Capítulo 5 - A puta banguela parte 2

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Fiquei tão animada vendo Cazado que precisei aliviar esse tesão adolescente. Saí a procura do Armando, não conseguia pensar em mais ninguém, em sua barriga negativa e em seus braços magrelos. Que homem!

Verifiquei cada comodo duas vezes mas tinha certeza que ele tinha arrumado um jeito de matar aula de novo.

O lugar mais isolado que encontrei foi a secretaria. Passei pela secretária que jogava candy crush, pela sala onde os professores jogavam algumas provas e alunos no triturador de papéis e entrei na sala mais profunda da secretaria, onde os funcionários dormiam em coberturas de papelão já que seus salários estavam tão atrasados que muitos trabalhavam em troca de casa e comida.

Entrei na sala e lá estava ele com o seu suquinho de laranja surgindo das sombras. O coloquei contra a parede e rasquei sua calça.Quis dar uma enforcadinha mas parei quando ele começou a ficar roxo. Ele deitou em uma das camas, a expressão ainda imóvel, não tinha nem piscado, e montei nele.

Ele segurou meus pulsos e prendeu atrás das costas. Não sei se foi a intenção mas me deixou molhadinha. Sua expressão era tão neutra. Minha vida toda eu só tinha visto essa expressão ser alterada quando ele via minha irmã e chamava ela de gostosa.

— Onde você estava? — Sua voz foi ficando fininha.

— Procurando você.

 — Você sabe que não deve falar comigo fora da sala de aula. — E enfiou um dedo no meu cu

Sua mão era gelada e seus olhos refletiam um vermelho no escuro. E foi assim, com um dedo em mim e seu membro enrijecido encostado na minha barriga que eu me toquei.

— Eu sei o que você é! Você é um vampiro!

— Sim, e agora você é a minha putinha! — Ele desapareceu e eu bati com a boca no chão, me tremendo toda.

Acordei confusa. Estava na minha cama e a minha cabeça rodava igual La Bamba. Olhei para a janela e Armando estava ali me olhando. Depois de um tempo ele sumiu. Reparei que haviam dois furinhos no meu pescoço e tapei eles com massinha PlayMobil.

Olhei no relógio e vi que tinha dormido o dia todo, era hora de voltar para a escola.

Quando sai de casa vi que Cazado estava me esperando em uma caminhonete Hillux cromada com cabine dupla e disse:

— Chega mais, brotinho, agora eu vou te levar para a aula.

Bati palminhas de felicidade e entrei no banco de trás.

— Vem aqui na frente comigo.

 — Não, agora você é o meu motorista. — Falei, e Cazado começou a chorar. 

Chamei ele de panaca e dei um soco na sua cara.

— Deixa de ser frouxo.

No caminho percebi pelo reflexo que o meu sorriso estava diferemte. Mais limpo, mais aberto... AH NÃO! MAIS BANQUELA!

A estudante fofoqueira e apaixonadaWhere stories live. Discover now