Capítulo sem título 10

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Dean estava esperando nos portões da escola quando Castiel terminou e ele teve seu primeiro vislumbre de Adam, nos braços de Dean. Ele era um menino de cabelos loiros com bochechas rosadas e olhos azuis. Ele era completamente angelical e Castiel se perguntou se ele poderia realmente ser tão adorável quanto parecia. Não havia sinal de Sam por perto, tanto quanto Castiel podia ver.

"Oi!" Dean o chamou. "Espero que não se importe, mas esperamos por você. Adam queria conhecê-lo. Sam está no carro, diz que você deu uma lição de casa para eles e ele quer começar.

Castiel assentiu.

"Eu lhes dei uma pequena folha de perguntas para trabalhar", disse ele.

Adam estava olhando para ele. Castiel sentiu como se estivesse sob intensa observação. Então Adam franziu a testa, parecendo magoado como se Castiel tivesse feito algo de propósito para perturbá-lo.

"Você não parece grávido," o garotinho disse com raiva. "Onde está sua barriga?"

Dean riu da expressão chocada de Castiel e da declaração franca de Adam.

"O bebê vai crescer. Ainda é cedo no momento", disse ele.

Adam considerou isso pensativo e assentiu.

"Mas ainda vai ser menor do que eu, certo? Porque é um bebê? ele perguntou.

"Sim, você vai ser um menino crescido quando o bebê vier. Você vai ter que nos ajudar a cuidar dele," Dean disse.

"Ela", disse Castiel rapidamente.

Dean olhou para ele com uma sobrancelha levantada.

"Você já sabe?"

"Não", disse Castiel, balançando a cabeça. "Sam quer que seja uma menina e eu não me importaria com uma menina."

"Eu e Adam estaremos no time boy então", disse Dean, sorrindo.

"Não! Eu quero uma garota também," Adam disse, batendo no ombro de Dean.

"Você é um pirralho," Dean disse, colocando Adam no chão e bagunçando seu cabelo. "Não bata nas pessoas."

Adam correu em direção a Castiel. Ele estendeu a mão, sem ser convidado, e colocou a mão na barriga de Castiel. Castiel pensou que ele era decididamente menos angelical na natureza do que na aparência. Ele sorriu largamente para Castiel e Castiel admitiu a contragosto que ele era bastante doce.

"Eu vou ser um bom tio", disse Adam. "Eu acho que você deveria ter uma menina. Quando o bebê vai começar a chutar?"

"Não por um tempo ainda", disse Castiel.

Adam suspirou.

"Não é divertido agora, é?"

"Não, realmente." Castiel concordou, pensando nas dores e náuseas que compunham seu dia.

Dean riu novamente.

"Você quer uma carona para casa, Cas?" ele perguntou.

"Castiel está vindo para casa conosco?" Adam perguntou excitado. "Você pode dormir no meu quarto se quiser. Eu tenho lençóis de dinossauros."

Dean agarrou Adam por trás, levantando-o enquanto o menino gritava. Ele abraçou Adam com força contra o peito e começou a fazer cócegas nele.

"Se Cas for ficar no quarto de alguém, será no meu!" ele disse.

Adam continuou gritando, o barulho alto e cheio de alegria. Castiel se perguntou quanto tempo Dean estava cuidando dele. Tanto Adam quanto Sam pareciam tão felizes, tão bem ajustados. Eles não pareciam crianças que perderam seus pais. Dean tinha preenchido o vazio. Ele não poderia substituir seus pais, mas ele poderia fazer tudo ao seu alcance para tornar a vida de seus irmãos o mais normal possível e era óbvio que ele fez.

Dean parou de fazer cócegas em Adam e olhou para Castiel. Suas bochechas estavam coradas, seus olhos brilhantes. Ele parecia tão bonito.

"Por que você não vem morar comigo?" ele perguntou abruptamente.

Castiel piscou para ele, completamente confuso.

"Por que eu não faço o quê?"

"More conosco. Você não precisa ficar no meu quarto, eu sei que parece um pouco forçado, mas nós temos uma casa grande e eu disse que queria ajudar."

Castiel não esperava que Dean propusesse que eles fossem morar juntos. Mal se conheciam. Eles estavam tendo um bebê juntos, mas isso não significava que eles deveriam viver sob o mesmo teto.

"Dean, eu não acho..." ele começou.

"Você deveria morar com a gente!" disse Adam.

"Adam, silêncio", disse Dean rapidamente. "Olha, Cas, é só uma ideia. Você não tem que fazer isso. Eu só quero que você saiba que a opção está aberta. Eu cuidarei de você se você precisar."

"Vou pensar", disse Castiel.

Dean assentiu. "Eu deveria levá-lo para casa", disse ele.

A viagem para o apartamento de Castiel parecia ter acabado rápido demais para o gosto de Castiel. Adam narrou seu dia na escola, continuando mesmo depois que Dean ameaçou ligar o rádio e afogá-lo. Castiel encontrou-se relaxando no banco do passageiro, sentindo-se seguro e contente enquanto o balbucio feliz de Adam o invadia. Quando eles chegaram ao seu prédio, Dean disse a Sam para observar Adam e acompanhou Castiel até os degraus da frente.

"Pense nisso", disse ele, inclinando-se para dar um beijo na bochecha de Castiel.

Ouviu-se um assobio de lobo vindo do carro. Sam tinha abaixado a janela e estava sorrindo para eles. Dean acenou para ele de forma ameaçadora e então deu de ombros se desculpando.

"Eu não posso levá-los a lugar nenhum", disse ele. "Vejo você amanhã, Cas. Levo você para casa de novo?"

"Eu gostaria disso," Castiel concordou, suas bochechas rosadas.

Ele parou na varanda e acenou enquanto o carro acelerava. Era tão fácil imaginar que ele poderia se encaixar na vida de Dean. Era tão fácil querer estar com ele. Ele era encantador, de natureza doce. Ele amava seus irmãos e eles claramente o amavam.

Castiel simplesmente não conseguia acreditar que as coisas seriam tão fáceis. Ele não podia acreditar que poderia entrar na vida deles e fazer parte dela. Castiel engravidou por acidente. Ele e Dean não estavam destinados a ficarem juntos.

Eles não iriam simplesmente morar juntos e se apaixonar. Isso foi algo saído de um conto de fadas. Castiel vivia no mundo real e no mundo real, um bebê não os aproximaria, os separaria.

Nada PlanejadoOnde histórias criam vida. Descubra agora