sinner

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Renascença
2 Capítulo

Na manhã seguinte acordo totalmente preguiçoso – havia tempos que não dormira assim –, e ao me deparar com aquela enorme cama coberta por lençóis caros e colchas extremamente macias e quentes na temperatura certa, penso que tudo isso não foi um sonho e que fui sim vendido, vendido para o senhor Kim. Me espreguiço abrindo totalmente meus olhos, ainda tentando me acostumar com a claridade que batia na minha varanda, olho para os lados ainda desconfiado e saio da cama silenciosamente, arrumo-a e de relance olho para o relógio que havia na escrivaninha me assustando ao perceber que são exatos 11:30 da manhã.

Com pressa, abro o meu guarda-roupa, que por sinal não tive tempo de explorar, mas confio cegamente no bom gosto para vestimentas do Kim, afinal ele é um nobre. Olho tudo abobalhado e pego uma simples camiseta social com babados nas pontas acompanhado por botões com uma pedra preta muito bonita, ao qual não sei nem o nome e uma bermuda preta social, com muito afinco acho a gaveta de cuecas me perdendo nos diversos modelos e cores diferentes, escolho a mais simples mas que ainda constato ser mais cara que a minha própria vida, afinal, o que não era mais caro que eu diante de tudo isso?

Fecho o armário e caminho a passos rápidos para o banheiro com a muda de roupa em minhas mãos, suspiro ao me olhar no espelho e perceber o pijama caríssimo que eu estou vestido, mas sem querer me aprofundar nisso me dispo olhando mais uma vez para a banheira.

— Mais tarde prometo que irei lhe usar. — digo como se a Jacuzzi fosse me entender, pego a minha escova de dentes colocando uma quantidade exata de pasta para escovar os meus dentes e entro no box. Suspiro abrindo o chuveiro sentindo aquela água quentinha molhar a minha derme, escovo os meus dentes durante o banho enquanto ensabouo meu corpo sentindo a fragrância doce mas não enjoativa do sabonete. Olho para aqueles diversos shampoos e condicionadores abrindo cada um para sentir a essência, por fim acabo escolhendo os que mais me agradara e lavo meus cabelos.

Saio do banho já devidamente limpo e enxugo o meu corpo, me visto adequadamente e abro as gavetas da pia encontrando um secador, olho para ele estranhando que não havia a extensão para o ligar e me assusto ao ver o senhor Kim entrar no meu banheiro, sorrindo docemente ajeitando seu óculos com os cabelos negros super alinhados.

— Quer ajuda, meu bem? — perguntou calmo e simplório e balanço a minha cabeça positivamente entregando o secador esperando ele me ensinar a usá-lo. Talvez eu devesse falar mais, mas ainda me sinto confuso se ele realmente quer me ajudar ou apenas está vivendo de máscaras.

— Bom dia senhor Kim. — digo casual e ele beija a minha testa, decido ficar imóvel mesmo que provavelmente minha expressão seja de certa repulsa. Ele pega gentilmente em minha cintura me virando para frente do espelho e suprimo novamente algo que parece arder dentro de mim.

— Achei que ainda estivesse dormindo. — disse ele apertando o botão do aparelho e olho surpreso vendo o secador funcionar e me viro para ele. — Não irei conseguir secar seu cabelo se não se virar para mim, sim? — sorriu e envergonhado abaixo o meu olhar e volto a me virar.

— Desculpa, o senhor deve estar pensando que sou uma criança, Kim. — digo olhando para o chão sentindo o vento levemente gélido bater em minha nuca me fazendo arrepiar e o olho pelo o espelho admirando sua estonteante beleza, típico de nobres com descendência francesa.

— Gosto da sua inocência meu bem e até da sua repulsa, por isso quero mantê-la. — sorriu. — Pronto, está lindo meu bem, eu diria que tem um belo gosto a trajes. — me virou novamente e me olhou de cima para baixo e engulo em seco ao sentir aquele olhar novamente, azuis tão profundos.

— Eu quem deveria estar agradecendo senhor, você está sendo muito gentil e cuidadoso comigo, para um vampiro que se alimenta de humanos. — digo olhando em seus olhos totalmente hipnotizado e atônito, ele por sua vez sorriu soprado e fez um carinho em meu queixo.

Renascença | kth + mygOnde histórias criam vida. Descubra agora