— Vamos andar mais um pouco, vasculhar algumas casas e voltar já que logo vai escurecer. — Morgan dita e logo depois se afasta de mim e Duane.
— Claro chefe.
vou em direção a uma casa entrando pelos fundos dela, mas logo percebendo que a entrada da frente estava aberta, me aproximei da entrada dando um sinal para Duane me seguir e quando cheguei a frente, perto do gramado, a única coisa que eu vi foi um dos mortos sentado nos degraus, o que era estranho, mas isso não me impediu de me aproximar dele e bater com força em sua cabeça com uma pá.
— Pai! Pai! — Duane começou a gritar — Pegamos o filho da mãe, nos acertamos ele!
Eu teria ficado orgulhosa de mim mesma se o infeliz não estivesse falando, e se ele estava falando significava que eu só acabei de matar provavelmente o único outro homem realmente vivo nessa cidade.
enquanto Morgan gritava o perguntando que tipo de ferimento ele tinha, eu finalmente me permiti olhar para ele, digo realmente olhar para ele.
ele tinha cabelos curtos, loiros escuros e uma barba por fazer de dar inveja a qualquer um, ele também usava roupas de hospital que agora estavam sujas com alguns pingos de sangue que caíram do seu nariz, mas o que realmente me prendeu foram seus olhos. eram os olhos mais azuis que eu já havia visto e eram os mais assustados também.
e como um estalar de dedos eu senti saudade dos olhos dele assim que eles se fecharam, assim que ele desmaiou no gramado.
(...)
o homem misterioso estava desacordado a algumas horas, mas isso me permitiu amarrá-lo na cama e assim dar uma olhada em seu machucado
— Não parece uma mordida, ou um arranhão. — Digo enquanto faço um novo curativo para ele.
— Mesmo assim vamos manter vigia, vou dar uma olhada lá fora.
— Vou ver se tem algo para comer, ele vai ficar com fome quando acordar. — Morgan assente e sai do quarto. — Fique de olho nele por um instante, se ele acordar e parecer que quer alguma coisa que não seja feijões em lata já sabe o que fazer.
falo estendendo um taco de basebol para Duane que assente rapidamente.
um tempo depois enquanto eu e Morgan olhávamos o homem de olhos azuis, ele acorda.
— Nós trocamos seu curativo estava bem ruim. O que era? — Começa Morgan.
— Um tiro.
— E o que mais? responda.
— E um tiro não é nada?
— Olha, eu pergunto e você responde tá? como cortesia. — Morgan olha para mim e eu apenas confirmo com os olhos para ele continuar — apenas responda à pergunta. Você foi mordido?
— Mordido?
— é cara mordido, uma abocanhada ou um arranhão? qualquer merda assim? — dessa vez quem falou fui eu, se era para matá-lo por estar infectado, então tinha que ser rápido, de preferência antes dele se transformar.
e como se tivesse me percebido pela primeira vez no quarto ele responde:
— Foi só um tiro, até onde eu sei.
Morgan levantou sua mão para medir sua temperatura, mas ele se esquivou.
—Ei...eu só quero checar. — Morgan tenta de novo e coloca a mão na testa do homem.
— Não está com febre, ela teria te matado a essa altura.
— Não acho que esteja com febre.
— Daria para perceber — digo me aproximando dele com uma faca e cortando as cordas que lhe prendiam na cama
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Running up that hill | Rick Grimes(REESCREVENDO)
Roman d'amourMelinda era só uma garçonete normal cuja única preocupação era se conseguiria pagar o aluguel a tempo e viver sua vida em paz. mas então, um vírus desconhecido faz com que os seres humanos que morreram voltem a vida e se transforma em zumbis. e agor...