CAPÍTULO 5: IZUKU

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mas felicidade é poder estar com quem você gosta em algum lugar

— Você só pode tá de sacanagem! — Uraraka segura meu ombro direito, gritando no meu ouvido. — O Katsuki Bakugo? É sério?

— Você tem amnésia?! — Iida segura meu ombro esquerdo, imitando sua namorada e eu fico sendo chacoalhado. — Não lembra de tudo que ele fez?!

— Por favor, parem com isso. — Todoroki tenta impedi-los inutilmente.

— Tudo bem, Todoroki, eu mereço. — Uraraka e Iida me chacoalham mais.

— Que bom que você sabe! — eles gritam em uníssono.

— Isso vai acabar em um mês, quando o cio dele terminar, não é? — Todoroki diz e quando meche no celular, distraído.

— A princípio, sim.

— Mas não se em um desses encontros ele te der uma marca definitiva. Você sabe como os dominantes são... Dominantes.

— Eu sei do risco, Uraraka. Mas agora não tem mais jeito, ele me prendeu no cio dele. Negar minha função só prejudicaria a todos. — reparo o silêncio que minha fala fez na sala, até Uraraka e Iida me soltaram de leve. — O que foi?

— Você falou como se ele fosse seu alfa e você um ômega.

— Não seja ridículo, Todoroki. Eu sou um alfa.

— Um alfa recessivo.

— Não me rebaixe.

— Não queria dizer isso, quis dizer que tem estudos que comprovam que recessivos podem cumprir funções que são submetidos. Ele te pôs na função de ômega, é possível que você vire um!

— Impossível.

— Izuku, pare de ser tão cabeça dura!

— Ah quer saber? Eu estou cansado, estou indo. — saio batendo os pés.

Não é possível! Eu peço ajuda e é isso que eu recebo, apenas críticas a acontecimentos que não tive controle!

O cio de Katsuki acabará daqui a um mês. Cios de dominantes costumam demorar todo esse tempo? O meu durava uns 3 ou 4 dias.

É uma questão de reprodução. Quanto mais tempo de louco por sexo, mais chance de fecundar um ômega.

E eu sou o ômega.

α ß Ω

Chego em casa depois de muita discussão com meus amigos sobre voltar para Katsuki. Acho que Katsuki consegue passar um dia sem mim, eu preciso de um descanso.

— Estou de volta, mãe. — faço uma rápida reverencia para o porta retrato de minha mãe na entrada de casa.

Meu apartamento está exatamente igual a como eu o deixei, é claro. Roupas dobradas que esqueci de guardar, louça na pia e o chão todo precisando de uma varrida. Não estou com muita vontade de me mexer, mas me sinto obrigado a manter a casa da minha mãe em ordem.

Guardo e arrumo tudo, encontrando o começo de uma colônia de formigas debaixo da minha geladeira, peço desculpas a elas depois de varre-las para fora.

Ao terminar tudo, minhas costas doem e estou soado, estreio meu banheiro limpinho com meu banho merecido. As gotas quentes acalmam os músculos da minha lombar que Katsuki fez questão de apertar até fazer marcas de seus dedos.

Como é possessivo, esse alfa.

O que ele fez comigo? Eu perdi minha individualidade e meu mês se tornou o que Katsuki fez comigo. Agora, passo meus dias indo a escola, comendo e dormindo com Katsuki. Esse é o meu tempo pra mim, vendo que, quando estou lá, ele não quer fazer nada além de ficar agarrado.

II, ii || BAKUDEKUOnde histórias criam vida. Descubra agora