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Quando queria fugir do mundo, eu me afundava no trabalho. Mas infelizmente, todo trabalho estava sendo Jeon Jungkook e a busca desenfreada de Hoseok para achar uma brecha e não o deixar ser extraditado.

O julgamento poderia ir por rumos diferentes: primeiro, se ele provasse que havia estado por 5 anos na Coreia-sul e sem ter nada relacionado a espionagem, poderia pegar liberdade condicional; segundo, ele não conseguisse provar estar trabalhando ou morando na Coreia como um cidadão normal, seria extraditado.

Se a promotora tivesse provas contra ele, sendo um espião ou aliciador, ele seria condenado à prisão e não voltaria para a Coreia-norte, mas passaria longos anos na prisão. Eu já havia sentenciado a prisão o Jeong Soo e Kim Hee Chul; desertores acusados atrair norte-coreanos para atravessar civis. Haviam vídeos e provas contra eles.

Porque a lei só julga com base em provas.

E isso separava agora o julgamento de Yoongi para Jungkook.

O filho da puta do Hoseok conseguiu provar que seu namorado estava com ele quase diariamente e não havia contato com outros norte-coreanos além de Jungkook.

O que não restou alternativa.

ㅡ Sentencio Min Yoongi, a liberdade condicional. Prestará serviço comunitário durante quatro anos. O objetivo desse julgamento é oferecer um ambiente adequado para novos sul-coreanos, portanto, Min Yoongi terá que praticar 200 horas de oficinas vocacionais para poder ser introduzindo na sociedade sul-coreana.

Bato meu martelo e olho para Hoseok. Ele não esboçar nem um sorriso, só um respiro de alívio. Fecho a ficha de Yoongi e assino alguns papéis, entrego esses para o Namjoon que está ao meu lado.

ㅡ Próximo julgamento. Jeon Jungkook. Caso processo número 2121P2542, idade do réu 25 anos. ㅡ vejo o policial tirando as algemas que seguravam seus braços para atrás e colocar e instruindo a ficar no lugar certo, ao lado de Hoseok.

Quem era Jeon Jungkook? Um espião ou a pessoa debilitada querendo buscar uma nova vida em outro país?

Jungkook era um anjo ou um demônios?

ㅡ Meritíssimo, Jeon Jungkook trabalha no psy todas as noites. Ele não tem uma casa, porque nem todo cidadão norte-coreanos são aceitos na sociedade. Jeon Jungkook mora em um hotel, irregular.

ㅡ Excelência, não tem como provar que o réu mora lá, não existe provas e nem testemunhas. ㅡ o promotor rebate. ㅡ Jeon Jungkook deve ser extraditado para a Coreia do Norte. Ele é instável e não fará bem para sociedade.

ㅡ Protesto meritíssimo! Não tem prova que ele seja instável.

ㅡ O réu não tem casa, nem trabalho. Não passa de um cidadão instável. - promotoria rebate.

ㅡ Meritíssimo, meu cliente tem direito de depor. Nada fora encontrado de concreto que justifique ele ser extraditado. O réu Jungkook deve ser considerado cidadão sul-coreano. ㅡ acesso com a cabeça autorizando que ele deponha.

Vejo Jungkook ser levado ao lado para o microfone.

ㅡ O art. 203 do Código de Processo Penal dispõe que: "a testemunha fará, sob palavra de honra, a promessa de dizer a verdade do que souber e lhe for perguntado" ㅡ Namjoom diz.

ㅡ Juro dizer toda a verdade e só a verdade ㅡ a voz de Jungkook é firme e sem medo. Ele não demostrava apreensão o que estava se alongava ao longo de toda audiência.

ㅡ Quero que a promotoria comece. ㅡ Quando finalmente falei, foi apenas para deixar Hoseok saber que poderia ajudar até certo ponto. Nesse ponto, ele tinha que se agarrar, ou eu mandaria Jungkook em um piscar de olhos para coreia do Sul.

Do-ho se levanta e percebo o olhar Jungkook neutro.

Como eu estava sendo patético, uma lupada de esperança crescia dentro de mim? A esperança ele Jungkook não ser culpado.

Mas sua expressão o denunciava. O cara com quem transava era mesmo um infrator norte-coreano.

ㅡ Jeon Jungkook, 25 anos. Está para a Coreia do Sul há 5 anos com Min Yoongi. Seu parceiro foi considerado inocente e agora é sul-coreano, logo você não podemos falar isso. Se entregou ao achar que teria uma sentença igual ao parceiro, mas diferente dele, não consegue provar isso.

Jungkook ainda com sua expressão imparcial não responde e continua calado.

ㅡ Protesto! O promotor está afirmando, peço seja feito perguntas para meu cliente e não afirmações.

ㅡ Aceito! Promotor, faça a pernas perguntas ao réu. ㅡ digo simples e volto a observar.

ㅡ Você é um espião norte-coreano?

ㅡ Não!

ㅡ Pode me dizer o que faz durante o dia? Só temos imagens de sua entrando para trabalhar em um bar chamado psy. Onde passa as manhãs?

ㅡ Como trabalho pela noite, eu descanso pela manhã

ㅡ Afirma que trabalha em hotel clandestino, por isso o dono do hotel não pode depor. Nesse hotel, não existem câmeras?

ㅡ Não existe.

ㅡ Concorda comigo que não pode provar que não é um espião e muito menos provar que vive na Coreia do Sul por 5 anos? Pois só conseguiu provar que seu trabalho como barmen quase 2 anos. Então, Jeon Jungkook, mesmo que não seja um espião, não há fatos sobre morar mais de 5 anos aqui, estou errado?

Silêncio.

ㅡ Por favor responda Jeon Jungkook

ㅡ Não! Não há como provar. ㅡ e ele vacilou, a primeira vez que eu vi fechar os olhos e pronunciar aquelas palavras de peso. Era como se havia dificuldade de pronunciar, sua voz tinha peso.

ㅡ Sem mais perguntas Meritíssimo!

O promotor havia feito boas perguntas e argumentos. Deixou Jungkook em uma situação extremamente difícil.

Ajeitei meus olhos e o olhei. Sua expressão forte e neutra, ainda estava lá. Mas eu sabia, sabia pelos seus olhos fixos no salão e com empurrar da língua na bochecha que ele estava irritado e pensativo.

No fundo, eu não queria fazer aquilo, mesmo que havia raiva me consumindo.

Teria que extraditar Jeon Jungkook.

Unstable I  JINKOOKOnde histórias criam vida. Descubra agora