— Beleza. Quem deixou o Akaashi beber? — exclamou Tenma, a mão sobre a testa, afastando uma futura e dolorosa dor de cabeça. Todos à mesa baixaram a cabeça, desconfiados. Na ponta, um dos novados ergueu a mão, hesitante.
— Ele pegou meu copo.
Tenma suspirou, esfregando a testa com mais rigidez.
— O que foi que eu falei assim que a gente chegou? Só havia uma regra.
Do outro lado do bar, em um karaokê, Akaashi testava os limites da desafinação humana.
— Eu avisei que não era pra deixar ele beber!
— Mas ele pegou meu braço à força!
— Isso não é desculpa!
O silêncio tomou um lugar à mesa. Tenma estava ficando sem paciência. O cantar horrendo de Akaashi estava ficando pior a cada segundo.
— Eu não vou aguentar isso a noite toda, alguém liga pro contato de emergência dele.
— Qual deles? — uma das estagiárias perguntou.
Tenma parou de maltratar sua testa, olhando para ela.
— Não é o Bokuto?
— Pra mim ele falou que seria esse número aqui — um dos assistentes tirou um cartão de visita da carteira, entregando a Tenma. O nome era familiar, mas ele não estava sóbrio o suficiente para lembrar quem era exatamente.
— Tem esse daqui também — uma das colegas de mesa do cantor de chernobyl mostrou o celular de Akaashi, onde na capa transparente de seu celular estava preso um pedaço de papel com alguns dígitos e as letras ''S.O.S KK'' — Ele me falou que caso ele desmaiasse de novo no trabalho era pra ligar pra esse número, segundo ele essa pessoa tá sempre disponível.
Todos à mesa se encararam, não sabendo que decisão tomar.
Akaashi arriscou um agudo enquanto tentava imitar Lady Gaga. Todos se encolheram, alguns tapando os ouvidos com as mãos.
— Cada um pega um número e liga — disse Tenma, exasperado —, e rápido!
.
.
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Depois de alguns minutos — que pareceram horas para todos que estavam dentro do estabelecimento —, os três assistentes que fizeram a ligação receberam uma notificação de que estavam esperando do lado de fora do bar.
Foi preciso muita força e persuasão para tirar Akaashi de cima do palco, no entanto, depois que Tenma lhe prometeu uma garrafa inteira de álcool, ele cedeu. (Promessa que Tenma não cumpriu, se Akaashi causava aquele estrago todo com apenas um copo, ele não estava afim de descobrir o que aconteceria depois de uma garrafa inteira)
Foram preciso duas pessoas para levá-lo para fora, cada uma segurando-o por um braço. Akaashi choramingou e reclamou durante todo o caminho. Tenma estava cogitando a ideia de jogá-lo no chão quando alguém gritou por ele.
— Keiji! Aqui!
Akaashi ergueu a cabeça tão rápido que ainda não se sabe como ele não colocou tudo para fora naquele segundo. Assim que seus olhos bateram em quem estava correndo em sua direção, ele começou a rir, afastando-se de seus benfeitores, enquanto exclamava:
— Kou-kun!
Bokuto o pegou em sua corrida miserável. Akaashi abraçou seu pescoço, não conseguindo parar de sorrir.
— O que você tá fazendo aqui, Kou-kun, seu bobão?
— Seu chefe me ligou pra vir te buscar — respondeu Bokuto, não conseguindo conter o próprio riso —, você não prometeu pra gente que não ia beber?
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felices los 4
FanfictionO que um editor de mangá cansado, um streamer que nunca dorme, um jogador de vôlei profissional com coração de bebê e um gato capitalista tem em comum? Eu não faço ideia, te conto quando descobrir. ou O dia a dia caótico dos Bokuakakuroken