𝐖𝐞𝐢𝐫𝐝 𝐠𝐢𝐫𝐥 → ᴊᴀsᴘᴇʀ ʜᴀʟᴇ / ᴡʜɪᴛʟᴏᴄᴋ'

Capítulo 16.

Marrye on;

— Querida? — Jasper me balançou de novo tentando me acordar, finalmente conseguindo, deve ter tentado por um bom tempo já que estava cansada e com o sono pesado como uma rocha, melhor, uma montanha. — Bom dia.

— Bom dia amor. — Sorri esticando meus braços como um gato preguiçoso, então fiz um biquinho esperando receber meu beijinho da manhã. Assim que ele sela meus lábios ganho um pouco mais de ânimo, então me sentei e o olhei curiosa. — Me acordou cedo hoje.

— Seu celular está tocando, parece ser urgente. — Me entregou o objeto e eu engoli seco vendo um número desconhecido, isso me trás lembranças ruins. — Está tocando desde cedo, tipo, cedo mesmo.

— Vou atender, vai que é algo realmente importante né. — Deslizei o dedo pelo telefone verde no visor do celular e coloquei o objeto próximo do meu ouvido.

— Vou fazer o café. — O loiro beijou minha testa e em segundos desapareceu do quarto, me fazendo sorrir que nem besta.

Minha felicidade foi pelo ralo quando escutei a voz de Sam do outro lado da linha, parecia bastante estressado. Era sobre Bella, a garota tinha batido no rosto de Paul e perguntando o motivo do Jake ter mudado tanto. Acabou vendo os dois se transformando, brigaram na forma de lobos e levaram a garota para casa da Emily. Depois tiveram que revelar o segredo da matilha, desmentindo a parte dos lobos gigantes. O pior nem era isso e sim a parte sobre mim, meio que ela me chamou de mentirosa por ter falado que isso tudo era besteira. Sam disse que quando ela falou mal de mim, tanto Embry quanto Emily tentaram voar no pescoço dela. Embry acabou se transformando e Quil levou ele para floresta, já Sam agarrou Emily antes que ela desse uma surra na humana.

— Se puder vir conter as feras eu agradeceria muito, nunca vi a Emily assim. — O quileute falou do outro lado da linha parecendo preocupado.

— Vou sim, estou com saudades dela. — Me levantei sentindo um choque térmico ao encostar os pés no assoalho, que estava gelado para caralho. — Por sinal, a doida ainda está ai?

— Infelizmente. — Ele bufou e eu ri.

— Daqui à pouco chego, tentem segurar a Bella ai por um tempo. Tenho que fazer um teste, sabe como é né? Um feitiço básico.

— Vai transformar ela em um sapo?

— Queria, mas só vou tirar uma dúvida.

— É uma pena... Bom, estamos te esperando. — Se despediu e eu concordei desligando.

Joguei o celular na mesinha e então fui até o banheiro para tomar um banho rápido. Em seguida me vesti com um conjunto de lingerie, short jeans escuro e uma blusa de manga comprida do hora de aventura. Sai do banheiro ainda secando meu cabelo quando me deparei com duas pessoas junto de Jasper no quarto, eram Dulce e Roseta.

— Adivinha quem voltou mais cedo? — Dulce correu para me abraçar e eu a agarrei com força. — Como está sua nojentinha?

— Ótima cara de biscoito. — Gargalhamos num abraço desajeitado.

— Obrigada por ficar de olho nela. — Rose agradeceu Jasper com um abraço, que foi muito bem retribuído.

— Não precisa agradecer, foi um prazer. — Admitiu sorrindo para mim.

Abracei tia Roseta e depois fomos tomar o café da manhã, o assunto principal foi as coisas que elas descobriram em Salém. Elas disseram que tem uma forma de retirar as marcas de caçador, mas é depois que a última foi quebrada. Então, tem noventa e nove por cento de chances de dar errado. Perguntaram se eu queria tentar e eu disse que tentaria futuramente, por enquanto tenho coisas para resolver.

Tenho que dar um jeito de mudar a cabeça da Isabella.

Tenho que achar uma forma de salvar a Victoria e mudar seus planos.

Tenho que insistir no negócio de desfazer o imprinting de Embry por mim, para que ele realmente ache sua cara metade.

Tenho tantas coisas para fazer, que temo que não vou ter paz por um bom tempo nessa cidade. Fora que a situação em Denver está cada vez mais perigosa, meu tio, Jensen e Alice estão usando tudo quanto é tipo de recursos para encerrar o caso de lá. Quero ir ajudar, mas estou numa teia de aranha chamada Forks aonde tenho que dar um jeito de fugir. Fugir sem que ninguém morra, incluindo eu mesma.

— Obrigada pela carona! — Agradeci minha tias que deram gritinhos de incentivo em resposta, em segundos o carro acelerou e elas sumiram dali.

As duas me deram uma carona até a reserva, já que Jasper não podia ultrapassar a linha acabou ficando em casa mesmo. Hoje ele disse que vai visitar uns amigos vampiros em outra cidade, voltaria antes do por do sol. Mandei ele me ligar dando notícias de que chegou bem e me manter informada, o loiro disse para que eu fizesse o mesmo.

— Tá legal, se não tiver ninguém no mínimo sangrando nessa casa eu mato um por ter que acordar cedo num domingo! — Entrei pela porta sem mais nem menos atraindo a atenção de todo mundo, fazendo Jared se engasgar com um bolinho de susto.

— Chegou a salvadora da pátria. — Embry comemorou fazendo os outros meninos derem gritos e barulhos animados.

— Estão todos bem? — Passei por cada um checando eles, parece que ninguém mais brigou. — Soube que me defendeu como um lobisomem em fúria. — Abracei Emily com carinho e ela fez o mesmo.

— Não é para tanto, fiz o que tinha de fazer. — Bagunçou meu cabelo e eu alegremente deixei minha bolsa em cima do balcão, então olhei ao redor.

— Cadê ela? — Peguei um muffin de blueberry e então mordi sentindo todo meu corpo agradecer, verdade seja dita, nenhuma comida supera a dessa mulher.

— Conversando com o poodle de estimação na praia, acredita que ela me deu um tapa? — Paul desabafou claramente em um misto de indignação, raiva e choque.

— Podem deixar a mesa limpa quando eu trazer ela? Vou fazer um teste e preciso de ajuda. — Andei até a saída e eles concordaram começando à se mover, me senti uma mãe agora.