em trafuzi-lo, principalmente porque a escrita parece usar lógica matemática 1+1 é 2 e assim por diante. Mas não parece ter sido escrito por humanos, pois encontrei desenhos no livro como se fossem seres sem feições humanas,

Me sinto cansada, estive traduzindo o livro por longas horas e decidi dar uma pausa para esvazia a mente, também meu estoque de comida está acabando então desço as escadas que fiz com ferros velhos de automóveis abandonados, após descer 10 metros da minha casa na árvore que embora o nome dê um tom que a faça parecer rústica era bem tecnológica por dentro. Ainda pensando no mapa e no livro sigo em direção ao riacho aonde eu poderia pescar minha comida eram 11h da manhã e eu estava acordada desde as 04h, o dia estava agradável como de costume quando se há paz, chegando no riacho corro em direção a água já tirando minha calça verde musgo e minha camisa branca de mangas compridas, também tiro as peças íntimas e me lanço em direção as águas cristalinas, a água que estava agitada ao chegar agora parecia pairar como se a natureza me observasse, com o passar dos minutos que pareciam anos, pude ver claramente que o silêncio se devia ao fato de que um predador observava sua presa, alguns dos poucos animais que restará lutavam por sobrevivência. Ao terminar a pescaria sigo para casa com a fome de um leão o cansaço de uma formiga e a paz de um pássaro voando para o ninho.
Ao chegar em casa saboreio o deleite de cozinhar algo para comer, a verdade é que só o peixe e o limão já é de dar água na boca, após comer o quarto peixe percebo que já são 17h da tarde e apenas traduzi o primeiro capítulo do grimório, algo sobre as:

Os elementos do Cosmos

Matéria escura

Energia escura

Matéria ordinária

Logo percebi que o primeiro capítulo se tratava de uma breve e resumida explicação sobre os brutos componentes cósmicos, do quê para o quê, aquilo que se faz o restante.
Após entender o princípio básico da língua a qual estava traduzindo pude ler as pequenas palavras que estavam no mapa "Porta 053" , então aonde quer que o mapa levasse eu deveria procurar nessa porta "053" o que havia lá? Um sanatório? Era difícil imaginar, as possibilidades eram infinitas, e a real pergunta a qual eu me fazia...

- Eu deveria mesmo seguir um mapa que estava em um livro que nem parecia humano? O que eu poderia encontrar nessa porta?  - Digo tentando me convencer a ficar. Tarde demais.

A Ordem do CaosOnde histórias criam vida. Descubra agora