Capítulo 15.

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Marrye on;

— Tem morfina? Algo para acalmar ela? — A morena perguntou em desespero, mas minha prima negou ainda mais desesperada

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— Tem morfina? Algo para acalmar ela? — A morena perguntou em desespero, mas minha prima negou ainda mais desesperada.

— Vou procurar ajuda. — Seth falou num murmúrio quase inaudível.

— Morde esse pano Mayer. — Minha prima me deu um pano limpo que eu cheguei à abocanhar sem pensar duas vezes.

Mordi o pano com força gritando contra ele para abafar o som da minha dor, meus olhos estavam se fechando inconscientemente e eu posso jurar que estou chorando de desespero e dor. Stella tentava me acalmar enquanto Leah segurava minha mão me dando apoio, para que caralhos isso foi acontecer agora?! Eu entrei em trabalho de parto agora, sim, aleatóriamente uma semana depois que entrei no nono mês. Quase todos estão fora de casa hoje, só eu, Stella, Leah e Seth estamos aqui e não tem ninguém experiente com cesarianas na porra dessa casa. Vai ser natural, vai doer para caralho e não dá para chamar meus primos ou Carlisle agora. Vamos ter que fazer sozinhos, ou esperar o máximo possível até que algum deles cheguem.

— Isso, querida. Vamos lá, continue assim. Respirar com calma, um, dois, um dois. — A bruxa tentava me acalmar enquanto checava a situação no meio das minhas pernas. — Não da para atrasar mais, vai ter que empurrar certo? Seja forte, comece quando achar melhor.

— Seth, desliga esse celular e vem segurar a outra mão dela. — Leah gritou para o irmão que fez o que ela mandou na hora, ele estava tentando ligar para algum dos Cullen ou dos meus primos, ninguém estava atendendo.

— Só não quebre minha mão, por favor. — Ele suplicou se sentando do meu lado esquerdo e segurando minha mão, que eu apertei na hora de dor por uma contração. — Jesus, misericórdia!

— Pode ir Marrye! — Stella me olhou preocupada e eu assenti.

Foi ai que meu sofrimento começou, lágrimas brotaram do canto dos meus olhos e minha testa estava suada, meus batimentos cardíacos estavam tão rápidos quanto um tambor de escola de samba. Cerrei a mandíbula e forcei minha cabeça contra o travesseiro atrás de mim, tentava apartar a dor mas nada resolvia minha situação, parecia que todos os centímetros do meu corpo estavam sendo torturados. A dor era insuportável, na verdade, deve ser a vez que mais senti dor em toda a minha vida. Nem a mordida com a toxina de um vampiro, ou ter cinco costelas quebradas na luta contra um Banshee doeu tanto assim. Minha audição estava falhada, eles conversavam comigo tentando me dar apóio mas eu mal escutava. Não sei se era por estar com muita dor, ou pela adrenalina, só sei que o mundo parecia embaçado e confuso ao meu redor. Foi depois de muito, mas muito tempo que eu escutei o choro de um bebê.

— E então? — Seth falou primeiro com os ânimos lá em cima.

— É uma menina, parabéns Marrye! — Stella falou meio abafada e eu sorri vendo o pequeno bebê chorando em seus braços, ela estava suja de sangue dourado e parecia tão fofinha. — Vou limpar ela e já volto, a pior parte já passou.

— Qual é o nome? — O garoto se levantou num pulo para ajudar minha prima, parecia estar feliz.

— Logan. — Sussurrei tentando não chorar. — Logan Ackles Whitlock.

— É bonito. — A morena ao meu lado disse tirando o cabelo da minha testa e passando ele para trás, para poder me ver melhor. — Combina com vocês. — Leah sorriu e eu sorri de volta.

No caso, tentei sorrir já que outra dor atingiu meu ventre me fazendo soltar um berro de dor. Tinha algo errado, estava com mais contrações e essas pareciam bem piores. Stella percebeu algo estranho na hora, entregou o bebê todo limpo e embrulhado para Seth e mandou ele se sentar numa poltrona no canto do quarto. Assim que eu soltei outro grunhido de dor ela voltou para sua posição de parteira, seus olhos se arregalaram na hora e ela me olhou assustada. Minha respiração estava forte, rápida, minha adrenalina estava fazendo meu corpo ficar a mil por hora.

— Sangue. — Stella sussurrou com o rosto pálido como o de um vampiro.

— É outro bebê? São gêmeos? Ai caralho, sério isso? Sangue é normal né? Pelo amor de Deus, diz que isso é normal! — Leah agarrou novamente minha mão e eu agradeço mentalmente por isso, assim eu poderia descontar um pouco da minha dor em algo. Ainda bem que ela é uma loba, se não teria quebrado sua mão no primeiro aperto. — Stella? Diz logo alguma coisa, porra! — Quase gritou fazendo minha prima sair de uma espécie de transe, todos estavam em pânico.

— É sangue vermelho, o da Marrye é dourado. Isso não está certo, tem muito sangue mortal aqui, muito sangue vermelho. — Mordeu o lábio inferior sem saber o que fazer, eu muito menos sabia. — Acho, acho que é um aborto espontâneo.

— A-aborto?! — Tentei falar e quase surtei com outra contração, essa foi a pior de todas e parecia que eu estava levando um tiro certeiro de tão forte. — Porra!

— Vou continuar tentando ligar para alguém, espero que venham ajudar. — Com a mão livre, Seth pegou o telefone do bolso e começou de novo com sua insistência por socorro. Ele até podia ligar para a emergência do hospital de Fork's, mas seria impossível explicar meu sangue dourado ou meus olhos estarem rosas e brilhando.

— Tá legal, vai ficar tudo bem. — A bruxa fechou os olhos e quando abriu eles estavam roxos, suas mãos estavam com um poder brilhante da mesma cor aparecendo. Ela teria que usar magia agora, mas ao contrário do que muitos pensam, magia em uma situação dessas é bem dolorosa. — Eu vou dar um jeito nisso, só que vai doer muito.

— Vai logo! — Implorei e ela concordou sem exitar.

Apenas fechei os olhos sentido minha cabeça zonza, não conseguia mais manter eles abertos. Estavam tão pesados, que eu estava totalmente depende dos meus outros sentidos. As vozes começaram a ficar embaralhadas de novo e tudo que eu fiz foi apagar, depois disso eu não faço ideia do que aconteceu.

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𝐖𝐞𝐢𝐫𝐝 𝐠𝐢𝐫𝐥 → ᴊᴀsᴘᴇʀ ʜᴀʟᴇ / ᴡʜɪᴛʟᴏᴄᴋ' Onde histórias criam vida. Descubra agora