VII - Sem pressões

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Primeiramente eu gostaria de me desculpar com vocês pelo sumiço... Digamos que tive um tempo de ressaca literária, mas bem, cá estou com um novo capítulo, onde encerramos um ciclo da história, em breve estarei de volta com mais capítulos! Espero que gostem ♥

 Digamos que tive um tempo de ressaca literária, mas bem, cá estou com um novo capítulo, onde encerramos um ciclo da história, em breve estarei de volta com mais capítulos! Espero que gostem ♥

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Steve Rogers

Sorri para Natasha quando a vi erguer uma peça para recém nascido em tom azul pastel, e mostrá-la a mim, então fiz um sinal de positivo, aprovando a escolha da mulher.

A ruiva estava um pouco mais animada que antes, e eu sentia que havia feito uma boa escolha em trazê-la para se distrair no shopping, e isso parecia ter funcionado.

Suspirei segurando firme as sacolas com a logo das outras lojas quais havíamos passado antes, a vendedora se aproximou de Natasha chamando sua atenção, e a guiando para uma seção de roupas femininas, mas a ruiva fez careta negando com a cabeça.

Dessa vez eu ri abertamente me aproximando da minha esposa, a tempo de ouvi-la dizer que tinha certeza que o nosso bebê seria um garotinho.

Acompanhei Natasha por mais duas lojas, e quase saltei de alegria quando a energia da ruiva acabou, e ela pediu para irmos embora.

Olhei para minhas mãos me perguntando quando compramos tudo aquilo.

À minha frente, a senhora Rogers caminhava em direção ao estacionamento, porém, seus olhos ainda se mantinham fitos nas vitrines, vez ou outra parando para admirar algo, e por diversos momentos, eu me peguei admirando-a.

Ela estava totalmente diferente da Natasha da noite anterior, seus olhos agora brilhavam vividos, e seu sorriso mesmo mínimo era sincero, até mesmo as bochechas que antes estavam pálidas, agora estavam naturalmente rosadas, e eu sentia que podia morar naquela imagem eternamente.

Entretanto, por um segundo, a imagem dela amedrontada tomou minha mente, fazendo o ar faltar em meus pulmões, me trazendo a recordação da sensação de desespero que senti naquela festa ao vê-la tão vulnerável e despedaçada como naquele momento.

Lembro de que tudo o que quis naquele momento era poder abraçar e cuidar dela, mas me desesperei ainda mais quando Natasha viu em mim o seu agressor, e por mais que eu soubesse que ela estava fazendo aquilo inconscientemente, eu me senti quebrado.

Não por ser comparado a um maníaco, mas sim por saber como Reed conseguia ser tão podre a ponto de desgraçar a vida da Natasha daquela forma, a ponto de deixá-la daquele estado, e admito que se não fosse por Bucky e Tony, eu teria realmente quebrado a cara do maldito pedófilo.

E se antes de ir naquele coquetel eu já estava decidido a proteger Natasha, após o que presenciei, eu havia prometido a mim mesmo que independentemente de qualquer situação adversa, ela teria minha proteção, e mesmo se ela não a quisesse, eu cuidaria dela.

— Você gostou disso? — Perguntei me referindo a um par de brincos Tiffany & Co, que Natasha olhava com tanta admiração, e a ruiva se assustou ao me ver se aproximar.

— Toda mulher adora diamantes, Rogers — Natasha falou dando uma risada ao finalizar sua frase, e eu ri ao constatar que ela havia dito o óbvio.

— É, você está certa — Admiti o meu gafe, e ela riu negando e seguindo adiante, e eu olhei mais uma vez para a joia, sabendo que ela ficaria bem na ruiva.

Natasha Rogers

Olhei para o meu relógio de pulso e bufei entediada, ao perceber que já faziam exatos trinta minutos que Steve havia dito que tinha esquecido de comprar algo e que não demoraria, e sim, ele estava demorando mais do que imaginei.

Apoiei minha bochecha no dorso da minha mão, e comecei a "vasculhar" o carro do Rogers, em busca de algo que pudesse me ajudar a aliviar o tédio, porém Steve Rogers era sinônimo de perfeição, e até mesmo o seu carro era organizado, tendo apenas uma caixa de óculos de sol no porta-luvas e os documentos do carro.

Admito até que fiquei surpresa por não encontrar nada de Peggy ali, e isso só comprova o quanto ele estava se esforçando para fazer aquilo dar certo, e em partes me senti culpada, o que era extremamente tolo da minha parte, afinal, eu não tinha a menor culpa do que estava acontecendo, e muito menos havia pedido para que ele se desfizesse da sua amada por mim.

— Você deveria parar de tentar se auto sabotar Natasha, se nem o Rogers te culpa, porque você deveria?

Me indaguei aos murmúrios enquanto batucava os dedos sobre minha bochecha, e então deslizei a mão livre sobre minha barriga e senti minhas bochechas arderem ao lembrar de um detalhe importante daquela noite.

— James... Não é?

Ri mordendo o lábio inferior.

— Você gosta do nome que o seu pai escolheu?

Indaguei em um tom mais baixo, apenas para que James ouvisse.

— Eu vou fazer questão de escrever sobre esse dia, quero que no futuro você dê risadas ao descobrir que o seu nome foi escolhido no meio do shopping.

Ri ao pensar sobre isso, e vi Steve se aproximar, então de imediato ajustei a postura e fingi olhar algo na minha bolsa.

— Desculpa a demora — O Rogers pediu enquanto entrava e colocava o cinto de segurança — O cinto.

Me lembrou e eu suspirei deixando a bolsa de lado, e pus o utensílio de segurança sob o olhar repreensivo do loiro, e rolei os olhos achando aquilo deveras bobo.

— Ah, isso é pra você.

Steve me estendeu uma sacola azul, e eu arregalei os olhos ao reconhecer a logo da Tiffany e Co, e sem nem mesmo esperar chegarmos em casa, já fui logo abrindo a sacola e tirando a caixa em tom azul tiffany, vendo os pares de brincos de diamantes que eu estava admirando a quase uma hora atrás.

— Rogers, você é louco... — Sussurrei surpresa, porém feliz.

Muito feliz.

— Achei que a mãe do James também merecia um presente — Ele falou enquanto dirigia para nossa casa, e eu sorri deslizando a unha sobre a joia maravilhosa.

— Obrigada Steve.

Agradeci sinceramente, enquanto apertava a caixa sobre meus dedos, descrente que ele realmente havia comprado-as para mim, e não, eu não estava maravilhada com o presente ou pelo valor, afinal eu mesma poderia tê-la comprado sem problema algum, a diferença é que ele havia me presenteado por livre e espontânea vontade, e isso era o que me causava uma estranha sensação de paz. 

Amargo Começo - RomanogersOnde histórias criam vida. Descubra agora