__ Uma boate? _ Azra questiona assim que eu estaciono o carro __ Você me trouxe para a porra de uma boate?
__ Você vai gostar, relaxa.
__ Jayden, sabe que horas são? _ ela alça a sobrancelha e cruza os braços.
__ Hora de se divertir. _ Azra revira os olhos.
__ Ainda nem são dez horas da manhã, homem.
__ Para de ser careta, e vem logo.
Desço do carro e ela insiste em não querer sair. Então, sem pensar duas vezes, abro a porta do seu lado e tiro seu cinto, a puxando com tanta força, que seu corpo se chocou contra o meu com certa agressividade. O jeito com que seu corpo colou ao meu, fez meu coração doer de um jeito fodidamente bom.
__ Me-me solta. Rum. _ ela me afasta e faz uma careta brava, mais fofa do que intimidadora.
__ Olha, aqui é meu lugar favorito. _ seus olhos relaxam __ Funciona vinte e quatro horas por dia, tem tudo o que precisamos para passar o dia sossegado. Vem, se dá essa chance de ter um dia bom.
__ Uhm... Ok. _ bato palmas animado.
__ Vamos.
E assim, eu a puxo para dentro, falo com o segurança e dou meu nome. Faz alguns meses que eu me associei a esse lugar, tenho passe livre e direito a tudo. Nunca havia trazido ninguém aqui, por receio do que possam pensar, sou o vice-presidente da minha empresa e frequentar lugares desse tipo não cai bem.
Principalmente para uma família como a minha, que é muito reservada. Quando a convidei para sair comigo, e no momento que ela aceitou, não pensei duas vezes antes de trazê-la aqui, eu sei que ela irá gostar. Ao entrarmos, vejo alguns amigos e aceno para eles, suas mulheres encarando Azra.
E não sei se é por força do hábito, mas Azra as encara séria, e só para quando elas olham para outro lugar. A levo até minha área reservada na parte de cima, segundo andar, peço para que Azra se sente e a acompanho.
Logo chamo o garçom para trazer um drink que não seja muito pesado por ela precisar está lúcida para voltar aos seus filhos - esses que eu não consegui prestar atenção, mas me surpreendo quando Azra pede uma garrafa de conhaque. Olho para ela com a sombrancelha erguida, e a mesma dá de ombros, não se importando.
__ E você bebe desse jeito? _ pergunto quando a vejo dá o primeiro e grande gole, sem fazer careta.
__ Já tive dependência química. _ confessa de cabeça baixa, abro a boca surpreso e ela continua __ Mas, meus filhos me fizeram parar, se eu continuasse, talvez eles teriam ficado sem mãe.
__ Mas continua bebendo? _ cruzo os braços e entorto a boca, ao perceber ela faz o mesmo.
__ Me trouxe aqui para ficar me julgando? _ ficamos se encarando por segundos até os dois caírem na risada __ Seu bobo. _ Azra cruza as pernas __ Bebo socialmente, hoje eu tenho controle sobre isso.
Azra me olhou por alguns segundos e sorriu fraco, talvez... Tímida? Bom, não sei. O garçom nos serviu com mais bebidas e mais uma vez fiquei surpreso com o jeito com que ela bebia, uma facilidade tremenda, acredito que para Azra beber conhaque seja como tomar água.
Com o passar das horas, vi o quanto Azra começava a ficar a vontade no recinto. Inquieta, ela se levantava e ficava observando as pessoas no andar de baixo, todas conversando e bebendo, uma música tranquila e ambiente se instalando no lugar. Azra estava em pé próximo a grade, de costas para onde eu estou, e então, eu começo a observa-la.
Ela realmente tem um corpo de quem já entrou na maternidade. Seus cabelos curtos me fazem imaginar-la como seria se fossem longos, e seu rosto maduro faz eu parecer um garotão que gosta de mulheres mais velhas. Quando percebe que está sendo muito observada, Azra se afasta da barra de proteção do andar e se aproxima, ajoelhando-se do outro lado da mesa.
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Todos Os Caminhos Me Levam A Ti - 📚
De Todo📚 - A família Daugherty era uma das famílias mais respeitadas e regradas das Américas. Dmitry era a filha mais nova do segundo casamento do Fundador da cidade de Los Angeles e aliado de muitas correntes fortes do capitalismo, o Sr. Kendrick. Sr Ken...