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ㅡ Seu telefone está tocando.

Escuto sua voz me dizer baixa e um pouco rouca, com respiração ofegante em meu ouvido. O ar se fazendo necessário para nós dois. Jungkook estava no meio de minhas coxas e minhas pernas circundam sua cintura fina enquanto eu prendia seu corpo contra o meu.

Seu cheiro poderia me viciar ou já estava sendo meu vício nos últimos meses.

Sentir sua pele contra minha, era surreal...

Jungkook deu um pequeno sorriso e eu achei que poderia ser o mais adorável do mundo. E me peguei hipnotizado por ele. Seus olhos fechavam completamente quando sorria. Seus dentes avantajados de coelhos com o contraste de seu piercing na boca e sobrancelha, me faziam pirar.

Gostava também do modo como ficava um pouco nervoso transando comigo, ele demonstra empurrado a língua para o lado de sua boca focando o olhar no além. Era engraçado pensar em como tinha gravado os gestos do mais novo.

E eu nem escutei quando meu celular vibrou, estava em outra dimensão no mundo do prazer que ele me proporciona.

Avancei sobre seus lábios agarrando sua nuca para segurar seu rosto com quase possessão.

ㅡ Deixe tocar. ㅡ disse ofegante, sem querer parar.

O mais novo entreabriu a boca e sugou meu lábio inferior, lambendo com calma antes de morder e puxar levemente, ainda enterrado em mim.

Ele me olhou com seus olhos escuros e cheios de perguntas, mas sabia que nunca saíram nada de seus lábios. Afinal, Jungkook não era nada pra mim, somente um Barman de pub que eu sempre ia. Um parceiro de foda.

No começo, Jungkook somente me olhava e se esquivava para me atender, mas não me importava, só queria beber. Acho que já estava virando um alcoólatra se não fosse por Jungkook. Não tinha paciência para paqueras e flertes. Agora com meus 37 anos, sem ninguém e somente a advocacia na vida. Então cheguei ao bar e pedi a um uísque, onde ele me entregou um bilhete, escrito que seu seu turno acabaria em 20 minutos. E bom, eu o esperei.

Jungkook teve a iniciativa e eu amei.

Eu sou juiz, como sempre foi meu grande sonho. Batalhei. Conseguir. Só não estava contando com o esgotamento profissional por sobrecarga de trabalho.

E era nisso que Jungkook entrava.

Sexo sem compromisso. Uma alegria momentânea.

ㅡ Acho que pode ser importante. ㅡ disse ele parando os movimentos.

Suspirei e peguei o celular, sem muita paciência, quem estaria ligando?

ㅡ Você... pode continuar ? ㅡ pedi um pouco sem jeito. Estava muito gostoso e não queria parar de sentir.

Ele sorriu carinhoso e voltou ondular devagar dentro de mim.

ㅡ Oi ㅡ atendi o celular e continuei a olhar para o mais novo. Sua tatuagem, e piercing... Nunca achei que transaria com alguém daquele estilo.

ㅡ " Jin-Hyung? É Namjoon, estão lhe designando para o caso com norte- coreanos, desculpe Hyung , mas não pude fazer nada. Só tem você, terá que pegar o caso. Nossa vara será o centro das atenções. Temos que ter cautela."

ㅡ Merda ! ㅡ fechei os olhos. A vida só poderia ficar pior.

Na mesma hora Jungkook parou seus movimentos. Abrir os olhos e vi algo estranho no fundo dos seus, uma mistura de medo e pavor.

Nunca havia contado com que trabalhava ou o que fazia. Ele deveria saber que meu trabalho não era algo simples, não com a casa e carros que tinha e a maneira que me vestia.

Unstable I  JINKOOKOnde histórias criam vida. Descubra agora