10| a forma que ele te olha

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Pov' Marília:

Independente de tudo, no final das contas acabou indo tudo muito bem entre mim e o yugner, conseguimos tomar um banho juntos depois de conversar brevemente sobre ele está chateado ou não e aproveitar a companhia um do outro enquanto conversávamos sobre o trabalho do mesmo enquanto comíamos algumas coisas que ele pediu na recepção e curtiamos a paz momentâneamente que estávamos tendo.– isso até eu começar a dar sinais de quanto estou pensativa…

Mais uma vez não percebi quando me perdi na conversa, só sei que fiquei por alguns segundos aérea a ponto de ver dedos em frente do meu rosto estalando diante dos meus olhos.

– amor? Tá aí..?.– ouço a voz de yugner e acabo balançando a cabeça pra sair de qualquer transe que eu estava, forçando um sorriso em sua direção

– Oii, me desculpa…tô aqui.– digo e forço mais um sorriso, pegando outro morango para comer.– cê tava falando de que mesmo?

– tava dizendo o quanto tô feliz por não ter que te dividir com aquele povo…pelo menos por agora.– Ângelo fala e dar um sorriso brilhante, como se fosse a melhor coisa do mundo, eu pelo contrário, acabo franzindo o cenho e o encaro

– aquele povo? Tá falando dos meninos?

– sim, ué. Eles são uns grude em você, não sei como estão aqui na sua porta. -- assim que meu noivo fala, acaba dando de ombros e eu forço mais um sorriso, torcendo pra que ele não falasse mais nada sobre eles. Eu sabia que ele estava querendo apenas puxar assunto e parecer "fofo" mas a forma que ele falou, não deu a entender isso, pelo menos não pra mim. Agradecia por ele estar distraindo com as frutas que comia, assim não dava pra ver meu olhar um pouco diferente em direção ao mesmo…

Sei que não estava nos meus melhores momentos com o Henrique, mas ele e Juliano ainda eram umas das minhas pessoas preferidas, não gostava que ninguém desdenhassem deles. Até mesmo meu próprio noivo.

– uai amor, são meus amigos…Confesso que já estou até sentindo falta deles e se eles quisessem vir aqui, não teria problemas. - respondo, fazendo o possível pra manter a voz calma e vejo quando o Ângelo me encara novamente, esboçando uma espécie de "sorriso…"

– eu sei mas é que, às vezes…você não cansa desse grude todo não?.– pergunta o homem e eu nego

– Não. Não tenho motivos pra isso…– falo e franzi um pouco o cenho e vejo ele dar uma mínima risada de verdade dessa vez, mesmo sendo irônica, ainda era uma risada acompanhada com um rolar de olhos.– que?.– indago e ele nega 

– você realmente ama eles né? Me sinto até menos amado do que aqueles dois.– yugner diz e dessa vez sou eu quem rolo os olhos, tentando sorrir

– deixa de coisa ou, é claro que isso não é verdade.– digo e mesmo assim tento o beijar, ainda tentando evitar brigas, achando que era apenas ciúmes mas ao contrário de mim, yugner se afasta do meu beijo e vira o rosto

– Você sabia que às vezes, não dá pra engolir isso?

– como assim?.– pergunto franzindo o cenho, sem entender onde ele queria chegar e me afasto um pouco do seu corpo, ainda por cima da cama

– Qual é Marília, você realmente não desgruda deles. Acho que a minha sorte é que vocês morarem longe ou se não…– diz o Ângelo e acaba rindo mais uma vez de forma irônica, enquanto balançava a cabeça em negação. E eu diferente dele, já começava a não gostar nenhum pouco dessa conversa…

– se não o que, yugner?.– indago, finalmente com a voz séria e tento deixar bem claro que nada disso estava me agradando, por sua vez, ele apenas suspira e dar de ombros, antes de voltar a falar

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