Encurralados.

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— Tem certeza de que não vai usar a bomba? — pergunto meio em dúvida, o lembrando da nossa situação, 15 balas não pareciam ser o suficiente.

Logo que chegamos à cidade, avistamos um helicóptero e, numa tentativa falha de chamar sua atenção, demos de cara com uma horda de zumbis. Parecia que havia centenas deles por toda parte e mesmo que tivéssemos tentado fugir, nós acabaríamos presos dentro de um tanque do exército americano com o nosso cavalo sendo comido lá fora e a nossa bolsa de armas perdida.

Mas nem tudo estava perdido, por que alguém— um homem — Estava falando conosco pelo rádio, ele era nossos olhos do lado de fora.

— Só se você quiser nos matar. — Rick responde meu comentário anterior sobre a bomba, e continua — Tá, recapitulando; vamos pular do lado direito do tanque e correr nessa direção, você vai primeiro e eu vou atrás, cobrindo você e atirando nos que chegam mais perto, ok?

Eu apenas confirmo com a cabeça, me preparando.

Mesmo que parecesse um plano simples, ele não era. Mesmo que fosse só correr para direita, ainda assim haveria mortos tentando me matar e ainda haveria Rick...

E se Rick acabasse sendo pego? Com seu ferimento ainda em cicatrização eu duvido que ele consiga correr rápido.

Alheio a qualquer uma das minhas preocupações, Rick abre a porta do tanque, ele me dá espaço para sair e logo depois que o xerife vem, um zumbi que estava de pé a pouco espaço de nós, notou a movimentação e se aproximou, já que eu estava com uma pá nas mãos eu o acertei bem no meio da cabeça fazendo seu sangue quente podre jorrar em mim.

Então nós seguimos o plano, pulamos pelo lado direito do tanque, e eu corri a frente, matando com a pá os que Rick não havia pegado a tempo.

Viramos uma rua num beco e institivamente quase dei uma pazada em um garoto asiático que eu achei ser um zumbi, só percebi que era um vivo quando ele levantou os braços para se defender e gritou:

— Não! Não! Eu não sou um zumbi! Vamos!

O garoto asiático corre em nossa frente e o seguimos até uma escada que começamos a subir.

Tomei o cuidado de ficar atrás de Rick, percebi que enquanto corríamos ele segurava a lateral do corpo. Estava mais lento que o normal então não poderia ficar para trás.

— Mandou bem, Clint Eastwood. Você é o novo xerife que veio cavalgando para limpar a cidade? — Começou o garoto quando chegamos a um lugar seguro.

— Essa não era minha intenção. — Diz Rick Ofegante

— é, que seja, continua sendo um babaca.

Solto uma pequena risada com o diálogo dos dois e Rick me olha.

— Meu nome é Rick e ela é Melinda. — Rick nos apresenta e cumprimenta o garoto.

— Glenn, sejam bem-vindos.

Logo que ia voltar a descansar percebi que um dos zumbis estava tentando subir as escadas.

— Aí merda.

Os outros dois homens olham na mesma direção que eu. Glenn se vira para outra escada alta, mas dessa vez sem nenhuma proteção.

— O lado bom? É a queda que vai nos matar. — Glenn brinca e eu o olho séria, sendo respondida com um sorriso amarelo. — Sou do tipo otimista.

(...)

Running up that hill | Rick Grimes(REESCREVENDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora