Indecisão

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Olá!

Estou me tornando obcecada por Polin a cada dia que passa! Então, só consigo extravasar isso escrevendo fanfics.

Essa daqui é diferente de todas que eu já escrevi. Para começar, nosso Polin aqui não é fofinho como esperamos, eles são inimigos declarados, competitivos e debochados. 

Espero que vocês aproveitem o que eu escrevi. 

*************

— Pelo amor de Deus, Penélope, você vai ser a minha namorada ou não?

Recostada no pequeno sofá da sala de reuniões, Penélope avaliava o homem que estava a sua frente fazendo aquela pergunta.

Colin era alto, com pernas longas e um peito largo, com os músculos apertados pela camisa social. Ele tinha uma grande cabeleira castanha, que adornava um rosto forte, com queixo quadrado e uma boca carnuda. Além de tudo isso, ele tinha os olhos mais verdes que ela já tinha visto. Olhos hipnotizantes que pareciam mudar de cor dependendo do humor dele ou da luz no ambiente.

Ele era lindo. E ela o detestava.

— Falsa namorada, você quer dizer — ela respondeu, inclinando-se um pouco para a frente a fim de se servir de um pouco de chá, que estava na mesinha do centro.

— Que diferença faz? — ele respondeu, não deixando de notar o decote dela.

— Faz toda a diferença do mundo, Bridgerton. Achei que fosse mais inteligente do que isso — ela falou antes de fechar os lábios em torno da pequena xícara de chá.

Lábios carnudos, perfeitamente beijáveis, que Colin um dia desejou muito beijar. Mas isso não iria acontecer. Não com ele detestando Penélope como a detestava.

— Estamos conversando há menos de cinco minutos e você já está me chamando de burro — ele bufou, impaciente, indo se sentar o mais longe que podia dela. Longe daqueles lábios rosados.

Penélope continuou falando, como se não tivesse tido interrupção:

— A diferença é que eu não seria uma namorada de verdade, já que o termo "falsa" implica numa relação que não existe na realidade, apenas nas aparências. Você tem dificuldade em entender esse simples conceito?

Ela sorriu maldosamente, deliciando-se com o fato de conseguir chamá-lo de burro sem realmente dizer a palavra. Em seguida, curvou-se novamente para pegar um pequeno biscoito do prato na mesinha do centro.

Mais uma vez Colin conseguiu ver os contornos dos seios dela. Mesmo de longe, a vista dele era atraída como se o decote dela fosse um imã.

— É claro que eu entendo. Isso aqui é apenas negócio, nada mais do que isso.

— Que bom que estamos deixando isso claro — Penélope mordeu um pedaço do biscoito e involuntariamente soltou um leve gemido de prazer, fechando os olhos para saborear o aperitivo.

Sem querer, Colin sentiu a boca encher de água. Como ela podia fazer comer biscoito se tornar uma atividade tão sensual? Maldita mulher!

— Gostou dos biscoitos? — ele limpou a garganta antes de perguntar.

Penélope abriu os olhos azuis, seus longos cílios piscaram antes dela encarar Colin fixamente, o sorriso maldoso dançando em seus lábios, ao dizer:

— Gostei. É a única coisa boa aqui na minha frente.

Colin revirou os olhos, exausto. Não podia com aquela mulher, soltando seu veneno. Deus, como ele a odiava! Mas, ao mesmo tempo, não podia deixar de admitir que uma parte de si mesmo a desejava ardentemente. Desejava ver novamente aquele corpo cheio de curvas tremer embaixo do seu. Calar com um beijo profundo aquela boca que parecia que só sabia insultá-lo.

Entre o amor e o ódioOnde histórias criam vida. Descubra agora