Condição

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Depois do meu monólogo contando de como fiquei acabado quando ela deixou a cidade, de como conheci Rin e ela me fez acreditar que eu poderia ser feliz sem Sakura ao meu lado; de como achei que tinha superado o quanto eu a amava desde sempre, mas que era burro o suficiente para só perceber isso na faculdade. E mesmo percebendo, não tive coragem o suficiente para me declarar, não fui honesto quanto a todos os sentimentos que tinha no peito por ela. 

Falei também sobre o quanto ela mexeu comigo quando voltou no fim de semana passado, de como percebi que eu não conseguiria ficar sem ela nunca mais. Porém, mesmo percebendo a burrada que tinha feito, iria casar por achar que jamais teria o amor dela além da amizade. Minha voz já falhava quando tentei explicar o quanto me sentia mal por ter feito aquilo no casamento, por mais que a Rin tenha feito o que fez, eu não precisava ter humilhado ela. 

— Precisava sim, ela foi uma vagabunda, manipuladora, ardilosa! A mulher só não perde pra Nazaré Tedesco, Kakashi! — Sakura se exaltou, levantando do sofá; já estávamos sentados na sala dela após dividir uma pizza. — E ainda quis me colocar como cúmplice! Cúmplice por enganar e entregar o homem que eu amo de bandeja pra ela!

— O que você disse? — Levantei com os olhos arregalados. 

— Eu amo você, seu idiota! — Vi os olhos verdes brilhando das lágrimas e comecei a sorrir, a felicidade me envolveu no mesmo instante. Abracei ela com força, tirei seus pés do chão e senti o perfume floral do seu shampoo no seu cabelo recém lavado invadindo meu olfato, fazendo-me sentir todo o poder que aquela mulher tinha sobre mim. 

— Me desculpa, Sa. — Coloquei-a no chão, coloquei uma mecha do seu cabelo atrás da orelha e acariciei sua bochecha sem tirar os olhos dos seus.  

— Logo terá pelo que me pedir desculpas, Hatake. 

— Hã? 

— Se não me beijar logo… 

Sorri e puxei-a pela nuca. Rocei meu nariz no seu, desci pelo cantinho de sua bochecha até chegar em seu queixo, deixando uma mordiscada ali, e logo rocei os lábios nos seus, sentindo a maciez de sua pele sob a minha. Sua mão subiu até meu rosto enquanto a outra se mantinha em minha cintura. Encaixamos nossos lábios de olhos fechados, aproveitando o momento, aproveitando cada sensação que nos invadia; eu tinha certeza que ela sentia o mesmo. Os arrepios pelos braços, o frio na barriga e a vontade de exagerar nos toques. Segurei sua cintura com força e a colei em meu corpo, entreabri a boca e chupei sua língua. 

Senti ela se afastar e a entendi mesmo antes de fazer, seu impulso no chão me disse tudo. Peguei-a pelas coxas e a encaixei em meu quadril, suas mãos passeavam pelas minhas costas. Dei alguns passos e nosso beijo continuou sedento e molhado; sentia meu corpo inteiro em frenesi e aquilo era uma loucura. Nunca na minha vida senti nada parecido beijando alguém, mas venhamos e convenhamos, Sakura não é alguém, ela é a porra da mulher da minha vida!

—  É a porta no fim do corredor. — Foi tudo que ela disse antes de nós sermos abraçados pelos lençóis confortáveis de sua cama. 

Beijei seu pescoço, seu ombro, desci e levantei a camiseta larga que ela usava; então pude, pela primeira vez, admirar seus seios desnudos e durinhos de tesão. E esse tesão era por mim. Beijei com lasciva o bico de cada um deles, apertei suas costelas com as mãos, beijei sua barriga e cheguei na barra de seu short. Olhei para cima e a vi vermelha feito um pimentão, não me contive e comecei a rir. Voltei até seu rosto e acariciei seu maxilar e sorri, beijei a ponta do nariz arrebitado e encostei nossas testas. 

— Se não estiver pronta pra isso, não precisamos… 

— Estou pronta, sempre estive, Kakashi, mas depois disso não haverá volta. — Ela olhou fundo dentro dos meus olhos. — Tem certeza que não vai se arrepender? 

Minha garotaOnde histórias criam vida. Descubra agora