Kim Mingyu, o fato dele machucar e uma lista para os JunHao

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Kim Mingyu, o fato dele machucar e uma lista para os JunHao

Três dias. 

Faziam exatos três dias que eu não falava com Mingyu. 

Eu não acredito como eu pude ser tão burro e simplesmente falar aos quatro ventos o quanto eu gosto dele. 

Pior! O quanto eu sou apaixonado por ele! 

Burro! Burro! Burro! Burro! 

Fala sério, a máquina do tempo só não foi inventada ainda porque ninguém tão fodido quanto eu e outras pessoas que carregam uma penca de azar nas costas tem a inteligência para fazer acontecer, porque os motivos já tem.

Nos dois dias anteriores, eu fiquei trancado em casa, evitando falar com ninguém que não fosse minha família e chorando igual uma criança que teve um pesadelo. 

Meus pais e minha irmã estavam preocupados, já que não era nem um pouco normal eu me isolar desse jeito e chorar por literalmente qualquer coisa. 

Tentei dizer que eu tinha brigado com o Mingyu e por isso estava mal, mas no momento que minha irmã ficou puta e ameaçou ir lá pessoalmente falar com ele, eu tive que abrir a boca e falar que na verdade eu tinha me isolado porque acabei confessando sem querer que era apaixonado por ele.

É, eu acabei tendo que sair do armário pra minha família, mas essa foi a única parte boa de toda essa história, porque a reação deles foi boa também:

Minji, minha irmã, disse que já sabia. 

Minha mãe disse que só precisava de um tempo pra entender.

E meu pai disse: “Por que você não me disse antes? Sabe que eu não ligo pra essas porra.”

Pelo menos agora, eu podia chorar no colo da minha mãe e conversar com meu pai enquanto ele me incentivava a tomar uma atitude e um gole de sua cerveja com a desculpa de que “ajudaria a acalmar os ânimos". 

Minha irmã resolveu ficar mais distante de toda história porque “não tinha paciência pra boiolice”. Homofóbica, obviamente. Mas ela comprou um pote do meu sorvete favorito sem eu pedir, então eu passei pano pra ela.

Ainda sim, era uma situação bem merda e eu sabia que não poderia fugir disso para sempre. Uma hora, eu teria que voltar a ir pra escola, eu teria que encarar Mingyu e…

Bem, eu tive que fazer isso. No terceiro dia, eu voltei pra escola e fui mais cedo que o normal pra não acabar trombando com ele no caminho, eu estava sendo mais covarde do que eu costumava ser. 

E eu sabia que seria impossível evitar ele pra sempre, então eu tentei adiar esse acontecimento o máximo que pude, eu só não esperava que a reação do Mingyu quando me visse no corredor fosse ficar com os olhos mais arregalados que fantoche de circo, olhar nervoso para os lados, dar as costas e ir embora como se não tivesse me visto. 

Eu sabia que tinha evitado ele durante três dias, e eu não podia esperar que ele viesse falar comigo, se declarar dizendo que gostava de mim também, ou dizer que a gente podia esquecer tudo e continuar sendo amigos, mas admito que ser só ignorado doeu pra caralho.

Eu comecei a chorar na mesma hora, correndo na direção oposta a ele para me esconder em um lugar qualquer para poder fazer aquilo sozinho. 

Aquilo foi como um veredito: eu havia perdido Mingyu de vez. Ele nunca mais iria falar comigo, eu nunca teria ele por perto… 

Meu coração estava destroçado, eu não conseguia controlar minhas lágrimas, nem ao menos sabia para onde eu estava indo, tudo que eu via eram borrões e tudo que eu ouvia eram meus pensamentos me amaldiçoando por ter jogado fora a melhor coisa que me aconteceu.

Cem razões para dar certo • meanieOnde histórias criam vida. Descubra agora