A origem da rixa

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Notas:
A proposta foi lançada, agora falta apenas Penélope decidir se aceita.
Este capítulo continua a partir do presente, logo após Penélope informar a Benedict que precisava pensar mais na proposta de Agatha.
Tive que inserir um pequeno flashback para mostrar como foi o dia seguinte após a noite de paixão selvagem deles.

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Penélope tinha chegado em sua casa cansada. Entrou no pequeno apartamento e imediatamente se jogou no sofá. A única coisa que ela fez antes disso foi tirar o sutiã. 

Deitada no sofá, ela recordava momentos da reunião com Colin. Obviamente ele estava mais do que disposto a aceitar a proposta. O que ele tinha a perder com isso? Nada. Homens raramente perdiam alguma coisa nesse mundo. Já ela, não. Penélope estaria arriscando sua carreira. Tudo que ela havia construído até o momento.

Ela relembrou como havia sido difícil a sua infância e juventude. Cresceu praticamente sozinha, sem apoio da família. Os únicos que cuidaram dela após a morte do pai, foram os Bridgertons. Ela devia muito a eles. 

Mas, namorar com Colin, mesmo que fosse de mentira, não estava nos planos dela. Penélope às vezes pensava que não deveria ter dormido com ele. Que havia sido um erro. Ainda assim, o corpo dela lembrava vividamente do toque dele, dos beijos, dos múltiplos orgasmos que ele fez ela atingir. Aquela foi uma noite inesquecível. Apesar de todo o constrangimento que ela teve na manhã seguinte, Penélope não podia negar que tudo havia sido de fato maravilhoso e ela não esqueceria aquilo nem tão cedo. 

O celular dela tocou, tirando-a dos pensamentos obsessivos. Era Eloise. Penélope vinha ignorando a amiga nos últimos dias. E ela não estava com ânimo nenhum para conversar. 

Obviamente Eloise estava ciente do que aconteceu entre Colin e ela, e agora queria saber o que Penélope faria em seguida. Eloise queria saber se eles estavam namorando ou tinha sido um caso de uma noite só. Penélope tinha respondido de forma evasiva e estava evitando conversar com ela o máximo que podia. 

Depois da chamada ir para a caixa postal, ela mandou uma mensagem para a amiga informando que não podia atender no momento e depois ficou encarando o vazio novamente, perdida em pensamentos.

 Penélope só voltou à realidade quando a campainha tocou e ela se levantou com esforço para atender. Era Kate. Ela vinha com uma pequena maleta na mão. 

— Agatha mandou você para apressar a minha decisão? — Penélope perguntou, deixando a porta meio entreaberta. Dependendo da resposta de Kate, ela fecharia a porta na cara da amiga. 

— Não. Estou fora do trabalho. Apenas fiquei preocupada e vim ver como você está, Pen. 

Penélope ainda parecia desconfiada, mas Kate levantou a maletinha e anunciou:

— Trouxe meus ingredientes para fazer um chai masala. Eu sei que você adora o meu chai. 

— É só por isso que eu vou deixar você entrar — Penélope sorriu e abriu passagem para a amiga. 

Kate foi em direção a cozinha e logo colocou uma panela no fogo. Depois ela tirou os ingredientes um a um da maleta e foi organizando no balcão da cozinha. 

Penélope ficou em silêncio admirando a técnica e a habilidade da amiga em preparar a bebida indiana. Era praticamente um ritual. Kate se concentrava como se estivesse fazendo algo extremamente importante e delicado. Primeiro ela usou um pilão para triturar as especiarias que havia tirado de um saquinho rendado. Em seguida, Kate ferveu numa panela a água com as especiarias já trituradas e logo o cheiro tomou conta da casa. Era um aroma delicioso e relaxante. Um minuto depois, Kate colocou dois saquinhos de chá preto na água que tinha fervido com as especiarias, desligando o fogo em seguida. Enquanto o chá estava em infusão, ela aqueceu leite suficiente para as duas. 

Entre o amor e o ódioOnde histórias criam vida. Descubra agora