Capítulo 1 sem título

1.6K 146 8
                                    


A música estava alta, batendo na cabeça de Castiel. Ele normalmente nunca teria vindo a um bar como este, mas tinha sido a vez de Gabriel escolher onde eles iriam em sua noite esta semana. Castiel ainda não se lembrava de como a tradição começou ou como ele foi amarrado a ela. Ele tinha a sensação de que era culpa de Anna. Parecia o tipo de coisa que ela teria sugerido e que Gabriel teria concordado com força total.

Todos eles tinham sido novos professores na escola juntos, começando no mesmo período. Anna e Castiel tinham aproximadamente a mesma idade, enquanto Gabriel era mais velho que os dois, mas certamente menos maduro. Eles se deram bem desde o início, almoçavam juntos, sempre saiam juntos. Os outros professores já se conheciam, já eram amigos. Não que eles não fossem acolhedores, foi apenas questão de afinidade.

Os três novos professores se tornaram amigos e então alguém sugeriu de saírem juntos depois da escola. Eles eram jovens, recém formados. Nenhum deles estava em relacionamentos ou tinha família para ir para casa no final do dia. Parecia a progressão natural continuar sua amizade fora da sala de aula. Eles criaram um sistema, uma rota, pelo qual cada um deles podia escolher o que fazer. Quando foi a vez de Castiel, eles foram ao teatro. Anna os levara a uma exposição de arte.

Esta semana foi a escolha de Gabriel e eles foram à um bar de solteiros barulhento, Gabriel dançando e rebolando na pista de dança com uma bebida na mão. Era um bar gay. Gabriel disse que escolheu especialmente pensando em Castiel. Castiel sabia que Gabriel não se importava com quem ele ia para casa, homem ou mulher, mas Castiel era gay. Anna esteve atacando a torto e a direito a noite toda, dançando deixando se levar pelo clima, enquanto Castiel estava sentado no bar, tomando o coquetel que Gabriel havia pedido para ele, recusando-se a fazer contato visual com as pessoas.

Era típico de Gabriel sugerir esse tipo de lugar. Gabriel era solteiro por opção. Ele gostava do jogo de sedução e gostava de ir para casa com alguém no final da noite, mas não queria um relacionamento. Castiel não sabia como Anna se sentia sobre essas coisas, mas ficar casualmente com as pessoas nunca foi algo que Castiel gostasse. Ele estava tentando não olhar para ninguém no caso de dar a impressão errada. Castiel não queria ser abordado. Ele só queria terminar sua bebida e esperar um tempo aceitável até se desculpar e ir para casa.

Anna apareceu ao lado dele, suas bochechas coradas e seus olhos brilhantes. Ela estava dançando, Castiel tinha vislumbrado ela na pista de dança, parecendo feliz e completamente a vontade.

"Meus pés estão me matando", disse ela enquanto deslizava para o banco do bar ao lado de Castiel. "Eu deveria ter usado sapatilhas."

Castiel tomou um gole de seu coquetel, olhando para a pista de dança. Gabriel estava enrolado em torno de outro homem, rindo de algo que ele acabara de dizer. Anna seguiu seu olhar, sorrindo.

"Você não pensaria que ele é um professor de jardim de infância, pensaria?" ela disse.

"Você saberia quando o visse na segunda-feira, coberto de purpurina e pasta", disse Castiel secamente. "Além disso, eles sempre dizem que é com os improváveis ​​que você precisa ficar de olho."

"Então devemos ficar de olho em você, Castiel", disse Anna, cutucando-o no lado e sorrindo para ele. Castiel balançou a cabeça, sentindo suas bochechas corarem.

"Eu sou a exceção à regra", disse ele, lambendo os lábios.

"Vergonha", disse Anna, olhando incisivamente por cima do ombro de Castiel. "Porque tem um cara te olhando lá e ele é gostoso!"

Castiel olhou para trás rapidamente, sem ter certeza se acreditava no que Anna estava dizendo, mas ela estava certa. Havia um homem sentado do outro lado do bar e quando Castiel olhou para ele, ele levantou sua cerveja, sorrindo para Castiel. Castiel olhou para ele, seu coração martelando em seu peito. Anna estava certa, ele era gostoso. Castiel pensou que ele era provavelmente o homem mais atraente em todo o bar, talvez o homem mais atraente que ele já tinha visto.

Anna o cutucou novamente.

"Vá e fale com ele", ela sussurrou.

"Eu não posso", disse Castiel, virando-se para olhar para Anna, mas ela escorregou do banco do bar, voltando para a multidão.

Ele olhou de volta para o homem, sem ter certeza se teria coragem de ir falar com ele, mas o homem havia se levantado de seu assento e estava vindo em direção a Castiel. Castiel respirou fundo, pegando seu copo. Ele engoliu o que restava, seu coração batendo dolorosamente rápido. Ele não sabia por que o homem estava interessado nele e não sabia o que fazer. Não era algo que Castiel estava acostumado, pegar homens em bares.

O homem deslizou para o assento vago de Anna.

"Ei", disse ele. "Meu nome é Dean. E você?"

Sua voz era linda. Isso deu borboletas no estômago de Castiel. Ele queria sentar lá e ouvir o homem falando pelo resto da noite. Havia algo na voz que o lembrava mel. Foi lento e doce, atraindo Castiel. Ele percebeu depois de um momento que estava olhando para o homem, sem dizer nada, e que o homem poderia pensar que ele era rude. Pior, o homem poderia pensar que Castiel não estava interessado nele e Castiel estava.

O que quer que ele tenha dito sobre não pegar pessoas em bares, ele queria pegar esse homem. Ele queria ir com ele, queria fugir com ele agora mesmo e encontrar um lugar privado onde os dois pudessem se conhecer longe da música e das outras pessoas.

"Eu sou Castiel", disse ele.

Dean assentiu.

"Seu nome é incomum", disse ele. "Se importa se eu te chamar apenas de Cas? Você parece um Cas.

Normalmente, Castiel não gostava que as pessoas encurtassem seu nome, mas desta vez ele não se importou. Isso o fez se sentir quente quando o outro homem o chamou de 'Cas'. Era como uma intimidade que eles não tinham, mas que poderiam acabar adquirindo.

"Tudo bem", disse ele.

"Então, o que o traz aqui esta noite, Cas?" Dean perguntou. "Eu nunca vi você por aqui antes, eu teria lembrado."

"Estou aqui com alguns amigos", disse Castiel.

"Nenhum namorado então? Ninguém que você tenha que ir para casa também?" Dean perguntou. Ele fez parecer tão casual, mas Castiel podia ver que ele estava olhando para as mãos de Castiel, procurando por um anel em seu dedo ou alguma marca.

"Estou solteiro", disse Castiel rapidamente, sorrindo.

Dean olhou para ele, sorrindo de volta.

"Que coincidência. Eu também sou!" ele disse. Ele se inclinou para frente, invadindo o espaço pessoal de Castiel. Castiel o deixou, sentindo-se tonto quando a boca de Dean roçou sua bochecha e Dean sussurrou. "Olha, eu sei que isso é repentino e talvez eu devesse te pagar uma bebida primeiro, mas você quer ir a algum lugar mais reservado? Mal consigo me ouvir pensando aqui."

"Sim!" Castiel concordou, assentindo fervorosamente.

Dean sorriu para ele, escorregando de seu banco e pegando a mão de Castiel.

"Vamos", disse ele. "Conheço um lugar tranquilo e agradável e é perto."

Nada PlanejadoOnde histórias criam vida. Descubra agora