Oportunidade e decisão

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A profissão que Meredith escolheu foi ensinar, adorava a sensação que ensino lhe causava. E faltava poucos meses para esse sonho ser realizado, ela apenas precisava aguentar. E depois de três semanas com os pensamentos conturbados a jovem sonhadora voltou para a faculdade, e estava mais confiante do que nunca e mais persistente que no começo.

Óbvio, o coração ainda estava machucado mais nada que uma boa dose de esquecimento momentâneo não resolvesse. O professor falava e sua atenção estava toda voltada a ele, recuperará as lições perdidas e todos os trabalhos. A vida acadêmica estava organizada outra vez, mas os sentimentos, bom eles, estava uma desordem completa.

- Não é fácil cativar as crianças/ adolescentes nos dias de hoje com os ensinamentos básicos, afinal, a tecnologia vem há anos ganhando de nós professores. Mas podemos tentar, principalmente inovar as formas de ensino. Porque somos os responsáveis pela formação de homens e mulheres de um futuro próximo.

E era isso que a jovem queria, tinha tantas idéias para ensinar pessoas de uma maneira que cative e principalmente ensine. A tecnologia é sem dúvidas uma das, coisas mais importantes, que nós seres humanos descobrimos ao longo do tempo. Mas a internet está sendo usada, na maioria das vezes, de maneira que afaste ainda mais o contato fisico entre as pessoas. Tudo está acontecendo tão depressa, áudios acelerados, mensagens abreviadas, relações superficiais e fotos ao invés de sentir o momento. Estamos em constante aceleração e eu me pergunto, a pressa exagerada vai nos levar para algum lugar a não ser a morte? Questionável, pensará Meredith.

- Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina - continuou a dizer o professor, então o sinal tocou. Era a hora de ir embora - Até amanhã pessoal, estudem para as provas da semana que vem.

Escutará tudo com total atenção, Meredith já tinha feito o plano de estudo perfeito para tira a nota máxima nas provas. Precisava recuperar o tempo perdido e por isso se doaria 100%. Despediu-se de alguns amigos e seguiu para saída da faculdade, evitava ao máximo passar em frente a editora da inesquecível mulher e correr o risco de vê-la outra vez, seu coração não estava preparado para tal ação, talvez, nunca esteja.

Amar Addison, para a jovem, foi como uma chuva de verão. Curto, bonito e triste ao mesmo tempo.

- Ei, quem é melhor coisa que aconteceu na sua vida? - uma voz conhecida pela jovem soou, as mãos geladas estavam sobre seus olhos a impedindo de ver - Se errar vai comer comida enlatada por uma semana - Meredith riu.

- Uh, deixa eu pensar - entrou na brincadeira - Acho que é a cadelinha da Teddy... Ops quero dizer Cristina Yang.

- Cadelinha? - questionou assim que tirou suas mãos do rosto pálido - Vai se fuder - xingou.

- O que faz aqui? Não era para estar trabalhando? - ignorou o xingamento, a amiga começou andar ao seu lado.

- Dispensaram todos os funcionários mais cedo hoje - deu de ombros - Vamos tomar um sorvete, a Teddy está nos esperando na sorveteria ali da esquina - Meredith m parou de andar, e lançou um olhar suplicante para a amiga - Não, não. Addison não está com ela.

- Ainda bem.

- Não iria fazer isso com você, sabe disso - voltaram a andar - Mas ela vive perguntando de você para Teddy, ela se importa.

- Ir embora não é necessariamente se importar, Cris. - suspirou pesadamente, ajeitando a bolsa em suas costas e continuou a dizer - Tanto faz, tudo que eu mais quero é esquece-la de vez - parou de andar.

- Vai conseguir? - questionou antes de entrar na sorveteria, e amiga assentiu confiante - Tudo bem, independente de qualquer coisa. Estou aqui.

Na sorveteria, Teddy já estava bebendo o seu milk shake favorito de morango. E distraidamente mexia em seu celular, espantou-se com um beijo inesperado de sua ficante fixa e então retribuiu com um sorriso largo. Cumprimentou a jovem com um beijo no rosto e um abraço apertado. O tempo curto que elas se conheciam não fazia diferença nenhuma para a melhor amiga da escritora, Teddy tinha um carinho enorme por Meredith. As mulheres pediram seus respectivos sorvetes e então sentaram para iniciar um assunto aleatorio. A jovem adorava observar o quão feliz sua amiga estava, naquele relacionamento ainda não nomeado, mas o importante que estava feliz. Enquanto deliciava com o seu sorvete o celular de Meredith começou a tocar repetidamente, e ela atendeu no terceiro toque.

Uma Prostituta, Vários Desejos | Meddison Onde histórias criam vida. Descubra agora