Capítulo 4

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 Kaell


Isso é uma tortura, lutar contra elfos não é tão ruim depois de passar tanto tempo esperando. Não entendo porque os humanos gostam de fazer um show sobre tudo, deveriam ter apresentado todas as noivas de uma vez em nossa frente e cada orc faria sua escolha. Colocaria sua noiva em seu ombro e sairia de volta para sua casa, tudo teria terminado em minutos.

Infelizmente fomos obrigados a aceitar todo esse espetáculo ridículo acontecer, tudo para amenizar o medo dos humanos com o nosso acordo. Precisamos das noivas, Carguk viu isso nas águas. Assim como ele viu que precisaríamos intervir, e dar a chance de os humanos fazerem a escolha certa.

Graças a essas visões acabamos com a vantagem sobre os humanos, que claramente fizeram a escolha errada e agora precisam cumprir o acordo com os nossos termos. Carguk não disse porque precisaríamos de tudo isso, mas se ele viu nas águas que deveríamos fazer então é o que faremos.

Carguk é um dos xamãs mais poderosos dos sete clãs orcs, ele também é irmão do maior e mais importante capitão orc, o senhor do clã Wraog. Líder supremo da maior e mais poderosa horda de orcs do planeta, o capitão Belrror. Também conhecido como meu pai e que está olhando furiosamente para mim, de onde os humanos chamam de bastidores.

Ele quer que eu faça uma escolha logo, meu pai quer que eu escolha uma das fêmeas humanas já que eu não fui capaz de respeitar o acordo de acasalamento com a filha do capitão Muzgonk, líder do clã Vrikin. Ele está me culpando por ter arruinado o acordo, quando acasalei com a prima da minha noiva, mas em minha defesa elas não pareciam ser parentes próximas.

Quando vi aquela orc grande e cheia de curvas fortes, depois do jantar com o clã Vrikin, pensei em como seria satisfatório, afundar meu pau nas profundezas doces da jovem Bailah. Depois de um jantar tedioso e com uma noiva que não poderia tocar até casar, nada mais justo que me divertir com uma orc disposta. Bailah não se importou em dizer que era prima da noiva, claro que com meu pau em sua boca, seria difícil falar e depois quando mergulhei profundamente nela, falar sobre a prima dela também não entrou em questão.

Infelizmente o tio dela, o capitão Muzgonk, não concordou com o meu argumento válido e assim que a Bailah não foi encontrada pela prima no quarto dela depois do jantar, foram procurá-la e a encontraram na minha cama. Quando ela saiu do quarto também recebi a anulação do acordo. Meu pai perdeu muita credibilidade naquele dia e agora estou aqui, pagando por esse pequeno deslize.

-Seu pai irá escolher por você se chegar ao final disso sem que você o faça... – Meu melhor amigo sussurra ao meu lado, trazendo meus pensamentos para o presente. Mesmo que não seja efetivo sussurrar perto de orcs. Nossa audição é boa o suficiente para que todos os orcs próximos de nós tenham ouvido.

-Calado Wrurk – Rosnei entre dentes, ciente de que ele falou a verdade. O que não quer dizer que eu queria que todos ao nosso redor soubessem.

Orcs de todos os sete clãs estão aqui, meu clã é o maior de todos por isso os demais aceitaram que esse show acontecesse em nosso território. O que quer dizer que apesar de odiar tudo isso, preciso manter a pose de bom herdeiro e fazer o meu papel ao escolher uma das fêmeas.

Lanço um olhar para a nova fila de fêmeas que entrou na sala, mais do mesmo e nada do que me atrai em uma fêmea. Quando o apresentador fala apresentando as fêmeas, o som nos alto-falantes saiu alto demais para o gosto de qualquer orc.

Um orc sentado a algumas fileiras de distância se levanta, o apresentador se aproxima dele muito animado e descontraído, aponta aquela coisa que mais parece uma pequena clava, mas que faz o som sair nas caixas de som.

A noiva humana do ORC vaidoso - DegustaçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora