Uma Prostituta, Vários Desejos | Meddison

O final é sempre trágico.

Surtem, mas não me matem. KKKKKKKKK
Perdão, amo vcs!

- Addison precisa de um tempo.

- Ela não pode simplesmente me expulsar da sua vida, eu sou a noiva dela - retrucou.

- A morte do Derek está sendo difícil - argumentou Teddy - Ela nunca lidou bem com as percas e você sabe muito bem disso.

- Já fazem três meses e eu não sei quanto tempo eu aguento essa situação, me dói.

- Eu sei, eu sei e te entendo perfeitamente mas se a ama por favor, eu te imploro que não desista dela.

- Não sei - passou as mãos em seus cabelos - Talvez não seja só o Derek que ela vai perder - murmurou tristemente.

Aguentara demais, pensara a jovem frustrada enquanto corrigia as provas. A melhor amiga de sua noiva acabara de partir a implorando para ficar. E quando não ficara? Questionou. Perdida, desde a morte de Derek a escritora nunca fora a mesma. E lá em um canto daquela casa enorme Addison estava fechada a sete chaves em um mundo completamente seu. E nele a solidão aparentava ser uma boa companhia e a dor reconfortante. Ela chorava todos os dias e tinha perda de apetite constante. Meredith a observava a todo instante e sentirá ser incapaz de fazer alguma coisa, afinal, tivera o seu abraço negado várias vezes.

- Ei, já vai? - questionou Callie.

- Sim, terminei a correção das provas e quero ir para casa logo, acho que vai chover - fez uma careta.

- Como ela está?

- Aparentemente bem sem mim - soou frustrante e Callie a encara - É a verdade, toda vez que eu chego em casa ela me olha como se a culpa fosse minha.

- Não é culpa sua - respondeu rapidamente - É o luto Meredith, cruel demais para aqueles que sentem.

- Bom, eu preciso ir - deu um sorriso fraco e a abraçou brevemente - Te vejo amanhã.

A jovem caminhará em passos lentos e no fundo não queria ir para casa. Pensará muitas vezes que aquela não era a sua casa de verdade, havia dias que sentirá uma completa estranha. No carro, o nó na garganta se formará junto com a terrível vontade de chorar. O seu coração se quebrava em mil pedaços todas as vezes que vira o seu amor sofrer por alguém que lhe machucará tanto. Para ela, o amor não deveria doer. Cogitará muitas vezes que Addison nunca amará de verdade e que Derek sempre fora o seu amor. E doeu, pensar na hipótese de que o que viverá não passará de uma mentira. Confusa, triste e machucada, Meredith sentia tudo menos a vontade de ir para o lar. O trânsito calmo facilitou a sua chegada, e ainda no carro respirou fundo umas três vezes.

Ela sabia que quando entrasse pela aquela porta seria machucada outra vez. Lentamente pegou as suas coisas e enquanto caminhava até a porta procurou na bolsa a chave mas não encontrou, não dera tanta importância afinal a escritora estava. E quando chegou baterá três vezes chamando o nome da escritora que nada respondera. Então continuou a insistir a chamando e mais uma vez nada fora respondido. Cogitou a possibilidade de que a noiva pudesse ter saído e quando pegou o celular para ligar escutou um pouco distante uma voz rouca e fraca:

- Você tem que ir embora.

- O que? Addison o que... Por quê? - aproximou-se da porta.

- Você tem que ir embora - repetiu soando um pouco mais alto. Addison chorava - Merda, vai embora, Meredith.

- Addison, não. Eu não vou ir embora - respondeu no mesmo tom, sentindo uma queimação no rosto vindo com as lágrimas - Por favor, não faz isso comigo.

- Você matou o meu marido - gritou, suas mãos fracas batia constantemente na porta - Você o matou - gritou novamente.

Naquele momento nada fora respondido por Meredith, as palavras da escritora a feriram como uma bala a queima roupa, sem chances de defesa. As lágrimas tomaram conta do seu rosto enquanto tentava assimilar as coisas. Doloroso demais para qualquer um.