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Eu balancei minha cabeça, após ter atirado meu copo de água contra a parede e estilhaços estar por todos os lados.

Era cruel. Tudo isso foi. Era um sonho. Um pesadelo.

Minha respiração estava ofegante e não sabia o que fazer. Faltavam 2 dias para o julgamento recomeçar. Minha vida era baseada em remédios para dormi e álcool.

Nos documentos não haviam muita coisa de Jungkook, ele era uma sombra, um fantasma na Coreia do Sul.

Droga, e eu ainda tinha que lutar com a vontade desenfreada de levantar-me naquele julgamento, ir até ele e implorar por verdade; além do desejo de ir no local que ele estava detido, mas como juiz, não poderia ter contato com o réu. O que me deixava extremamente nervoso.

Eu precisava conversar com alguém sobre o furacão de emoções que havia crescido em meu peito depois do julgamento. Eu não podia ficar em casa, pois tudo me lembrava ele. Não conseguia ter um único pensamento livre. Não conseguia deixar de pensar no réu.

Me negava ia mais na psy e nem ficava em casa. Por isso, estava sentado em um bar de hotel onde me hospedava, não conseguia ficar mais um minuto em casa. Porque tudo era gatilho que me fazia lembrar.

Merda...

Jungkook era um mistério.

E não devia parecer tão hipnotizado por ele. Deveria esquecer- lo. Eu não deveria lembrar de senti-lo indo com força ao lembrar a beleza que estava sob macacão laranja de presidiário.

Eu tinha plena consciência de que o nosso relacionamento foi baseado apenas em sexo. Nem um sentimento. Gostávamos do que um podiam proporcionar para o outro. Éramos dois adultos, é verdade, mas, quando o encontrei entrando na sala algemado a semana atrás foi um golpe e tanto.

— Boa noite, senhor Kim. – Hosoek estendeu a mão para me cumprimentar.

— Senhor Jung, – não estendi de volta para o cumprimento, mas o olhar para ele fora de impaciência.

– Desculpe atrapalhar a sua... refeição!?

— Já atrapalhou. – respondi impertinente.

— Você teria um minuto?

— Lamento, Senhor Jung. Creio, que não há nada que conversamos para lhe ceder esse minuto.

Mas claro, que Hoseok não desistiria, logo se sentando ao meu lado no banco do bar do hotel.

— Queria só contar uma história. Na verdade Jin, lembra quando na faculdade eu amava aquele escroto do Jo-Run? — sorriu soprado e fiquei com minha cara de tédio. Sério que ele ia apelar para os tempos de faculdade? Inacreditável.

— O ama mais que ele?

— Inacreditavelmente mais. — Hoseok pegou meu uísque e virou, fazendo sinal para o trazerem mais doses.

— Não posso te ajudar.

ㅡ A primeira coisa a ser feita era se entregar. Mas ele é um desertor, iam lhe extraditar. — Hoseok deu um sorriso infeliz. — Por mais de 5 anos morando no país, já podemos alegar ser um cidadão sul-coreano. Ele e Jungkook precisavam se entregar. Como deve ter sido difícil para eles, se entregar e arriscar ir para uma prisão norte-coreana. Mas eu o abracei com toda força. Estávamos na minha casa quando ele decidiu. Nosso relacionamento começou há 5 anos. Antes disso, Yoongi trabalhava no mesmo pub que Jungkook.

— Hoseok...

ㅡ Não quero ficar longe de dele. Ele poderia ir para cadeia. Não posso perder o Yoongi, não posso perder meu rei. ㅡ suspirou e passou a mão pelos cabeços, em um sinal de nervoso. ㅡ Mas seria pior ele ser descoberto e extraditado, eu nunca mais o ver.

— Ele vai ser preso, Hoseok.

ㅡ E eu vou lhe visitar todos os dias até ele sair.

ㅡ Você jogou ele para o precipício e por isso está aqui. ㅡ resmungou.

ㅡ Não queria que fosse assim. Você sabe que ele precisava se entregar. Yoongi, se entregando eu consigo diminuir a pena e tentar liberdade condicional e ele nunca mais ter que ir para Coreia do Norte, pode ser um cidadão sul-coreano.

ㅡ Ele sim, mas Jungkook não. Quando seu namoradinho souber que se entregar só foi bom para ele? Hum? — Inacreditável. Bebi mais meio copo de uísque, e logo senti minha garganta queimar e ficar anestesiada.

ㅡ Eu sabia que Jungkook iria se entregar. O que não podia fazer é ver Yoongi ser detido e extraditado; e nunca mais lhe ver. Se ele fosse extraditado não poderia fazer mais nada, não consigo fazer nada na Coreia do Norte. Eu nunca mais o veria. — Certo, Hosoek estava desesperado. Quando um norte-coreando é detido, são geralmente extraditados.

— Estudei o caso Dr. Jung. Sei que não está aqui pelo seu amando. Ele praticamente está livre, você sabe disso. — balancei a cabeça em negação, a raiva me comendo por dentro. Na pior das hipóteses responderá em liberdade condicional, que irei fazer questão de sentença-lo, se tudo der certo.

Vejo ele ficar sem fala. Absolutamente sem fala. E continuo:

— Está aqui por Jungkook.

— Você o conhece. — Hoseok afirmou e mantive meus olhos no copo de uísque.

— Isso não muda os fatos. — Uma aspereza saiu de minha voz.

— Há uma coisa que meu cliente não quer me contar. É para onde ele vai toda sexta-feira a noite.

Silêncio.

— Ele foi acusado de espionagem, hun? Pena que não possa descobrir uns truques com ele — disse em um tom sarcástico.

— Não quero jogar esse jogo Jin.

— Já está jogando Hobi

— Vai abandoná-lo? — Eu travei com aquelas palavras de Hoseok. Abandoná-lo? Eu?

— Ele já fez isso.

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Oieeeeeeeeeeeee. Simmm, eu escrevi essa cap de ontem pra hoje.

Desculpa qualquer erro.

Dedicado Cute_fuck_bear

Unstable I  JINKOOKOnde histórias criam vida. Descubra agora