Castiel acordou naquela noite encharcado de suor. Ele tinha ido para a cama cedo e adormecido quase imediatamente. Ele teve alguns dias emocionantes e estava exausto. Ele estava acordado agora e sabia que algo estava errado. Suas coxas estavam pegajosas e molhadas. Castiel se abaixou, tocando a umidade e ergueu os dedos de volta para olhar a substância que os revestia.
Era sangue.
Castiel cambaleou para fora da cama. Ele pegou o telefone, chamando primeiro Dean e depois um táxi. Ele tentou se concentrar em se vestir, vestindo calças de moletom e um grande suéter. Ele enfiou os pés nos primeiros sapatos que encontrou.
Ele desceu as escadas e esperou o táxi. A viagem até o hospital pareceu durar uma eternidade. Castiel desejou estar de volta no carro de Dean, naquela tarde, quando tudo parecia tão bom e Castiel quase podia se enganar que tudo daria certo. Agora ele poderia estar perdendo o bebê e se isso acontecesse, Castiel tinha certeza que perderia Dean também.
Dean estava esperando por ele no hospital. Castiel não tinha ideia de como Dean conseguiu alcançá-lo tão rápido. Dean pegou sua mão e o ajudou a entrar. Havia uma enfermeira lá com uma cadeira de rodas. Castiel foi instruído a sentar e subiu as escadas. Dean ficou ao seu lado, seu rosto sério e sombrio. Castiel se perguntou se ele tinha vindo para este hospital após o acidente. Ele não sabia se o pai de Dean tinha sido morto ou se havia alguma esperança. Dean veio para este mesmo hospital e viu a vida de alguém escapar? E agora ele poderia estar assistindo Castiel perder seu bebê.
Eles acabaram em um pequeno quarto privado, Castiel esticado na cama enquanto os exames de sangue eram feitos. O médico visitou Castiel para perguntar sobre seus sintomas e Castiel tentou descrevê-los da melhor maneira possível. Ele não conseguia pensar direito. Foi-lhe dito que precisava descansar e que eles precisariam realizar um ultrassom, além de exames de sangue. Alguém estaria com ele em breve. Então, eles foram deixados sozinhos.
"Vai ficar tudo bem", disse Dean, forçando um sorriso em seu rosto.
"Mas e se não ficar?" perguntou Castiel.
Ele sentiu como se eles não estivessem fazendo nada. Ele tinha certeza de que deveria estar em um soro ou algo assim. Ele não queria esperar pelo ultrassom. Ele não queria ver o bebê morto ou completamente desaparecido, abortado, mas também não queria esperar. Ele queria saber se o pior tinha acontecido. Foi tão repentino, tão injusto.
"Castiel, vai ficar tudo bem", disse Dean. "Você precisa relaxar. Não vai adiantar nada para o bebê se você ficar preocupado."
"Mas..."
"Cas, até que os médicos digam o contrário, você ainda pode estar grávido. Você precisa cuidar de você e do bebê," Dean disse suavemente. "Eu estarei com você a cada passo do caminho. Vai ficar tudo bem."
Castiel queria ser tranquilizado. Ele queria acreditar em Dean. Ele só sabia que se o bebê morresse, Dean não estaria mais por perto. Ele não teria nenhuma razão para querer ver Castiel.
"O que há de errado?" Dean perguntou. Ele parecia tão preocupado.
"Você só está aqui por causa do bebê", disse Castiel, odiando a si mesmo enquanto dizia as palavras. "Se ele morrer, por que você se importaria mais comigo?"
Dean suspirou, sentando-se na cama ao lado de Castiel. Ele acariciou os dedos sobre a bochecha de Castiel e se inclinou para frente, dando um beijo em sua testa.
"Você não entende? Estou aqui por sua causa, Cas. Eu estava procurando por você antes de saber sobre o bebê. Eu quero este bebê, mas eu quero você também. Quero que fiquemos juntos, Castiel. Eu sei que é estúpido e impulsivo, mas caramba, tudo o que fizemos juntos é estúpido e impulsivo, então por que não isso?
VOCÊ ESTÁ LENDO
Nada Planejado
Hayran KurguCastiel é um jovem professor, apenas se adaptando ao seu primeiro emprego. Em um bar, ele conhece um estranho atraente de olhos verdes e tem um caso de uma noite com ele. De manhã o homem se foi e Castiel nunca espera vê-lo novamente. O homem o deix...