Confissão

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Notas:

Olá!
Capítulo novinho em folha. Estamos caminhando com o nosso casal para o fim glorioso que eles merecem.
Aproveitem!
Qualquer semelhança das cenas desse capítulo com a vida de vocês é mera coincidência.

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Penélope chegou ao restaurante marcado um pouco depois do horário combinado. Ela se atrasou escolhendo a roupa que fosse ideal para a ocasião. Um vestido branco solto que deixava as pernas de fora e sandálias de tiras prateadas foram as escolhas para a noite. 

O restaurante reservado era um dos mais famosos, elegantes e bem frequentados de Londres. As paredes eram cobertas de obras de arte e, do teto decorado no estilo renascentista, pendia um lustre fabuloso. A sensação era de que ela estava entrando em um grande museu. 

Assim que chegou, ela foi conduzida para a mesa reservada, onde Colin já a aguardava. De longe ela o viu sentado em uma mesa redonda com um sofá em formato de meia lua e duas cadeiras ao redor. A camisa de manga longa num tom marrom que abraçava a musculatura dos braços dele e a calça azul marinho o deixavam mais lindo ainda. Os cabelos dele estavam um pouco mais compridos e foram penteados para trás. 

Por um momento ela sentiu os joelhos enfraquecerem com a visão dele. Por que ele tinha que ser tão lindo? Seria uma noite difícil se ela fosse ficar pensando no corpo dele e no cabelo perfeito dele o tempo todo. E provavelmente ela ficaria. Afinal Colin era de fato irresistível. Respirando fundo, ela finalmente se aproximou da mesa, decidindo ser a falsa namorada perfeita. 

Colin tentou não ficar nervoso enquanto aguardava Penélope chegar. Ele tinha feito a si mesmo a promessa de que iria comer, talvez conversa algo frívolo, tirar fotos e depois cada um seguria seu rumo. Eram apenas algumas horas e ele poderia sobreviver. 

Entretanto, quando a viu caminhando em sua direção, Colin não sabia nem como formar um pensamento. Ela estava deslumbrante vestida de branco, mostrando uma parte das coxas e usando saltos altos. Ele adorava quando ela usava saltos porque ela ficava na altura ideal para ele beijá-la. Ele reprimiu esse pensamento espontâneo e se levantou para recebê-la. 

— Penélope! — ele cumprimentou enquanto puxava uma cadeira para ela. Antes de sentar, porém, ela virou o rosto e deu um leve selinho nos lábios dele. Colin foi pego de surpresa e ficou sem reação, permanecendo em pé. Ele nem se lembrava da última vez que tinham se beijado. 

— Não vai se sentar? — ela questionou, já sentada e Colin acordou do devaneio, sentando-se em seguida — desculpe o atraso.

— Tudo bem. Cheguei a pouco tempo aqui. 

— Já pediu algo? 

— Não. Estava esperando você chegar. O que prefere? 

— Por que não começamos com um vinho? — ela perguntou. Álcool era o que ela iria precisar para aguentar aquela noite sem cair em cima de Colin. 

— Tem alguma preferência?

— Quem está pagando é a empresa, então peça o mais caro — ela sugeriu, e Colin riu. 

Com um gesto, ele chamou o garçom e solicitou o melhor vinho da casa. Após anotar o pedido, o homem foi embora deixando eles em um silêncio constrangedor. Nenhum dos dois sabia sobre o que falar ou como se tratar depois da última vez que conversaram. 

O silêncio continuou se arrastando até que o garçom voltou com o vinho e serviu para os dois que aproveitaram para fazer o pedido do jantar. Penélope bebeu de uma vez só a taça dela, de tão nervosa que estava. Ela sabia que precisava maneirar no vinho para não ficar bêbada, mas o gosto era tão bom e ele se espalhava pelo corpo como um leve formigamento gostosoz então ela não hesitou em encher a taça novamente. 

Entre o amor e o ódioOnde histórias criam vida. Descubra agora